Extensão

Projeto da UPF promove ações de minimização do preconceito étnico e racial

19/11/2018

07:51

Por: Assessoria de Imprensa

Projeto UPF e Movimentos Sociais: desafios das relações étnico-raciais mantêm diálogo constante com entidades da sociedade civil

Construir agendas voltadas à promoção de suas culturas e à minimização do preconceito e da discriminação é o objetivo do projeto de extensão UPF e Movimentos Sociais: desafios das relações étnico-raciais, vinculado à Vice-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (VREAC) da UPF. De acordo com a coordenadora do projeto, professora Me. Maria Helena Weschenfelder, esse objetivo está articulado com a política de responsabilidade social da Instituição, no sentido que se debruça sobre as demandas latentes da comunidade a fim de refletir e atuar sobre elas. 

Desde 2013, o projeto vem construindo processos dialógicos em articulação constante com entidades da sociedade civil, como, por exemplo, a Associação Cultural das Mulheres Negras (ACMUN); a Cáritas Diocesana de Passo Fundo; a Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo; a Coordenadoria da Promoção da Igualdade Racial; a Sociedade Recreativa Garotos da Batucada; a Associação dos Senegaleses de Passo Fundo; entre outras. “Junto a essas parceiras, o projeto realiza reuniões de diálogo e construção e ações semanais com professoras e estudantes da Universidade, e mensais com todas as parceiras em um de seus territórios de articulação. A construção de ações visa contemplar tanto o público interno quanto externo à Universidade”, explicou. 

Mês da Consciência Negra
Na opinião da professora, o Mês da Consciência Negra é de fundamental importância, pois está inserido em uma agenda nacional de memória e atos de reafirmação de aspectos culturais e de uma trajetória de lutas do povo negro brasileiro. “Isso oportuniza que intensifiquemos nosso diálogo no sentido de promover a educação das relações étnico-raciais com um público que ainda não está sensibilizado com a temática. Contudo, é importante reiterar que fazer memória à consciência negra não deve ser pauta somente em um dia (20/11) ou mesmo um mês, mas sim no ano inteiro”, frisou Maria Helena.

Para ela, os desafios no combate ao racismo e ao preconceito são históricos e ora se intensificam e ora se amenizam, por conta de alguns movimentos da sociedade. “Podemos ressaltar como um grande desafio o racismo institucionalizado dentro dos espaços de poder que repercutem a lógica de que alguns sujeitos, por conta de seus traços étnicos e culturais, são considerados inferiores a outros. Essa lógica incide concretamente na realidade desses sujeitos, uma vez que não raro são privados de seus direitos”, completou.

A professora acredita que a Universidade, por seu caráter comunitário, tem um compromisso estreito com os grupos vítimas de racismo, discriminação e preconceito. “Assim como toda a instituição que tem responsabilidade social como uma de suas metas, deve se utilizar de suas ferramentas para contribuir no sentido da minimização de práticas discriminatórias e na promoção de reconhecimento da diversidade cultural”, disse. Segundo a professora, o papel da Universidade é intensificar a discussão dentro da comunidade acadêmica, bem como oferecer possibilidade de diálogo e ações com a comunidade externa.

Exposição
Para marcar o Mês da Consciência Negra, o curso de Artes Visuais da UPF preparou uma exposição sobre o tema. Intitulada “Poéticas da diversidade”, a exposição foi montada no hall do prédio da Reitoria. Em exposição, estão obras produzidas pelos acadêmicos do curso na disciplina de Desenho IV, ministrada pela professora Me. Marilei Teresinha Dal Vesco, que poderão ser conferidas até o final do mês.

A temática Poéticas da diversidade materializa a simbologia dos objetos e das cores da cultura afro ou da cultura indígena. Foram feitos estudos para a elaboração das produções que compõem a exposição. Os trabalhos passaram por diversas etapas que, ao longo do processo, sofreram modificações, materializando-se nos estudos finais. A proposta instigou os acadêmicos à reflexão sobre os elementos que fazem parte dessas culturas, estimulando-os à pesquisa, ao conhecimento e à percepção estética.