“O mais bonito da extensão é poder criar um jeito novo de existir no mundo”
10/06/2020
15:31
Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Reprodução
Encontro com Extensionistas reuniu mais de 200 estudantes da UPF para compartilhar, de forma on-line, experiências e expectativas em relação à extensão universitária
Mais de 200 pessoas participaram, na terça-feira, dia 9 de junho, do Encontro com Extensionistas da Universidade de Passo Fundo (UPF). O Encontro ocorreu de forma on-line e reuniu os professores e estudantes bolsistas que fazem parte dos mais de 140 programas e projetos de extensão da Instituição. O início da reunião contou com a apresentação da acadêmica do curso de Música e bolsistas do Grupo de Percussão, Byanca Mandelli, e de estudantes participantes do projeto de extensão Da Capo.
Presente no Encontro, o vice-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários (VREAC/UPF), professor Dr. Rogerio da Silva, destacou que esse está sendo um semestre totalmente diferente, em que todos precisaram se adaptar, ser solidários, ser flexíveis e encontrar caminhos para vencer essa etapa. “Ninguém imaginou, quando começamos as aulas, que iríamos passar por esse período. Tínhamos na extensão, assim como em todos os setores da Instituição, uma programação intensa, um cronograma de atividades que iríamos desenvolver com vocês, tínhamos o Seminário Integrador, que é sempre um momento presencial, forte de muita energia, de muita dedicação”, disse. Mesmo assim, o professor ressaltou que a Instituição não poderia deixar de encerrar o semestre, mesmo que de forma virtual, para falar um pouco sobre a extensão.
Segundo o Silva, a extensão da UPF é uma referência não apenas para a Instituição e para o estado, mas para todo o Brasil, pelo que se constituiu nos últimos anos. “Nossos projetos e programas estão espalhados nos mais diversos territórios, dos mais diversos cursos e eles fazem um diferencial enorme na formação dos nossos estudantes porque é nesses espaços que os nossos estudantes conseguem conviver, verificar a realidade social e com isso agregar para sua experiência e para sua formação acadêmica”, destacou o vice-reitor que garante ter muita convicção no trabalho de extensão que é feito pela UPF, que tem sido feito ao longo dos últimos anos, e que se renova a cada semestre, a cada ano com o ingresso de mais alunos. “A gente sabe que os professores e os estudantes se reinventaram durante esse período, se dedicaram e de alguma maneira tentaram dar continuidade ao seu trabalho. Não foi exatamente aquilo que a gente gostaria, imaginava e tinha programado, mas é aquilo que pode e deve ser feito. Continuem carregando a bandeira da extensão, com força, com determinação, mostrando que a universidade tem esse tripé como um dos grandes diferenciais na formação”, frisou.
Fazer extensionista
Além da fala do vice-reitor e da apresentação da equipe da Divisão de Extensão, o Encontro também contou com o relato de acadêmicos extensionistas. A estudante de Psicologia e extensionista do projeto Observatório da Juventude, da Faculdade de Educação (Faed), Maria Luiza Dalmolin, pontuou que momentos como esse, do Encontro, são sempre muito importantes para o fazer extensionista. Maria Luíza também falou sobre as mudanças que ocorrem nesse período de pandemia e, de acordo com ela, o trabalho de extensão universitária é esse exercício, de inventar formas de fazer e de existir em território. “A extensão é um processo de diálogo. Os homens e mulheres que participam desse processo não são pacientes, não são objetos, se localizam numa posição de parceria. Se trabalha a partir de uma perspectiva onde nós extensionistas, sempre temos uma coisa a perguntar a essas pessoas e não necessariamente a oferecer”, explicou a estudante.
Ainda na opinião de Maria Luíza, a extensão é uma possibilidade de, no território, poder escutar, sentindo os anseios, as potencialidades de um povo, criando novos jeitos de fazer as coisas, sempre na intenção de mudar uma realidade. “Esse trabalho desenvolvido sempre junto com o povo tem o poder de desencadear outros atos criadores. Aqueles que foram tocados em algum momento por um processo de trabalho que é dialógico, que é crítico, vai adquirir uma posição de inquietação que nunca mais se perde. E isso também é criação. O mais bonito da extensão é poder criar um jeito novo de existir no mundo. A extensão é por essência um trabalho de criação. Nosso trabalho é criar um contexto mais justo, experiências de vida que sejam menos desiguais entre as pessoas, criar um jeito novo de existir”, finalizou.
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