Exposição “Memória, Orgulho, Identidade” valoriza povos de terreiro e ocupa o MAVRS com imagens de fé, força e ancestralidade

Está em cartaz no Museu de Artes Visuais Ruth Schneider (MAVRS), na Universidade de Passo Fundo (UPF), a exposição “Memória, Orgulho, Identidade”, que convida o público a mergulhar na força, na diversidade e na ancestralidade das religiões de matriz africana. Com registros assinados pelo fotógrafo e egresso da UPF Diogo Zanatta, a mostra é fruto de um projeto que busca valorizar os povos de terreiro e ampliar o diálogo com a comunidade por meio da arte.

Formado em Comunicação Social pela UPF, Diogo conta que a motivação para integrar o projeto veio de uma admiração profunda pelos povos e pelas religiões de matriz africana. O convite para participar da proposta surgiu por parte de Anthony, Nicolas, Patrícia e Alexsandra, idealizadores do projeto.

“Tenho muitos amigos que fazem parte dos povos de terreiro e sempre tive vontade de retratar essas vivências. Foi uma alegria poder participar da exposição como fotógrafo, colocando em imagens todo o respeito que já carrego por essas comunidades.” compartilha.

Durante o processo, Diogo esteve em diferentes terreiros da região, sendo acolhido com receptividade e afeto. Para ele, o que mais marcou foram as energias presentes em cada espaço visitado. “Diferentes, intensas e sempre muito positivas. Um dos momentos especiais foi o encontro com a mãe Carmen, referência da cidade de Carazinho, conhecida por sua atuação tanto na espiritualidade quanto na educação e na luta social”, diz. 

A exposição reúne retratos documentais que revelam o cotidiano, os rituais e as expressões de fé dessas comunidades. Diogo destaca que seu trabalho parte de um olhar comprometido com a realidade. “Venho do fotojornalismo, então meu objetivo sempre foi retratar a verdade. Não há manipulações digitais, não troco objetos de lugar nem mudo a luz. A ideia era justamente mostrar o que estava ali, sem interferir. E, pelo retorno que recebi, sinto que consegui transmitir essa verdade.” destaca.

Expor no MAVRS, dentro da Universidade, também é parte essencial do significado do projeto. “A Universidade é um espaço plural, que precisa promover debate, consciência e respeito. Ter uma exposição como essa dentro de um museu acadêmico ajuda a desconstruir preconceitos e promove mais do que tolerância, promove respeito, e a arte é uma ferramenta poderosa para isso.” afirma Diogo.

Visitação aberta e gratuita

A exposição “Memória, Orgulho, Identidade” está aberta à visitação de segunda a sexta-feira, no Museu de Artes Visuais Ruth Schneider (MAVRS), localizado no Campus I da UPF. A entrada é gratuita e toda a comunidade está convidada a visitar.

Para escolas, grupos ou interessados em visitas mediadas, é possível fazer o agendamento com a equipe do museu.
 

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