Extensão

Projeto Rio Passo Fundo: maquetes vão representar a Bacia Hidrográfica

07/06/2018

09:13

Por: Sammara Garbelotto

Fotos: Sammara Garbelotto

Parte integrante do Projeto, curso de Arquitetura da UPF é responsável pela construção de maquetes da Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo

Um grande bloco de isopor com 9m² e outro com 15m². Um pouco de tinta verde e azul. Esponja, linhas e cola. Assim, separados, esses materiais poderiam estar relacionados com qualquer coisa, mas quando são colocados à frente dos alunos do curso de Arquitetura da Universidade de Passo Fundo (UPF) parecem ganhar vida e, em alguns meses de trabalho, se transformam nas maiores maquetes que já realizaram até então. Parte essencial do Projeto Rio Passo Fundo – desenvolvido pelo Museu de Artes Visuais Ruth Schneider (MAVRS), com o apoio do Museu Histórico Regional (MHR) e do Museu Zoobotânico Augusto Ruschi (Muzar), ligados à Vice-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (VREAC), e do Comitê Rio Passo Fundo, e realizado a partir do patrocínio do Programa CAIXA de Apoio ao Patrimônio Cultural Brasileiro 2017/2018 –, a Arquitetura está construindo duas maquetes que representarão a Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo: uma delas, medindo 1,90mx4,90m, para a exposição do MHR,  e que apresentará a formação da Bacia a partir dos povos originários; outra,  de 3mx5m, para o Muzar, a qual explanará a biodiversidade encontrada na região.

Detalhes, sensibilidade e atenção
Realizar um trabalho tão detalhista quanto uma maquete exige atenção e sensibilidade. Para a professora Raquel Rhoden Bresolin, que é quem acompanha e orienta o trabalho dos 20 alunos – 4 bolsistas e 16 voluntários –, a proposta é desafiadora. “Esse projeto é importante para todos os cursos da Universidade, considerando que estamos inseridos no contexto dessa Bacia. O curso trabalha a questão da sustentabilidade e meio ambiente em sala de aula, mas é um desafio bastante grande para nós representarmos, em uma escala tão abrangente, a Bacia Hidrográfica. É bastante importante para os alunos estarem envolvidos com essa nova escala que é bem maior do que trabalhamos academicamente”, explica. “Aos poucos, fomos conversando e construindo a ideia das maquetes. Nesse semestre intensificamos as atividades. Temos a preocupação de trabalhar com as escalas da forma mais adequada possível para aquilo que se quer representar, então, com o auxílio de imagens via satélite, vamos construir a representação das lavouras, matas, rios e também da malha urbana”, complementa.

Crescimento e envolvimento
Para os bolsistas, o envolvimento com o Projeto Rio Passo Fundo vem permitindo um crescimento e desenvolvimento. Gabriel Gulli, bolsista desde o início das atividades e que participou, inclusive, de algumas expedições realizadas em 2017, destaca que o Projeto Rio Passo Fundo foi essencial para a formação acadêmica e, também, pessoal. “Como estudante de Arquitetura, estudamos muito a teoria de sistemas e usos da água e, como bolsista, participar dessas experiências é interessante para perceber tudo isso na prática. É interessante perceber como o meio ambiente influencia na vida das pessoas”, conta, e ressalta, ainda, que a experiência com as maquetes proporciona um novo olhar sobre o cenário ambiental. “Estamos trabalhando numa escala muito grande e, às vezes, não temos noção que estamos inseridos dentro disso que estamos trabalhando. Foi um desafio muito grande para nós, enquanto estudantes, tentar resolver como construiríamos essa maquete. Foi engrandecedor ter essa experiência e, principalmente, perceber a visão dos outros cursos a respeito do mesmo tema”, conclui.

As exposições, que vão apresentar os resultados e as percepções do Projeto Rio Passo Fundo, serão abertas à comunidade no mês de julho.