MAVRS recebe doação de 73 obras da artista Maria Tomaselli

Em virtude da comemoração dos 25 anos de aniversário do Museu de Artes Visuais Ruth Schneider (MAVRS), a artista Maria Tomaselli, grande colaboradora do MAVRS e amiga de Roseli Doleski Pretto, doou para o espaço 71 gravuras e dois desenhos do seu acervo. O Museu já possuía 40 obras da artista, sendo elas: litogravuras, calcogravuras, pinturas, esculturas e um objeto escultórico.

As obras foram escolhidas pela artista e transportadas para Passo Fundo pela ex-coordenadora Tania Aimi. Segundo Patricia Vivian, funcionária responsável pelo Museu, a doação representa a sua trajetória como artista, sendo referência nas artes visuais. "Essas obras vão agregar muito ao nosso acervo institucional”, destacou.

Trajetória como artista

Maria Tomaselli Cirne Lima nasceu em Innsbruck, Áustria, em 1941. Pintora, desenhista, gravadora, estudou desenho com Heinz Kühn (1908 -1987) em 1962, e se diplomou em filosofia em 1965. Em 1969, mudou-se para Porto Alegre, onde, durante dois anos, estudou pintura com Iberê Camargo (1914-1994). Iniciou sua formação em artes gráficas em 1971, com aulas de xilogravura com Danúbio Gonçalves (1925), no Ateliê Livre da Prefeitura de Porto Alegre. 

Em 1972, Maria Tomaselli foi morar em São Paulo, onde realizou um curso de serigrafia com Paulo Menten (1927), frequentou a Escola Brasil e foi premiada na 2ª Exposição Internacional de Gravura, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP). Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1975, onde iniciou um curso de gravura em metal no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ).  

Em Olinda, a partir de 1979, criou ligação com a Oficina Guaianases de Gravura e fundou, em 1980, o ateliê MAM de litografia com as artistas Anico (1948) e Marta Loguércio. Nessa década, recebeu bolsas de estudo do Instituto Austríaco-Italiano, em Roma, e do Instituto Austríaco-Francês, em Paris.

“Maria Tomaselli possui um universo de imagens rico e original, além de invejável domínio técnico (...) o clima lúdico da arte e sua relação com o espectador sempre foram preocupações (...) ela vai organizando composições com mais de um ponto de vista ideal, além de conseguir as belas aguadas que dão ao trabalho todo o seu clima poético” João Candido Galvão, trecho do catálogo da artista Maria Tomaselli, pg. 34. 
 

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