Qualidade de cervejas artesanais x comerciais

Desde a descoberta da cevada e seu uso para a produção de cervejas, nota-se o crescente consumo dessa bebida em diversos países do mundo, principalmente no Brasil. A apreciação de tal bebida e a variedade disponível para agradar todos os gostos geraram nas pessoas a curiosidade, dando início a uma crescente produção de cervejas artesanais no país. Esse aumento na facilidade de acesso à fabricação de cervejas artesanais torna cada vez mais necessário o estudo nessa área, especialmente pela diferença da produção e da comercialização da bebida, para as cervejas industriais encontradas em todos os mercados.

Com esse objetivo, a acadêmica Paula Pagotto, do curso de Química Bacharelado (B) da Universidade de Passo Fundo (UPF), sob orientação da professora Dra. Janaína Fischer, realiza um estudo com a finalidade de aprofundar a avaliação da qualidade da cerveja, sua produção e fazer um levantamento sobre o controle de qualidade necessário para fabricação e comercialização de cervejas artesanais no Brasil em relação às cervejas comerciais. O trabalho é desenvolvido por meio do Programa de Iniciação Científica do curso de Química (B) do Instituto de Ciências Exatas e Geociências (Iceg).

A acadêmica salienta que é importante que esse processo e a bebida sejam estudados e que se observe e apresente todos os cuidados na fabricação, desde sua matéria-prima até o consumidor final. “É preciso avaliar os diversos aspectos sanitários, de sabor e aceitação pelo consumidor, além de aspectos científicos para definição de qualidade de um produto adequado, incluindo os parâmetros das características organolépticas, químicas e biológicas”, destaca a estudante.

Além disso, é necessário o levantamento de métodos adequados para realização de testes para esses aspectos e o estudo das normas aplicáveis para esses parâmetros. “É necessário o conhecimento dos parâmetros de qualidade acerca das cervejas artesanais, dada a acessibilidade de consumo e produção dessa bebida no Brasil, para que sejam seguidos caminhos seguros que respeitem normas, meio ambiente e a saúde de cada consumidor e para que os produtores e consumidores tenham certeza da qualidade do produto”, enfatiza a acadêmica.

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