Ensino

Por que o coração é considerado o símbolo do amor? E de onde vem esse sentimento?

13/06/2025

17:05

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Luís Henrique de Melo

O coração é associado aos sentimentos desde as civilizações antigas

Por muitos anos, a humanidade acreditava que os sentimentos vinham do coração. Amor, raiva, espiritualidade, inteligência: tudo era relacionado ao órgão que palpitava no peito das pessoas. Porém, com o avanço da ciência, pesquisadores puderam estabelecer outros conceitos sobre a origem das sensações vividas no cotidiano.

A estudante Carolina Tomczak, do curso de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de Passo Fundo (UPF), afirma que essa relação estava presente em civilizações antigas como Egito, Grécia e Roma, os quais acreditavam que o coração era o centro dos sentimentos.

Carolina, que faz parte da Liga Acadêmica de Neurologia, Neurocirurgia e Cirurgia da Coluna da UPF, explica que a neurociência moderna consegue mostrar por meio de ressonâncias os efeitos que a paixão causa no cérebro de um ser humano. “Diversas áreas se iluminam, como área tegmental ventral, amígdalas e córtex pré-frontal. Quando nos apaixonamos, o cérebro libera uma tempestade de emoções, como o hormônio da dopamina, que vai nos dar euforia, prazer e desejo, a ocitocina e vasopressina, que vão aumentar o apego e a confiança, e temos também a adrenalina e o cortisol, responsável pelas famosas borboletas no estômago”.

E por que o coração carrega essa simbologia?

Uma pesquisa publicada em 2011 na seção de saúde e psicologia da revista Scielo busca compreender alma, corpo e a antiga civilização grega, uma das primeiras a estabelecer a ciência moderna. De acordo com os pesquisadores, expressões antigas como “coração partido” e “bom de coração” relacionam o órgão como o centro da subjetividade, intimidade e vulnerabilidade emocional.

Emoções básicas como raiva, medo, alegria, tristeza e nojo, entre outras, têm uma base inata ligada ao cérebro límbico e refletem em respostas fisiológicas, inclusive cardíacas. Já emoções secundárias como vergonha, empatia e culpa envolvem processamento consciente no córtex, que por sua vez ativa o sistema límbico, e afetam o ritmo cardíaco, pressão e outras respostas somáticas.

Durante o amor, o sistema nervoso autônomo, em especial o seu sistema simpático, é ativado, o que acaba causando taquicardia, sudorese, arrepios e palpitações. A estudante Carolina afirma que, com base nestes sentimentos, é comum associá-los como fonte natural das emoções, fato que ocorria com as antigas civilizações.

A ciência, de fato, explica o amor e os sentimentos, mas é o coração, junto de outros órgãos do corpo humano que expressam todos esses sentimentos.

Este conteúdo faz parte do quadro Ciência em 1 Minuto publicado no Instagram da UPF. Confira o vídeo completo:

 

INSCREVA-SE