Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Gelsoli Casagrande
Estantes estão disponíveis em cinco pontos na Universidade, que foi o primeiro ponto oficial de Bookcrossing no interior do Rio Grande do Sul e o 22º no Brasil
Difundindo o hábito da leitura e tornando o acesso à cultura verdadeiramente universal é o que objetiva o Projeto BookCrossing. O conceito de projeto surgiu nos Estados Unidos e pode ser definido como a prática de deixar um livro num local público, para que outros o encontrem, leiam, voltem a libertá-lo e, assim sucessivamente, fazendo com que esses livros sejam lidos pelo máximo de pessoas possível.
A Universidade de Passo Fundo (UPF) foi o primeiro ponto oficial de Bookcrossing no interior do Rio Grande do Sul e o 22º no Brasil. A iniciativa se dá por meio do Programa de Extensão “Ensino e Inovação”, desenvolvido pelo curso de Letras do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Conforme a coordenadora da iniciativa, professora Luciane Sturm, a movimentação pela instalação de um ponto começou em 2012, por iniciativa de acadêmicos de Letras e de História, ganhou apoio dos demais cursos do Instituto e tornou-se, em 2013, uma das ações do Projeto Autonomia e Letramento do curso de Letras
O primeiro ponto foi instalado no próprio IFCH. “O BookCrossing tem um grande apoio da Editora da UPF que já libertou mais de 5 mil livros. Muitos professores e acadêmicos também apoiam e libertam livros no BookCrossing do IFCH”, comenta ela. Ainda em 2013, o BookCrossing foi institucionalizado na UPF. Em 2014, a Faculdade de Artes e Comunicação (FAC) da UPF também instalou um ponto de libertação e, em 2016, outras três unidades também receberam o projeto, a Faculdade de Educação (Faed), a Faculdade de Medicina (FM) e a Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (Feac)
Leitura por prazer
De acordo com a professora Luciane, o Bookcrossing na UPF desenvolveu uma identidade própria, cujo foco é na leitura por prazer e sem compromisso. “O projeto visa despertar o interesse pela leitura sustentável, com o mínimo de gastos possível, pois quem deseja ler, pode passar numa estante e pegar um livro, retribuindo ao deixar um livro para outra pessoa. Cada participante pode trocar livros ou passar um livro seu diretamente a outra pessoa”, explica ela, reiterando que, atualmente, o foco é a leitura sustentável, uma vez que, além de promover a ‘libertação’ de livros, também, incentiva a troca. “As pessoas podem deixar seus livros nas estantes do Bookcrossing na UPF, onde não há registro ou empréstimos: as pessoas têm a liberdade de pegá-los para ler, trazer de volta ou passar a outras pessoas”, enfatiza.
O projeto nas redes sociais
As trocas de livros também são incentivadas pelas redes sociais, por meio da página do projeto no Facebook e do Grupo de Troca. “Quando postamos livros que foram libertados, as pessoas podem manifestar interesse, levam seus livros no IFCH e realizamos a troca. Em geral, a troca é feita por livros do mesmo gênero e condições, por exemplo: um romance por outro romance, que estejam em boas condições. Um livro infanto-juvenil por outro infanto-juvenil”, orienta a coordenadora.
O BookCrossing
O projeto do BookCrossing foi originalmente concebido em março de 2001 pelo programador Ron Hornbaker, nos Estados Unidos. A iniciativa foi concretizada com o lançamento do site www.bookcrossing.com e tornou-se um movimento global. O projeto chegou ao Brasil em 2001 e hoje está presente em todos os estados brasileiros, com cerca de oito mil usuários cadastrados. As informações gerais do BookCrossing no Brasil podem ser acessadas em www.bookcrossing.com.br.
Galeria de Imagens
Notícias relacionadas