Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Divulgação
Projeto de extensão do curso de Direito da UPF oferece orientação jurídica gratuita, acolhimento e escuta ativa a mulheres em situação de vulnerabilidade
Há 21 anos, o Projur Mulher e Diversidade nasceu com uma missão: garantir acesso à justiça, promover direitos e oferecer escuta qualificada a mulheres em situação de vulnerabilidade. Criado em 2004, o projeto tem o compromisso com a justiça social e se consolidou como um espaço de escuta, acolhimento e orientação jurídica para mulheres em situação de violência.
Desde sua criação, o Projur reúne estudantes do curso de Direito, professoras orientadoras e parceiras da rede de proteção para oferecer atendimento jurídico gratuito, sempre com um olhar humanizado e atento à escuta ativa. “O Projur surgiu no ano de 2004, a partir de uma demanda trazida pela comunidade, por meio de um movimento no município organizado pela então delegada de polícia, Cláudia Cristina Rocha. Ela conseguiu transformar o posto de atendimento à mulher da Polícia Civil em delegacia especializada e percebeu a necessidade de construir uma rede de apoio. Procurou as instituições que poderiam contribuir, e o curso de Direito UPF abraçou a causa, passando a oferecer o Projur como serviço de atendimento às mulheres que passavam pelo acolhimento na Casa da Mulher do Município”, relembra a coordenadora do Projur, professora Josiane Petry Faria.
A atuação do Projur se fortaleceu e, em 2010, ao assumir a coordenação, a professora Josiane propôs uma reestruturação que ampliou a abrangência do projeto.“Percebemos que apenas cerca de 3% das mulheres que registravam ocorrência policial passavam por acolhimento institucional. Era necessário ampliar o serviço. Assim, em 2017, estendemos o atendimento também à população LGBTQIAPN+, reafirmando nosso compromisso com a inclusão e os direitos humanos”, explica.
Hoje, o Projur é referência na promoção de direitos, envolvendo estudantes, docentes e comunidade em ações que vão além do atendimento jurídico. São campanhas de conscientização, rodas de conversa, participação em conferências, intervenções urbanas e formações voltadas à prevenção da violência. “A maior visibilidade da violência contra a mulher e o entendimento de que a violência em espaço privado é de interesse público e é crime reforçam a nossa atuação. Isso nos permite investir ainda mais em ações educativas, de prevenção e conscientização. Seguimos firmes, sem jamais largar a mão das mulheres que sofreram violência e que buscam uma saída para esse ciclo tão danoso”, afirma a coordenadora.
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