Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Divulgação/UPF
A expectativa média de vida tem aumentado significativamente e com isso tem-se verificado a alta incidência de doenças neurodegenerativas, como a Doença de Alzheimer. Estima-se que a cada 1000 pessoas, entre 65-74 anos, 53 indivíduos apresentam a doença, já para faixa etária acima de 85 anos, esse percentual aumenta para 231 pessoas. O Alzheimer é caracterizado pela perda da memória e demência, sendo diagnosticado principalmente em idosos, pois a idade avançada gera uma vulnerabilidade cerebral, especialmente em relação a função cognitiva. O tratamento farmacológico consiste em inibidores da enzima acetilcolinesterase, porém essas drogas têm eficácia limitada e podem causar depressão e ansiedade. Contudo, sabe-se que essa é uma patologia que não apresenta cura, havendo necessidade de terapias alternativas para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos. Recentes estudos têm demonstrado os benefícios físicos, mentais e psicológicos proporcionados pela exposição à ambientes enriquecidos. O enriquecimento ambiental promove neuroproteção e ameniza os sintomas de Alzheimer em roedores, e de demência em humanos.
Nesse contexto, a acadêmica do curso de Ciências Biológicas da Universidade de Passo Fundo (UPF) Alícia Silvestre está desenvolvendo uma pesquisa com o intuito de verificar se a exposição a um ambiente enriquecido pode prevenir o dano de memória em modelo animal de demência. No estudo, serão utilizados peixes da espécie Danio Rerio (zebrafish), pois é um modelo animal que possui semelhança genética de 70% com seres humanos e tem sido amplamente utilizado em pesquisas na área de neurosciências. Os efeitos do enriquecimento ambiental serão avaliados por testes de memória em labirinto.
O trabalho faz parte da disciplina de Iniciação a Pesquisa do curso de Ciências Biológicas (Bacharelado) do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UPF, sob a orientação da professora Dra. Ana Cristina Vendrametto Varrone Giacomini.
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