Ensino

Professora da Universidade de Passo Fundo participa de Congresso que definiu novo grupo sanguíneo em Milão, na Itália

25/06/2025

15:26

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Divulgação

A professora Cristiane Rodrigues, docente do curso de Medicina da Universidade de Passo Fundo, esteve presente no 35º Congresso Regional da Sociedade Internacional de Transfusão Sanguínea (ISBT) em Milão, na Itália, ao lado de referências da imunopatologia de todo o mundo. O evento ocorreu no início de junho deste ano com a oficialização de um novo sistema de grupo sanguíneo. 

Doutora em Envelhecimento Humano pela UPF, Cristiane é especialista na área de Gerontecnologia em Sangue Raro, que visa a aplicação de tecnologias para pessoas idosas que possuem tipos sanguíneos muito incomuns. Para ela, o evento foi importante em diversos aspectos da sua carreira. “Estar presente nesse grande evento, que é um dos maiores congressos internacionais na área da Medicina Transfusional, em especial ter a oportunidade de ter vivenciado como que é definido um novo sistema de grupo sanguíneo, foi muito importante e impactante na minha vida como estudante, pesquisadora e docente da Universidade de Passo Fundo.”, comentou.

Ao lado de seu orientador do doutorado, professor Adriano Pasqualotti, Cristiane submeteu ao Congresso trabalhos desenvolvidos no período de estudos. No total, foram seis enviados pela Universidade de Passo Fundo e o Hospital São Vicente de Paulo, em parceria com a Unicamp.

“Gwada negativo”, um novo grupo sanguíneo

Em 2011, uma francesa originária da Ilha de Guadalupe, na época com 54 anos, realizou exames para a realização de uma cirurgia. Na ocasião, um anticorpo desconhecido foi detectado, e os meios técnicos da época não permitiram que a equipe continuasse a investigação.

A partir de 2019, a pesquisa foi retornada pelos profissionais do Instituto Francês do Sangue (EFS) e, graças à tecnologia de sequenciação de DNA, uma mutação genética foi revelada. O novo grupo sanguíneo foi oficializado, em junho, no Congresso Regional da ISBT.

O nome delimitado como “Gwada negativo” faz referência às origens guadalupenses da paciente e, atualmente, especialistas da EFS dão continuidade ao projeto, desenvolvendo um protocolo especial que busca encontrar outras pessoas com o mesmo grupo sanguíneo ao redor do mundo.

A participação da professora Cristiane em um evento com tamanha importância para a saúde e para a comunidade mundial agrega à Universidade experiências e conhecimentos que geram ainda mais conhecimento para a área da Medicina.

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