Encontro Regional discute sobre as Cidades Educadoras, em Marau

Com o propósito de compartilhar experiências e solidificar as práticas educativas na região, o III Encontro das Cidades Educadoras da Região Norte do RS reuniu durante esta quinta e sexta-feira, dias 19 e 20 de maio, cerca de 700 pessoas, entre representantes dos municípios que participam do movimento, sociedade civil organizada, iniciativa privada e lideranças sociais. O encontro, realizado no município de Marau, teve, ao longo da programação, oficinas e debates sobre educação integral, pluralidade, inovação e tecnologia, entre outros temas que envolvem as ações das cidades educadoras.

Reconhecida pelo trabalho que realiza nas áreas do ensino, pesquisa, extensão e inovação tecnológica, a Universidade de Passo Fundo (UPF) é parceira da realização do evento. Comprometida em produzir e difundir conhecimentos para a melhorar a qualidade de vida da comunidade e promover o desenvolvimento regional, a UPF incentiva e contribui para a disseminação do conceito de Cidades Educadoras e no apoio às experiências dos municípios da região norte do Estado no processo de adesão à Carta da Associação Internacional das Cidades Educadoras (AICE), elaborada em 1990 e revista em 2004.

UPF é incentivadora do movimento no Norte do RS

A região Norte do RS é a que concentra o maior número de Cidades Educadoras do país, com sete municípios. Nos últimos anos, os municípios de Passo Fundo, Carazinho, Guaporé, Marau, Sarandi, Soledade e Camargo passaram a integrar o movimento internacional, com o apoio da UPF, que é filiada ao movimento das Cidades Educadoras.
Conforme o vice-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação, Extensão e Assuntos Comunitários da UPF, Dr. Rogério da Silva, a UPF desenvolve um estudo com relação às cidades educadoras há mais de dez anos, o que tem proporcionado formar o grupo de cidades educadoras na região.

“Um encontro como esse é muito importante porque fortalece o entendimento e todo o processo de discussão de cidades verdadeiramente educadoras, que exige a participação de toda a comunidade e a UPF faz o seu trabalho de acompanhar esse processo por ser uma universidade comunitária”, afirma.

A secretária de Educação de Marau, Simone Costenaro, destacou que o evento buscou discutir como cada cidadão pode contribuir para que a realidade que tanto se deseja, de fato, aconteça. “Como cidade educadora, nos sentimos honrados em proporcionar esse momento de socialização potencializando as cidades, visualizando realidades possíveis e também planejando o futuro que queremos como cidades. Por meio de ações para todos, buscando sempre o diálogo com as comunidades, tentamos contemplar todos os setores e trabalhando de forma que a comunidade entenda de que este não é um projeto da gestão, mas que a gestão optou e que fica para toda a comunidade”, observa a secretária.

O que é ser uma Cidade Educadora?

A proposta das Cidades Educadoras é, por meio da educação, fazer das cidades um espaço de cidadania livre, responsável e solidária. Para isso, três grandes princípios norteadores são estabelecidos: o direito à cidade educadora, o compromisso da cidade, e o serviço integral às pessoas. A partir destes princípios, há o desmembramento de objetivos, dentre eles, a educação inclusiva ao longo da vida; acesso à cultura; governança e participação dos cidadãos; sustentabilidade; promoção da saúde; promoção do associativismo e do voluntariado; e educação para uma cidadania democrática e global.

Recentemente, um grupo liderado pela UPF e composto por representantes de prefeituras da região realizou uma viagem técnica para o município de Rosário, na Argentina. A visita ocorreu em preparação para o III Encontro das Cidades Educadoras da Região Norte do RS. A viagem teve por objetivo conhecer o modelo implementado que inclui as crianças nos processos de pensar e participar ativamente da vida na cidade argentina. 

Rosário, na Argentina, é considerada a protagonista das Cidades Educadoras na América Latina e integra a Associação Internacional de Cidades Educadoras (AICE) há 26 anos. Entre os motivos estão ações como trabalhar integradamente na perspectiva de melhoria da qualidade dos espaços públicos que foram ressignificados; melhoria da educação formal e integração entre escola e cidade; além da descentralização de iniciativas culturais. Também entre as ações que desenvolve está o Tríptico da Infância.

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