Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Jéssica França
A Universidade de Passo Fundo (UPF), por meio da Faculdade de Medicina (FM), realizou, na noite de terça-feira, 4 de setembro, a Cerimônia do Jaleco. O evento realizado com os calouros do curso de Medicina ocorreu no Auditório Biomédico, Campus II, reunindo a comunidade acadêmica e amigos e familiares dos estudantes.
Ao longo da cerimônia, estudantes veteranos do curso entregaram jalecos para seus calouros afilhados, marcando o início da vida acadêmica e do trabalho junto à Medicina. O vice-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da UPF, professor Dr. Rogerio da Silva, destacou a relevância da FM, que é considerada uma das melhores escolas médicas do estado e do Brasil. “Estamos sem sombra de dúvida em uma das melhores escolas de Medicina do país. Encontramos inúmeros profissionais que se formaram aqui e que falam com muita honra da Faculdade de Medicina da UPF. Passo Fundo se tornou e é referência médica no sul do país, devido, em muito, a esse curso e aos profissionais que se formaram ao longo dessas cinco décadas pela UPF”, destacou.
A entrega dos jalecos representa um momento importante para os futuros médicos, sendo uma atividade de acolhida dos acadêmicos. “Essa é uma cerimônia de acolhimento, de humanização de nossa escola, mas também é um ritual de passagem. Nossa função é atender a pessoas frágeis e doentes, e o momento em que os acadêmicos recebem o jaleco branco e vão para o hospital – um dos símbolos de nossa profissão – é marcado por um significado muito importante, assim como é o batismo e o casamento. Acho, na verdade, que é o casamento do jovem com a medicina”, comentou o diretor da FM, Dr. Paulo Roberto Reichert.
O coordenador do curso, professor Dr. José Ivo Scherer, salientou a emoção de fazer parte da FM integrando esse momento com a cerimônia. “Sempre é uma emoção receber os calouros, porque me transporto para quase 50 anos atrás. Sou da primeira turma dessa escola médica. No dia 9 de março de 1970, iniciou o curso de Medicina na Instituição, e eu estava naquela turma. Eu vi essa Instituição crescer, acredito e luto por ela. Também sou coordenador há quase 9 anos, e minha função é também receber os calouros. Recebo a cada ano uma gama enorme de filhos”, disse.
A realização de um sonho
Participar da Cerimônia do Jaleco marca mais um momento importante na carreira profissional de quem um dia sonhou em ser médico. A acadêmica Laura Paggiarin Wagner falou em nome dos veteranos sobre a representação do jaleco para a carreira. “Para nós acadêmicos, ele traz muitas sensações a mais, ele é muito mais do que uma peça de vestuário, um uniforme, um estilo de moda, ele é a nossa transição entre estudante de medicina para médicos, porque é assim que os pacientes nos veem”, disse no discurso a estudante Laura.
O calouro Marcos Innocenti observou que mesmo tendo passado o período maçante do cursinho, a dedicação ao estudo continua. “Embora o discurso seja esperançoso, precisamos, em razão do momento e da condição, ser realistas. Haverá frustações, choros, perdas e a sensação de impotência, e quando as coisas ficarem difíceis, não devemos apenas estar cursando medicina, mas sim construindo a nós mesmos como bons médicos, inclusive e principalmente nas adversidades. Mas antes de sermos bons médicos, precisamos ser bons seres humanos, humanos como os seres que são humanos, incompletos, inacabados, em construção, assim como nós”, disse.
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