Extensão

Arte da comunidade

29/05/2023

08:40

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Camila Guedes

Projeto do curso de Artes Visuais busca dar visibilidade a profissionais passo-fundenses que também produzem diferentes formas de arte

A garagem do estacionamento Central Park, localizado no centro de Passo Fundo, ganhou um colorido especial. Os clientes que todo dia passam por lá encontraram, na última semana uma exposição de arte. O responsável pelas esculturas coloridas é o atendente do local Wolney Umberto Branco que, convidado pelo projeto de extensão da UPF Agência de Artes Visuais, tirou suas obras de casa e resolveu mostrá-las ao público. A ação faz parte da proposta "Mostra sua arte", que se propõe a descobrir a arte na comunidade. O resultado foi a "Exposição na Garagem" que, ao longo de dois dias, compartilhou com o público a arte de Wolney. 

A proposta da iniciativa é, segundo a coordenadora do projeto, professora Luciane Campana Tomasini, abrir espaço para as artes junto à comunidade e valorizar artistas que, assim como o Wolney, encontram um tempinho em suas rotinas para produzir. “Buscamos trabalhar com a proposta de artistas que trabalham em outras atividades durante o seu dia a dia, mas que também têm outro tipo de produção, seja de arte ou seja de artesanato. Nesta primeira exposição estamos dando visibilidade para o Wolney, que trabalha como atendente aqui na garagem”, explica a professora. 

A exposição foi montada na garagem mesmo, onde ele trabalha e onde ele tem um público fiel, com uma visitação bastante expressiva. “Ele costuma colocar algumas obras em frente à garagem, o que chamava atenção das crianças, já que são obras bastante lúdicas, com que as crianças se identificam. O que a gente fez foi só organizar essa exposição, dar esse espaço a ele para fazer essa apresentação do trabalho”, acrescenta.

Essa foi a primeira exposição de Wolney que produz esculturas a partir de materiais encontrados no lixo. O artista conta que começou fazendo miniaturas e, com o passar do tempo, foi ampliando suas esculturas. Para ele, fazer arte é uma espécie de terapia ocupacional que lhe ajuda a esquecer do mundo e dos problemas. E apesar do nervosismo e do frio na barriga de mostrar sua arte pela primeira vez, Wolney conta que estava feliz por ter seus clientes conhecendo e admirando suas obras.  “As pessoas têm vindo, gostado e admirado, muitos não entendem muito bem, mas gosto de pensar que cada um vai interpretar do seu jeito”, pontua.