Acadêmica da UPF pesquisa a conservação de alimentos utilizando a irradiação
04/05/2018
09:07
Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Reprodução/UPF
As tecnologias que possibilitam manter um alimento por mais tempo na prateleira, sem que suas características físicas, químicas, microbiológicas e sensoriais sejam alteradas, estão sendo documentadas e estudadas desde 1905. Visando uma dessas tecnologias, a acadêmica de Química Bacharelado da Universidade de Passo Fundo (UPF), Laura Peralta Maritan, realiza uma pesquisa sobre o emprego da irradiação em alimentos.
Além de conservar os alimentos, com essa metodologia é possível, também, reduzir a infestação por insetos, fungos, leveduras e microrganismos patogênicos (doenças). Dessa forma, perdas econômicas associadas ao descarte de alimentos contaminados são notavelmente amenizadas. Segundo a pesquisadora, o alimento não se torna radioativo pois a radiação até uma dose não é tóxica, não traz problemas nutricionais e os alimentos não entram em contato direto com a fonte radioativa, ou seja, não são contaminados. “As energias das radiações utilizadas não são suficientes para induzir a radioatividade nesses alimentos”, explica ela.
As fontes de radiação utilizadas devem ser as autorizadas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Conforme Laura, qualquer alimento pode ser irradiado, porém os limites mínimos e máximos da dosagem aplicada devem ser observados. Por fim, nos rótulos dos alimentos irradiados, deve constar a frase “Alimento tratado por processo de irradiação” e/ou com o símbolo da irradiação, a radura - logotipo internacional que identifica um alimento irradiado.
Incentivo à iniciação científica
A Universidade vem desenvolvendo, ao longo dos últimos anos, diversas ações para incentivar os alunos, tanto do Ensino Médio, quanto da graduação, ao ingresso no universo da pesquisa. O objetivo, segundo o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Leonardo José Gil Barcellos, é instigar, desde cedo, o espírito de curiosidade e vontade pela transformação. “Essa troca é muito importante, uma vez que proporciona ao acadêmico a possibilidade de conversar e trabalhar juntamente com alunos que estão fazendo mestrado e doutorado. Assim, eles aprendem a lidar com o novo, participam de descobertas, enfrentam desafios e superam dificuldades. A pesquisa está em todos os lugares e a UPF, por meio da Iniciação Científica, permite que eles tenham contato com ela desde o ingresso na Instituição”, destaca, ressaltando que a experiência será útil para eles, mesmo sem seguir a carreira científica, pois a pesquisa estimula o pensamento lógico.
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