Extensão

A voz imigrante é tema de roda de conversa na UPF

14/05/2019

15:07

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Divulgação

Integrando a programação do VIII Colóquio Nacional de Direitos Humanos realizado na última semana na Universidade de Passo Fundo (UPF), o Fórum de Mobilidade Humana de Passo Fundo, em parceria com o projeto de extensão UPF e Movimentos Sociais: desafio das relações étnico-raciais, promoveu, no dia 9 de maio, a oficina A Voz do Imigrante. Na atividade, realizada na Faculdade de Direito (FD), imigrantes senegaleses e bengaleses se tornaram protagonistas de uma discussão sobre cultura, direitos humanos e reconhecimento. 

A roda de conversa buscou realizar um diálogo multicultural evidenciando as culturas que passam a compor, também, a realidade do município, além de dar relevância à necessidade de discutir o tema da migração, tendo em vista que os imigrantes sofrem em razão de serem minorias políticas e de terem sua cultura rica e diversa silenciada por discursos hegemônicos avessos à sua inserção no nível econômico, social e cultural. 

O momento também buscou criar um espaço de trânsito cultural e de diálogo entre sujeitos – que são constituídos frente a seu território e sua realidade –, tendo como base duas nacionalidades que são mais visíveis no município: senegaleses e bengaleses, que trazem consigo uma carga cultural rica marcada por seu país de origem.  “Ao discutir imigração, sujeitos e culturas, o momento foi mais do que meramente um espaço para aquisições de conhecimentos, mas de uma ecologia de conhecimentos, trocas e produções que refletem o multiculturalismo formador de nosso país e o diálogo aberto ao diferente que deve ser base ética para qualquer possibilidade de reconhecimento e emancipação”, destacou a coordenadora do projeto UPF e movimentos sociais, professora Dra. Elisa Mainardi. 

Com presença de imigrantes bengaleses e do Senegal, discutiu-se a vinda deles para cá, sua cultura, a dificuldade da língua e a percepção de como foram recebidos no país. A roda de conversa, como gesto político ao afirmar a necessidade de reconhecimento da diferença, também foi um espaço para que as duas culturas imigrantes se conhecessem e reconhecessem em sua condição de estrangeiros e que os caminhos para a permanência – para além de um aspecto puramente do trabalho – estão perpassados, também, pela manutenção de suas culturas e de sua memória.