“A educação precisa ser pensada de forma coletiva, só assim, chegará a todos”
02/05/2023
10:35
Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Carol Simor
Movimento pela Educação, promovido pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, deu início, em Marau, a uma série de encontros para buscar soluções para a educação no Estado
A falta de professores nas escolas, a importância da formação continuada, melhores estruturas, metodologias e espaços formativos de qualidade. Estas foram algumas das pautas trazidas para o primeiro encontro do Movimento pela Educação. A iniciativa, liderada pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, pretende promover ações pelo norte do Estado e a primeira parada ocorreu em Marau, nesta sexta-feira, 28. Integrando a programação, a reitora da Universidade de Passo Fundo (UPF), Dra. Bernadete Maria Dalmolin, participou de um painel que trouxe experiências exitosas na educação e ideias para potencializar o setor.
A professora Bernadete destacou o engajamento do Comung na expansão da profissionalização no Rio Grande do Sul, com destaque para a formação de professores, bem como na busca por políticas públicas que fomentem o acesso e a permanência no ensino superior. Em suas manifestações, apresentou exemplos práticos da Universidade, o uso de processos inovadores de ensinar e a necessidade de ações que conquistem os estudantes para que tenham, dentro da sala de aula, o respeito à realidade de cada um, de suas famílias e das comunidades onde estão inseridos. “A educação precisa ser pensada de forma coletiva, só assim, chegará a todos. Temos que ter em mente que todas as ferramentas, sejam elas tecnológicas ou não, precisam atuar para que as pessoas tenham condições de desenvolver seus potenciais e lidar ‘criativamente’ com essa sociedade complexa”, observou.
A reitora também aproveitou o espaço para abordar a temática da falta de professores e as consequências que essa realidade trará para os próximos anos. Ela ressaltou que tanto políticos quanto a sociedade precisam estar atentos a esse problema. “Hoje vemos o que chamamos de apagão da carreira docente. Já vemos falta de professores em diversas áreas e nenhuma política pública capaz atender essa demanda. Precisamos de professores bem formados e com condições de buscar uma qualificação continuada, pois o desenvolvimento do Estado e do país passam por uma educação de qualidade”, disse.
Participaram do painel Adriano Canabarro Teixeira, professor da UPF e secretário de Educação de Passo Fundo; Mônica Timm, CEO da Plataforma Elefante Letrado; Verenice Lipsch, secretária de Educação de Erechim; e Luiz Carlos Cosmam, diretor da Escola Celeste Gobbato, de Palmeira das Missões. O debate foi mediado pelo jornalista Tulio Milman.
Movimento pela educação
Liderado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Deputado Vilmar Zanchin, o Movimento pela Educação passará por nove pontos estratégicos do Estado, buscando a proposição de ações práticas e reais.
Em sua fala, na abertura do evento, Zanchin agradeceu a presença de todos e a união de esforços para a realização da iniciativa. Ele destacou que a escuta regional das demandas integra o projeto de interiorização das ações da Assembleia, tendo a educação como tema central do ano de 2023. “Acreditamos que o desenvolvimento só acontece por meio da educação e nós, que já fomos referência nessa área, temos que retomar o rumo, começando hoje, aqui em Marau. Ao longo dos encontros vamos abordar eixos importantes como a estrutura física das escolas, remuneração dos profissionais na educação, aprendizagem na idade certa, a qualidade do ensino em sala de aula, aumento das escolas em turno integral, a matriz curricular, com a instituição de um ensino profissionalizante de qualidade, a formação continuada, a educação tecnológica e a segurança nas escolas”, ressaltou.
A programação do evento contou com a participação do Governador Eduardo Leite pela parte da tarde. Na oportunidade ele esteve reunido com prefeitos de toda a região, além de lideranças comunitárias. Em sua fala, destacou a necessidade de políticas públicas plenas e o desenvolvimento de habilidades e competências para as novas tecnologias que surgem. “Vivemos uma realidade com menos mão de obra disponível e que agora necessita de mais capacitação. Precisamos de um olhar atento às escolas, aos professores. Fizemos a lição de casa e estamos com as contas em dia, o que permite que novos investimentos sejam feitos, como a aprovação do piso do magistério e o investimento na qualificação continuada dos professores e dos gestores de escolas”, frisou.