Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Tainá Binelo
No dia 4 de agosto de 2004, dois anos antes da conhecida Lei Maria da Penha, a Universidade de Passo Fundo (UPF) buscou fortalecer os laços com a comunidade e, com isso, ser uma ferramenta de transformação social ao criar o Projur Mulher. Voltado para atender mulheres em situação de violência e vulnerabilidade, em 2017 o projeto ganhou ainda mais força, se tornando o Projur Mulher e Diversidade. Ao completar 18 anos, o projeto de extensão ligado a Escola de Ciências Jurídicas realizou mais de 2400 atendimentos diretos, atuando para resolver conflitos que colocam em risco a vida de centenas de mulheres diariamente.
Coordenadora do Projur, a professora Dra. Josiane Petry Faria conta que o projeto nasceu junto a uma mobilização na comunidade passo-fundense, em parceria com a Delegacia da Mulher, então comandada pela delegada Claudia Cristina da Rocha, Cáritas Diocesana, Promotoras Legais Populares, Prefeitura Municipal, entre outras entidades. “Nessa mesma época, a Prefeitura Municipal inaugurou a Casa da Mulher, espaço destinado ao acolhimento de mulheres em situação de violência e o Projur então se comprometeu com o atendimento jurídico-processual de todas as mulheres e filhos e que passassem pelo acolhimento institucional”, relata.
Em 2010, o Projur amplia sua atuação, passando a atuar fortemente na prevenção a violência, por meio de ações, projetos e atividades em conjunto com a comunidade. Além disso, se propôs a realizar o atendimento à toda e qualquer mulher vítima de violência, da comarca de Passo Fundo, independente do acolhimento institucional ou não. “Com isso, os números de atendimentos se exponencializaram e o projeto se estabeleceu na região, passando a se tornar referência no atendimento à mulher e na promoção da igualdade de gênero”, comenta a coordenadora, ressaltando que o atendimento é feito por professoras, com o auxílio de estagiárias do curso de Direito.
Ampliação para outros municípios e para mais pessoas
Josiane lembra que, em 2017, o Projur foi ampliado para atender também as demandas da estrutura multicampi da Universidade, abrindo as portas em Sarandi e Soledade. No mesmo ano, o público do Projur também foi ampliado, recebendo a população LGBTQIA+. “Assim o projeto se especializou no atendimento jurídico da diversidade sexual”, pontua Josiane.
Em 2020, ainda em expansão, o Projur chegou em Casca, onde o envolvimento com a comunidade e a recepção da comunidade fortalecem a extensão e o vínculo com a Universidade.
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