Programação

Comunicações Orais

COMUNICAÇÕES ORAIS - GRUPO 1 - 15h15min – 16h45min – 4 trabalhos por sala – 20 minutos para apresentação de cada trabalho e 10 minutos para discussão.

COMUNICAÇÕES ORAIS - GRUPO  2 – 16h50min – 18h – 3 trabalhos por sala - – 20 minutos para apresentação de cada trabalho e 10 minutos para discussão.
Local: Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis – FEAC – B6

COMUNICAÇÕES ORAIS
GRUPO 1
SESSÃO 1
15h15min – 16h45min 
Local:  FEAC - B6            Sala: Pós 1

A PRÁTICA DOS MULTILETRAMENTOS: UMA REFLEXÃO SOBRE OS GÊNEROS MULTIMODAIS EM UMA PERSPECTIVA DIALÓGICA DE APRENDIZAGEM
Debora Gaspar Falkemback Oliboni - deborafalkembackoliboni@gmail.com

O presente trabalho propõe uma análise discursiva sobre dois gêneros multimodais a fim de compreender a construção de sentidos e a relação dialógica que estes textos estabelecem na aprendizagem. Considerando a diversidade de gêneros que circulam na mídia, será feito um estudo abrangendo conceitos importantes que permeiam a multimodalidade discursiva, buscando definições, características e os saberes que estão envolvidos nestas diferentes linguagens. Através de uma pesquisa de cunho qualitativo-exploratório, serão associados conceitos fundamentais sobre os gêneros na tentativa de melhor compreender como os textos multimodais influenciam no processo da leitura e compreensão dos estudantes. O corpus de análise será um anúncio publicitário da empresa United Colors of Benetton e uma tira em quadrinhos. A pesquisa também realizou-se de forma bibliográfica, uma vez que partindo do aparato teórico escolhido foi sendo tecida a análise. Os principais teóricos que deram suporte a esta análise é  Bakhtin (2016) Kress (2003) Bazerman (2006) Brait (2005) Rojo (2012) Dionísio(2014) e (Santomé (2001). Mostrou-se neste trabalho que os textos multimodais podem contribuir positivamente na atribuição dos sentidos presentes nos gêneros multimodais e na formação do leitor competente na era digital. 


MIA COUTO E AS METÁFORAS DA SUA OBRA
Renata Getelina Carbonera - regetelina@yahoo.com.br

A partir dos conceitos estudados na disciplina  Níveis de Análise Linguística, do mestrado em Letras - UPF, procurei abordar o assunto das relações metafóricas no conto “ O menino que escrevia versos”  do escritor moçambicano Mia Couto, pois percebi durante as aulas o quanto a obra desse escritor carrega essas relações de sentido no seu interior. Os conceitos desenvolvidos neste artigo só serão possíveis a partir da fundamentação teórica dos seguintes autores:  Benveniste (2005) , Jakobson (1995), Saussure (2012). Que nos ajudarão a entende melhor alguns conceitos importantes como: quais são os níveis de análise linguística,  qual a natureza do signo linguístico (signo, significado e significante),  arbitrariedade do signo, a linearidade do significante, e as relações metafóricas  no texto literário. Essa análise faz parte do artigo final da disciplina, mas além de uma reflexão para garantir uma nota, o presente trabalho busca refletir sobre a obra deste importante escritor, filho de portugueses e apaixonado pelo Brasil.Os textos de Mia Couto encantam a muitos brasileiros que prezam pela boa literatura, e também me encantaram, por isso a escolha por esse texto particularmente.


FAZENDO A LIÇÃO DE CASA: O LIXO NÃO ACABA NA LIXEIRA
Laura Bonavigo - 169082@upf.br
Jhenifer Almeida Alflen - 165743@upf.br
Gladis Cleci Hermes Thomé - gthome@upf.br

Fazendo a Lição de Casa é um projeto de extensão que está implementado em várias unidades acadêmicas da UPF. Tem o objetivo de desenvolver ações reflexivas e instrutivas sobre a separação dos resíduos sólidos gerados no campus e seu destino adequado. As ações desenvolvidas no Instituto de Ciências Biológicas (ICB) foram baseadas em um levantamento fotográfico da utilização das lixeiras, para visualizar as maiores dificuldades com relação à segregação correta dos resíduos sólidos. Para complementar a análise, foi disponibilizado um questionário aos alunos, constatando-se a necessidade de esclarecimentos e orientações acerca do assunto. A partir desse diagnóstico, foram confeccionadas lixeiras diferenciadas para a coleta de materiais recicláveis, distribuídas nas salas de aula do ICB, juntamente com painéis ilustrativos para orientar sobre a lixeira correta para deposição de cada tipo de resíduo. Pôde-se notar uma mudança significativa no comportamento dos usuários das lixeiras após a implementação desses recursos, comprovando a importância de instigar a reflexão sobre o assunto juntamente com a necessidade de informar e sanar as dúvidas quanto ao modo de separação dos resíduos. Com essas iniciativas, espera-se que o público acadêmico adote novos hábitos e replique essas ações para a comunidade em geral, possibilitando maiores proporções de reciclagem. Esses resultados podem ser ampliados com a implementação da experiência nas escolas em geral, incluindo os alunos na produção dos materiais, aumentando seu comprometimento e sensibilizando-os para esse importante tema que é a correta segregação dos resíduos sólidos.


GARAGE SALE E QR CODE: ESTRATÉGIAS PARA ENSINO DE LE
Liamara Baruffi - liabaruffi@gmail.com
Joseane Amaral - joseane.amaral@passofundo.ifsul.edu.br

O ensino de inglês como língua estrangeira tem se tornado cada vez mais desafiador frente aos novos cenários da pós-modernidade (BAUMAN, 1998), cuja principal característica é a desregulamentação. Em cursos de tecnologia de informação, dois entraves chamam a atenção: o baixo nível linguístico da maioria dos estudantes (interlíngua), cuja interferência é perceptível em todas as habilidades; e a falta de motivação para o aprendizado da L2, uma vez que as amarras do currículo muitas vezes impedem o professor de quebrar certos paradigmas. O presente trabalho apresenta duas propostas de ensino ancoradas no protagonismo do aluno. A primeira, Garage sale, objetiva expandir conhecimentos acerca da cultura inglesa americana, proporcionando o uso da língua em situações reais. A segunda atividade, denominada QR code Scavenger hunt, tem como propósitos utilizar recursos tecnológicos e adequar as estratégias de ensino ao contexto do aluno da área de Tecnologia em Sistemas para Internet. A metodologia utilizada envolve pesquisa-ação (THIOLLENT, 1988), que visa a conhecer e agir em uma pesquisa social aplicada. Entre as correntes teóricas que justificam nosso pensamento estão as ideias de Larsen-Freeman (2000) acerca do inglês comunicativo; as do estudioso Jenkins (2009), ao defender que os estudantes aprendam a integrar os conhecimentos de várias fontes; e as de Santaella (2013), que antecipa o presente-futuro ao decifrar os caminhos da comunicação ubíqua. Como resultados preliminares, apontamos a necessidade de repensar metodologias e estratégias no ensino de línguas, de forma que a educação promova o sujeito a agente no processo de ensino, fazendo com que o professor atue como mediador, e não mais como detentor absoluto do saber, especialmente em uma era em que mais de três bilhões de pessoas estão conectadas à internet no mundo.

 


SESSÃO 2

15h15min – 16h45min 
Local:  FEAC - B6            Sala: Pós 2

A INTERAÇÃO E OS MARCADORES DE POSIÇÃO NA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO
Júlia Iaione Roque -  118745@upf.br

As interações verbais, segundo a linguista francesa Catherine Kerbrat-Orecchioni (1943), são sequências de eventos que constituem um texto, produzido de forma coletiva em determinado contexto. Nesse sentido, a interação face a face acaba construindo, também, relações a partir das trocas verbais, entre os próprios interactantes. Há, dessa forma, dois aspectos advindos do nível relacional: 1) a distância: horizontal, tratando das questões de familiaridade e intimidade e a vertical, tratando do fator hierarquia, domínio; e 2) o funcionamento da polidez. No que diz respeito à distancia vertical, esta trata das posições assumidas pelos interactantes durante trocas verbais que podem ou não variar conforme o contexto da interação. Um interactante poderá assumir, ao longo de uma interação face a face, uma posição alta, ou seja, de dominância, ou baixa, ser dominado. Assim, há marcações verbais, não verbais e paraverbais das quais os participantes fazem uso a fim reiterar, mudar ou assinalar suas posições. O objetivo do presente trabalho é, portanto, tratar deste segundo tipo de distância, a vertical, a partir da análise de um recorte de uma situação real de sala de aula. A situação envolve alunos do Ensino Fundamental I e sua professora. A análise evidencia a busca de controle da professora em relação às ações dos demais participantes da interação, através de expressões verbais, não verbais, e paraverbais, o que afeta a qualidade da interação promovida em sala de aula.  
Referência: KERBRAT-ORECCHIONI, Catherine. Análise da Conversação: princípios e métodos. São Paulo: Parábola Editoral, 2006.


COMPREENDER ALÉM DO DITO: UMA QUESTÃO PRAGMÁTICA

João Ricardo Fagundes dos Santos - joao.ricardo1995@hotmail.com
Maritana Corazza - maricorazza23@hotmail.com

No presente estudo, busca-se retomar a Teoria Pragmática, enfatizando o estudo de Austin (1965) sobre os atos de fala, descrevendo como a ilocução e a perlocução se realizam nos textos no cotidiano escolar. Dessa forma, levando em conta o papel fundamental do contexto no processo comunicacional, propõe-se a análise dos fatores extralinguísticos e pragmáticos que interferem na compreensão do sentido em tirinhas, gênero recorrente em sala de aula. Espera-se que a análise sirva de motivação para o trabalho com o texto na escola, incentivando o aluno a identificar os implícitos e a compreender o sentido construído na esfera discursiva e contextual.


“¿TE GUSTA HABLAR?”: A ORALIDADE EM AULAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
Mariane Rocha Silveira - marianesilveira@upf.br
Francismar Furlanetto - 141553@upf.br
Graziela Rech Silveira - 141554@upf.br

O ensino de línguas estrangeiras, para ser mais efetivo e significativo aos alunos, necessita desenvolver as quatro habilidades básicas de comunicação em qualquer língua: a leitura, a produção escrita, a compreensão auditiva e a expressão oral. Essa última, todavia, acaba sendo esquecida nas aulas de língua, ainda que seja uma das habilidades mais essenciais para uma conversação exitosa em qualquer contexto comunicativo. Dessa maneira, o presente trabalho tem por objetivo dissertar sobre a necessidade de práticas orais nas aulas de língua estrangeira, explorar estratégias que possibilitem o desenvolvimento de atividades de produção oral em aulas de língua espanhola como língua estrangeira e mostrar os resultados parciais de uma pesquisa com um grupo de alunos concluintes do Ensino Superior de uma universidade particular do Rio Grande do Sul. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre os pressupostos teóricos que norteiam a proposta do trabalho, de caráter qualitativo, além da elaboração de atividades que estimulem a oralidade na língua-alvo. Os resultados parciais apontam que, ao entrar em contato e participar de atividades colaborativas e lúdicas, os alunos ganham confiança e conseguem comunicar-se na língua estrangeira de forma mais eficiente e natural. Como pressupostos teóricos, sustentam o trabalho Carreres e Molina (2010), Lewis (2006), Quatorze (2014) e Venturi (2007).


OS CONTOS DE FADAS COMO FERRAMENTAS PEDAGÓGICAS PELA ÓTICA DA PSICANÁLISE
Gabrielle Maria Danieli - 147727@upf.br
Jarbas Dametto - jarbas@upf.br

Os contos infantis atuam como um abre-te sésamo de portas colossais, portas essas que dão acessos a lugares inacreditáveis, que só a imaginação do leitor ou ouvinte pode levar. Concebendo a importância de narrativas que deem suporte às construções imaginativas das crianças, cabe ao educador, aplicar metodologias que enriqueçam a sua atuação junto a essa tradicional prática pedagógica, com a consciência de como a mesma interfere e auxilia na formação integral das crianças. Frente a essa questão, indaga-se: o que a psicanálise tem a dizer sobre as histórias infantis, no que se refere a sua aplicabilidade educacional? De que forma elas interferem no aspecto afetivo dos discentes, e como podem auxiliar professores e alunos no enfrentamento dos desafios educacionais? Buscou-se, através de um ensaio teórico amparado em revisão bibliográfica, compreender a interpretação que a psicanálise lança sobre as histórias infantis, e qual a importância de realizar uma prática pedagógica teoricamente amparada para que essa atividade possa enriquecer a experiência dos sujeitos envolvidos, apresentando meios de compreensão do mundo e de si mesmo.


SESSÃO 3
15h15min – 16h45min 
Local:  FEAC - B6           Sala: Pós 3

A INTERDISCURSIVIDADE COMO ELEMENTO INTERPRETATIVO CENTRAL DO GÊNERO CHARGE
Viviane Demetrio da Silva Scariot - vividds@yahoo.com.br
Karine Tiepo da Silva - ktiepo@gmail.com

Esta prática pedagógica apresenta a interpretação de uma charge, publicada no jornal Zero Hora, dia 05/03/18, a qual faz parte dos discursos referentes aos bombardeios recentes na Síria e ao incidente com o jogador da seleção brasileira e do PSG, Neymar. O objetivo geral visou mostrar como a interdiscursividade é um elemento central no gênero charge, instituído através da relação entre o texto verbalizado com o imagético. A análise tem como suporte teórico as contribuições de Bakhtin (2016), com os conceitos de gênero discursivo e Fiorin (2006), com a interdiscursividade. A pesquisa realizou-se de forma descritiva e bibliográfica, uma vez que partindo do aparato teórico escolhido foi sendo tecida a análise. Constata-se que a leitura deste gênero discursivo, baseada na interdiscursividade, possibilita ultrapassar as barreiras do interno da língua, com normas e estruturas, para chegar ao contexto externo da interação. Através desta prática, foi possível evidenciar que as novas maneiras de ler, compreender e interpretar os diferentes gêneros é desencadeada por elementos anteriores que dão sentido ao discurso, isto é, pela interdiscursividade. 


O RIGOR CIENTÍFICO NO ESTUDO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS

Everaldo Silveira da Silva - silveirageografia@gmail.com
Fernanda Soares Ferreira - fernandaprofesoares@gmail.com
Viviane Fátima Lima do Prado - vivi26085198@gmail.com

Este artigo tem por objetivo analisar a importância do rigor científico das e nas pesquisas dos estudos das políticas públicas, enquanto fenômeno educativo bem como os processos de construção desses conceitos com a participação dos sujeitos envolvidos,  baseados nas teorias e  práticas nos diversos espaços de debates. A pesquisa em educação é uma especificidade do fenômeno educativo, é singularizada e objetivada ao sujeito enquanto ser histórico, social, filosófico e principalmente pedagógico. Enquanto campo de investigação fala-se “sobre educação” e sua correlação com outras áreas do conhecimento que embasam a pesquisa “em educação”. Como metodologia optou-se pela  analítico-reconstrutiva, através de um estudo bibliográfico.  Para corroborar com a temática em questão utilizou-se Charlot (2006), Bourdieu (2003) e Gatti (2012) que nos remetem à profundidade do tema, bem como uma sustentação teórica e qualificada acerca das políticas públicas. Durante a análise utilizou-se Ball (2011), no sentido de construção das políticas públicas, onde se compreendem os seguintes contextos: de influência, da produção de texto e o da prática, sendo que estes não têm uma dimensão temporal ou sequencial e que não são etapas lineares. Busca-se aqui, através da análise do Ciclo de políticas de Balls e dos estudos apresentados pelos autores pesquisados, (re) construir argumentos capazes de garantir a fidelidade de resultados, a veracidade de informações, a qualidade, a rigorosidade científica que levam a aceitação das pesquisas nas políticas públicas educacionais  frente a comunidade científica. Dentre os resultados obtidos, estão a necessidade de uma escolha metodológica que considere a complexidade das políticas públicas, capaz de verificar e validar os dados utilizados, buscando sempre a veracidade das informações e a construção de novos conhecimentos. 


CÁLICE OU CALE-SE? UMA PROPOSTA DIDÁTICA PARA INTERPRETAÇÃO DA MÚSICA DE CHICO BUARQUE E GILBERTO GIL
Karine Tiepo da Silva - ktiepo@gmail.com
Ana Lia Tiepo - analiatiepo@gmail.com

Resumo: Este artigo apresenta uma prática pedagógica realizada no trabalho com a letra da música “Cálice”, de Chico Buarque de Holanda e Gilberto Gil, construída com o intuito de driblar e contestar a censura imposta pela ditadura militar no Brasil. O trabalho tem como objetivo esclarecer as ideias expostas na letra da canção, levando em consideração o contexto da época, elementos de textualidade e relações interdiscursivas e intertextuais. Toma-se como base teórica, principalmente, estudos de Bakhtin (2016) sobre os gêneros discursivos, de Marcuschi (2008, 2014) sobre gêneros textuais, de Fiorin (2006) sobre relações interdiscursivas e intertextuais, e Saggiorato (2012) acerca do drama da censura e repressão no Brasil no período militar. A realização desta atividade se mostrou significativa ao ultrapassar as barreiras da leitura superficial, mostrando que os versos de “Cálice” fazem muito pouco ou nenhum sentido se não trabalhada a contextualização prévia, a fim de ser possível perceber a crítica, associar seus versos ao contexto da ditadura e suscitar os diálogos com outros textos. 


A APRENDIZAGEM COOPERATIVA E O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA
Alessandra Falcão Bittencourt - 152730@upf.br

O presente estudo, inserido na área de Linguística Aplicada - subárea de Ensino de Inglês como Língua Estrangeira (do inglês TEFL), deriva de monografia desenvolvida no curso de Letras. O objetivo foi investigar as teorias contemporâneas que podem contribuir para o ensino efetivo e  qualificado da língua inglesa, visando ao desenvolvimento de materiais pedagógicos motivadores. Três teorias apoiaram este estudo: (1) A Teoria Sociocultural de Vygostsky (1991); (2) Aprendizagem Cooperativa, discutida por diferentes pesquisadores e professores, como Johnson e Johnson (2002/2009), Paiva (2005/2013), Figueiredo (2006a / 2006b) e Leffa (2006); (3) A Teoria das Inteligências Múltiplas, elaborada por Gardner (1994/1995). Para ilustrar as possibilidades de planejamento de atividades pedagógicas para o ensino do inglês, são descritas e discutidas tarefas caracterizadas como não convencionais e não tradicionais. Pressupõe-se que por meio de tarefas interativas e dinâmicas, nas quais os aprendizes necessitem trabalhar cooperativamente, os resultados de aprendizagem sejam mais satisfatórios. A partir do estudo teórico, aliado ao esforço do planejamento e da produção de tarefas pedagógicas, fica evidente a importância de o professor apoiar suas propostas no conhecimento científico, bem como destaca-se a importância de buscar transpor esse conhecimento teórico para sua prática. Como consequência, pressupõe-se um professor mais confiante, autônomo e tão motivado quanto os aprendizes. É certo que esse processo de desenvolvimento da autonomia do professor, por meio da apropriação do conhecimento teórico-científico, acarretará em um ensino de do inglês com mais qualidade e significado para todos os envolvidos.

 

SESSÃO 4
15h15min – 16h45min 
Local:  FEAC - B6            Sala: Pós 4

AÇÕES DA CEPAVI CONTRA O BULLYING: UM FANTASMA NAS FSCOLAS
Ariane Rauber - 159637
Daiane dos Santos Pedroso - 83707@upf.br
Wellington Dutra - 134064@upf.br

A prática da violência nas escolas é um problema social grave e complexo, sendo o bullying um exemplo comum entre crianças e adolescentes. O bullying consiste em um fenômeno relacional grupal, caracterizado por comportamentos agressivos, cruéis, intencionais e repetitivos adotados por uma ou mais pessoas contra os seus iguais, sem motivação evidente. Trata-se de uma relação de poder do agressor com as vítimas e testemunhas, mantida pela intimidação e prepotência, utilizando estratégias como agressão física e verbal, exclusão ou isolamento social. Na escola, geralmente as agressões são praticadas longe dos professores. Nesse sentido, é necessário contribuir na qualificação de professores a fim de identificar sinais de sofrimento, tais como, isolamento social, queda no desempenho e evasão escolar, e proteger as vítimas, bem como promover um ambiente saudável e acolhedor na escola. Para tanto, a Clínica de Estudos, Prevenção e Acompanhamento à Violência  - CEPAVI -  projeto de extensão da UPF estimula diálogos e ações informativas com vistas ao estabelecimento de relações satisfatórias, aprimorando as habilidades sociais e fortalecendo a capacidade de reação dos envolvidos diante de situações de tensão. que desenvolve prevenção e tratamento da violência sob a responsabilidade de professores e acadêmicos extensionistas, atendendo à demanda pública de ensino, saúde, assistência social e justiça, envolvendo crianças, adolescentes, adultos e idosos em situação de risco e/ou vulnerabilidade social e psicológica. Nas escolas do Planalto Médio, atua atendendo a demanda por seminários e oficinas com professores e/ou alunos estimulando a reflexão sobre o tema, com vistas à prevenção da violência e promoção da saúde mental no ambiente escolar.


A PRODUÇÃO ESCRITA NA ESCOLA: PROCESSO OU UM PRODUTO?
Cristiane de Oliveira Eugenio - cris.e.prenda@hotmail.com

Por muito tempo se pensou a produção escrita como uma ação, cujo único objetivo fosse dar vida a um produto: o texto. Essa mecanização do processo desconsiderava totalmente o caráter interativo da produção escrita, o qual dá vez a várias vozes: aluno, professor, e leituras advindas do caráter intersubjetivo e intertextual inerente à produção de textualidade. Não obstante considere-se a necessidade de olhar para o texto como um processo de constante interação, advindo, inclusive, da construção de discurso oral, questionamentos são pertinentes: de que maneira acontece essa interação em sala de aula, na aula de produção escrita? Como os documentos que balizam a produção textual na educação básica como Parâmetros Curriculares Nacionais (2000, 2002) e Base Nacional Comum Curricular (2017) orientam a interação imbricada no processo de produção textual? Para tanto, o objetivo desse trabalho é convidar à reflexão sobre a metodologia de produção textual na escola e o conceito de texto através do viés enunciativo (Benveniste, 2005, 2006), estabelecendo um paralelo entre o que preveem os documentos que regem a educação brasileira, o que fazemos, de fato, em sala de aula e como tratamos o texto: processo ou produto?


A CONTRIBUIÇÃO DOS MULTILETRAMENTOS NAS PRÁTICAS ESCOLARES
Tamires Caroline Arend - tamiearend@hotmail.com

Este trabalho apresenta resultados das pesquisas realizadas na área da educação, especificamente no que diz respeito aos letramentos e aos multiletramentos nas aulas de língua materna, a fim de promover um conhecimento teórico para posteriormente elaborar planejamentos e atuar em sala de aula. O objetivo geral do trabalho é refletir sobre as práticas pedagógicas e principalmente pesquisar técnicas, recursos e estratégias para aperfeiçoar a competência discursiva dos alunos da educação básica. A fundamentação teórica é baseada nos conceitos de Rojo e Moura (2012), nos preceitos dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (2000) e nas Orientações Curriculares para o Ensino Médio (2006). Ao final desse estudo apresenta-se uma sugestão de atividade envolvendo práticas de multiletramentos e incluindo uma breve análise sobre a contribuição e a possível adaptação dessas atividades no contexto escolar.


TIPOLOGIAS TEXTUAIS DE LÍNGUA PORTUGUESA X DINÂMICAS DE ENSINO
Lilian Rejane da Costa Minotto - lilar@terra.com.br

Este estudo tem por finalidade verificar a eficiência da aplicação de novas dinâmicas do ensino de Língua Portuguesa do Ensino Médio. Além disso, busca-se identificar a eficiência de novas dinâmicas no ensino e a aprendizagem de diversas tipologias textuais, propondo caminhos teóricos e metodológicos para amenizar os problemas encontrados na produção de textos. O estudo caracteriza-se como pesquisa de campo, com abordagem qualitativa, de caráter exploratório, sendo realizada no Colégio Estadual Sananduva, com a turma da 2ª ano do ensino médio, turno manhã, composta por 28 (vinte e oito) alunos. Inicialmente foram escolhidas as dinâmicas e os tipos textuais, em seguida, em sala de aula, as atividades foram postos em prática, considerando sempre a tipologia textual e a influência da dinâmica na produção de textos dos alunos. Observou-se que durante as primeiras atividades os alunos não conseguiram alcançar os objetivos propostos e que, após a vivência das dinâmicas, suas produções textuais evoluíram bastante. Nesse sentido, a utilização das dinâmicas nas aulas de português, tornam-se instrumentos valiosos e que contribuem significativamente para a melhoria da escrita e da relação do aluno com o grupo e com sua própria linguagem. Recorremos aos princípios metodológicos abordados nos estudos de Conte (2003), Koch (1998) e Marcuschi (2012), para orientar este trabalho. Palavras-chave: Dinâmicas textuais. Língua Portuguesa. Metodologia Língua Portuguesa.


SESSÃO 5
15h15min – 16h45min 
Local:  FEAC - B6            Sala: Pós 5

PRÁTICAS DOCENTES NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NOS ANOS INICIAIS PELA EXPERIÊNCIA DA PEDAGOGIA PARFOR
Adriana Bragagnolo - abragagnolo@upf.br
Dilenne Paixão Mangoni - 155410@upf.br
Suélen Dias de Almeida - 155416@upf.br

A docência na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental tem sido cada vez mais exigente em razão das mudanças sociais, culturais e políticas do atual contexto. Desenvolver uma proposta que possibilite a formação das crianças de modo coerente com suas necessidades requer uma constante formação. Objetiva-se nesse trabalho, socializar uma proposta sobre a prática docente de professoras/acadêmicas do Curso de Pedagogia Parfor da UPF em seu processo de formação. O estudo, com caráter de relato de experiência, apresenta práticas no processo de formação que reverberam nas ações docentes ancoradas ao ambiente escolar com as turmas de crianças. Como base teórica apresenta-se a teoria histórico-cultural, que, pelo viés do diálogo, da relação com o outro e da imersão do sujeito com a cultura, encontra modos de um fazer pedagógico significativo. Com isso, compreende-se que através de práticas culturais vivenciadas no processo de formação, as professoras puderam incorporar princípios teórico-metodológicos no cotidiano de seus currículos em ação.


A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: UM ESTUDO DISCURSIVO DAS PRÁTICAS SOCIAIS
Briane Schmitt - brianeletras@gmail.com
Ernani Cesar de Freitas - ecesar@upf.br

Esta pesquisa pretende analisar a constituição da cenografia e do ethos discursivo na campanha publicitária do Conselho Nacional de Justiça lançada em 2011, sobre o tema da violência contra a mulher. O trabalho se justifica pela necessidade em compreender a maneira como as manifestações sociais se revelam nos discursos que circulam na sociedade, levando em conta os vários debates em torno do direito das mulheres. O principal objetivo da pesquisa é entender de que forma se constrói a cenografia discursiva na propaganda, delimitando também o ethos discursivo decorrente dessa cenografia. O estudo tem como pressupostos teóricos as noções de cenografia e ethos discursivo propostas por Maingueneau (2013a e 2013b). O corpus da pesquisa é composto por recortes do vídeo da propaganda contra a violência à mulher. A pesquisa é descritiva, bibliográfica e documental, e estabelece uma relação entre as manifestações linguísticas nos discursos que permeiam as interações sociais e como os sentidos e significados são produzidos e representados nesses discursos. As considerações deste estudo indicam que as relações comunicativas em sociedade e os discursos advindos dessas relações ilustram e representam o modo de organização social e as formas de pensar dos sujeitos inseridos em tal universo discursivo.


A RELAÇÃO ENTRE PROFESSOR E ALUNOS: COOPERAÇÃO OU ANTAGONISMO?
Marlon Remboski de Souza - 151145@upf.br

Este trabalho tem o propósito de refletir acerca da relação professor-alunos em sala de aula. De acordo com Levinson (2006), o qual pesquisa sobre a interação humana e os princípios nela envolvidos, há a necessidade de uma relação cooperativa entre as pessoas para que a interação possa ocorrer, ou seja, é necessário um pensamento reflexivo conjunto. Isso implica que, ao interagirem com outros, os interactantes desejam (1) ser compreendidos (até mesmo as suas intenções) e (2) contribuir para a continuidade da conversação. Observa-se, porém, que, em interações na sala de aula, o professor e os alunos estabelecem, em determinadas vezes, uma relação antagônica, ao invés de cooperativa, na qual as intenções, de ambos os interactantes, são opacas ou mal-entendidas. Para embasar tal teoria, analisam-se conversações naturalísticas entre uma professora e sua turma, nas quais é possível observar tanto as conversações que pendem para a cooperação, configurando uma interação, quanto as relações antagônicas, as quais, segundo Levinson (2006), assemelham-se a uma relação entre predador e presa, isto é, não há uma simetria de interesses entre os interactantes, visto que ambos almejam objetivos contrários, sem o foco estar no outro e na compreensão deste da fala, quer seja da professora, quer dos alunos.


PREVENÇÃO CONTRA O ABUSO SEXUAL INFANTIL: AÇÕES DA CEPAVI
José Henrique Barbosa Spinelli - martinho1915@outlook.com 
Gabrieli Brancher Bertuol - gaby.ber.tuol@hotmail.com

O abuso sexual é tão abrangente quanto as suas consequências, atingindo a integridade física e mental da criança e adolescente como um dano psicológico para o resto da vida. Definido como interação sexual entre um perpetrador em estágio psicossexual mais avançado e uma criança/adolescente, inclui contato físico (carícias, sexo oral, penetração), assédio e exibicionismo, envolvendo situações de intimidade na esfera doméstica (intrafamiliar) ou fora dela (extrafamiliar). Por ser de difícil detecção, acaba sendo encoberto pelos menores com atitudes de vergonha, culpa e medo, a despeito da gravidade do sofrimento psíquico das vítimas. Por outro lado, a alta incidência caracteriza o abuso como um problema de saúde pública a ser enfrentado nas mais diversas esferas do mundo infantil e juvenil, inclusive na escola. Nesse sentido, faz-se necessária a qualificação de professores na identificação de sinais de sofrimento (como queda no desempenho, dificuldade de concentração, inibição, arroubos de agressividade e depressão) e no acionamento da rede de proteção às vítimas, promovendo um ambiente saudável e acolhedor. Para tanto, a Clínica de Estudos, Prevenção e Acompanhamento à Violência - CEPAVI - é um projeto de extensão da UPF. estimula diálogos e ações informativas proporcionado a ampliação dos conhecimentos sobre o tema e capacitando os professores para a identificação, acolhimento e ajuda às vítimas desse tipo de violência. Além disso, desenvolve prevenção e tratamento da violência sob a responsabilidade de professores e acadêmicos extensionistas, atendendo a demanda pública de ensino, saúde, assistência social e justiça, envolvendo crianças, adolescentes, adultos e idosos em situação de risco e/ou vulnerabilidade social e psicológica. Nas escolas do Planalto Médio, atende demanda por seminários e oficinas com professores e/ou alunos com vistas à prevenção da violência e promoção da saúde mental.


SESSÃO 6
15h15min – 16h45min 
Local:  FEAC - B6            Sala: Pós 6

EDUCAÇÃO DO CAMPO E FORMAÇÃO CONTINUADA NO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE SOLEDADE/RS
Sílvia Regina Carneiro - silviareginacarneiro@gmail.com
Débora dos Santos Berté - deboraberte8@hotmail.com
Adria Brum de Azambuja - adriaazambuja@yahoo.com.br

O presente trabalho relata a experiência de formação continuada desenvolvida no eixo específico em Educação do Campo, no Sistema Municipal de Ensino de Soledade-RS (SME). Essa formação teve como objetivo consolidar a meta proposta pela Secretaria de Educação, Cultura e Desporto (SMECD) que dizia respeito a construção de uma nova proposta para as escolas do campo que contemplasse e valorizasse as individualidades dos educandos inseridos no cenário do meio rural. A Educação do Campo é amparada pela LDB (9394/96), que garante os direitos da população do campo ao afirmar que, “na oferta de Educação Básica para a população rural, os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias a sua adequação as peculiaridades da vida rural e de cada região” (art. 28). Sendo assim, resta evidente a necessidade de esforço coletivo da comunidade escolar do campo na construção de espaços de aprendizagem capazes de atender os aspectos administrativos e pedagógicos de acordo com cada realidade rural. Diante desse contexto, a SMECD, tem fomentado a realização de formações continuadas, por meio de grupos de estudos, que contam com a participação de toda comunidade escolar das escolas situadas na zona rural, tendo estes, por objetivo implementar ações que envolvam o exercício da práxis, desenvolvendo desde o conhecimento sobre a legislação, a formulação de políticas públicas, e projetos políticos pedagógicos em conformidade com a identidade do campo. Nessas formações, em que são trabalhados autores como Fazenda, Carvalho, Alves, Sartori, tem colaborado significativamente para que sejam efetivadas mudanças na organização das escolas e na efetivação de novas práticas pedagógicas, contribuindo para consolidação da interdisciplinaridade e aprendizagem contextualizada. Bem como, para a preparação dos jovens para a sucessão familiar e para o fortalecimento das comunidades do campo.


O PROCESSO DE GESTÃO DEMOCRÁTICA NO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE SOLEDADE
Adria Brum de Azambuja - adriaazambuja@yahoo.com.br
Débora dos Santos Berté - deboraberte8@hotmail.com
Sofia Bins Agosti - sofiacostabins@yahoo.com.br

Nos últimos anos, a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto (SMECD) têm intensificado suas ações para o fortalecimento do processo de Gestão Democrática no Sistema Municipal de Ensino de Soledade (SME), visando uma maior autonomia das instituições escolares, preconizando pela descentralização de poder, pela participação coletiva e pela transparência das decisões, fomentado o diálogo entre seus agentes sociais em um processo de corresponsabilidade através de representantes dos vários segmentos da comunidade. Dentre as ações efetivadas destacaram-se a aprovação das Leis n° 3.690/2015 e n° 3.812/2016, a primeira dispõe sobre o Plano Municipal de Educação, e a segunda, sobre a Gestão Democrática no SME. Ambas construídas coletivamente, após amplo estudo da equipe técnica da SMECD e elaboração do documento base, apresentado em plenária, e logo em seguida, disponibilizado para o coletivo escolar, discuti-lo e propor alterações. Sabe-se que os processos de Gestão Democrática transcorrem pelos aspectos administrativos, pedagógicos, financeiros e, principalmente, pelo planejamento participativo, pelo fortalecimento dos Conselhos e agremiações, pelo repasse e a aplicação de verbas e pela eleição de diretores.  Sendo entendidos, como um processo legítimo de transformação e emancipação, mediada pelo agir-interagir-modificar, através de experiências de troca e aceitação de todos os sujeitos sociais. Assim, acredita-se que, para que esse processo se materialize é imprescindível garantir a formação continuada de todos os sujeitos envolvidos. Dessa forma, a SMECD investe constantemente, na edificação de processos de formação reflexiva de seus trabalhadores. Estes têm ancorando seus estudos em autores como Ângelo Souza, Vitor Henrique Paro, Eliara Z. Levinski, Maria Beatriz Luce, dentre outros que transcorrem sobre a temática Gestão Democrática. Tal formação tem contribuído para que o gerir democraticamente se efetive nas práticas cotidianas escolares.


O LUTO NA ESCOLA: CONHECER PARA ACOLHER
Catherine Argenta - 150878@upf.br
Anna Luzia Charrinho Pereira - 163812@upf.br
Bruno Martins Novello - brunonovello98@gmail.com

A morte é significada conforme o desenvolvimento cultural, social e intelectual do indivíduo. Em se tratando de crianças, o entendimento da morte pode ser bem mais complicado, devendo o luto ser acompanhado de forma atenta por adultos significativos para elas, tornando possível reduzir os efeitos traumáticos. A experiência precoce do luto vai ser elaborada na justa medida da informação que os pequenos dispõem e da capacidade dos adultos em ajudá-los a lidar com a dor, com a tristeza e com a desesperança inerentes à perda. Nesse sentido, faz-se necessária a qualificação de professores na identificação de sinais de sofrimento (como queda no desempenho, dificuldade de concentração, inibição, arroubos de agressividade e depressão) estimulando diálogos e ampliando conhecimentos sobre o acolhimento nessas ocasiões. Para tanto, a Clínica de Estudos, Prevenção e Acompanhamento à Violência – CEPAVI - projeto de extensão da UPF, que desenvolve prevenção e tratamento da violência sob a responsabilidade de professores e acadêmicos extensionistas, atende à demanda pública de ensino, saúde, assistência social e justiça, envolvendo crianças, adolescentes, adultos e idosos em situação de risco e/ou vulnerabilidade social e psicológica. Nas escolas do Planalto Médio, a CEPAVI realiza seminários e oficinas com professores e/ou alunos com vistas à prevenção da violência e promoção da saúde mental. Envolvendo o luto na escola, estimula a discussão e reflexão sobre o acolhimento de crianças e adolescentes que perderam familiares por morte, possibilitando vias de comunicação para a livre manifestação dos sentimentos, dúvidas e tristezas, sendo a escola um lugar onde os desajustes psicossociais têm maior visibilidade.

 


PLANEJAMENTO E AÇÃO SÃO PALAVRAS CHAVE PARA FOMENTAR A LEITURA
Rosane Rigo De Marco - rosanerm@upf.br
Gabrielle Maria Danieli - 147727@upf.br

O educador, não só pela sua formação, necessita construir práticas de leitura. Se ele não tem acesso à leitura em sua formação, tampouco poderá influenciar seus alunos a ler. Esse resultado está relacionado a toda sua bagagem social e histórica, inclusive no que se refere à sua formação. O objetivo deste minicurso é demonstrar aos participantes diferentes metodologias que podem ser ofertadas aos sujeitos aprendentes, de modo que elas tornem-se prazerosas para ambas as partes. Considera-se, para isso, a lição de Silva (1981) no sentido de que “leitura é uma atividade essencial a qualquer área do conhecimento e mais essencial ainda à própria vida do ser humano”. Para introduzir a discussão do assunto, pretende-se recorrer a uma contação de histórias como estratégia para atrair os sujeitos e sensibilizá-los para a realização do incentivo de seus alunos à leitura. Para isso, tendo por base a história “A Metamorfose”, de Franz Kafka,os participantes serão provocados a compreender que os momentos proporcionados aos sujeitos da instituição são etapas de metamorfose e que esses sujeitos necessitarão da ajuda e do incentivo de todos que se envolvem nesse processo de mudança. A história trata do personagem Gregor Samsa – que acordou de sonhos intranquilos metamorfoseado em um inseto monstruoso – e relata quais eram os desafios daquele sujeito e o modo como a sua família o desvalorizava depois de tal situação. Essa narrativa propõe uma discussão voltada às situações do cotidiano nas instituições e à análise sobre darmos, ou não, a devida oportunidade aos sujeitos de tornarem-se seres capazes de transformar o mundo a partir daquilo que o mundo pode ofertar. Serão apresentadas diferentes experiências e vivências que se tornaram ricas tanto no ambiente escolar quanto na formação pessoal e social dos alunos. Para encerrar, será destacado que ser educador é poder transformar pequenas ações em grandes descobertas, levando à tona todas as possibilidades de aquisição de conhecimentos.

SESSÃO 7
15h15min – 16h45min 
Local:  FEAC - B6            Sala: Pós 7

 

 


FORMAÇÃO CONTINUADA DOCENTE E AS EXPERIÊNCIAS DO CENTRO REGIONAL DE EDUCAÇÃO
Luciane Spanhol Bordignon - lucianebordignon@upf.br
Cátia Ruas Teixeira Sauer - sauer@upf.br

A formação continuada de professores é temática recorrente nas políticas educacionais e mais recentemente no Plano Nacional de Educação (2014-2024) e nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial e para a formação continuada (2015).  Neste sentido, essa comunicação pretende socializar e refletir sobre a formação continuada docente, uma das ações do Centro Regional de Educação/CRE, Faculdade de Educação/UPF.  O CRE/Faed  desde a década de 1970,  vem conduzindo estudos sobre a realidade da educação no ambiente regional e desenvolve processos de formação continuada docente em interlocução constante entre  a Universidade com os sistemas, redes e escolas. Nessa perspectiva, essa comunicação objetiva discutir os processos de formação continuada docente a partir da trajetória, experiências e desafios do Centro Regional de Educação. Autores como Benincá (2002), Pimenta (2005) e Nóvoa (1999) sustentam a proposta da comunicação. O processo de formação docente é permanente e ininterrupto, uma vez que o exercício da docência impulsiona e exige sempre uma busca constante de novos conhecimentos para a qualificação do trabalho pedagógico. E é nessa perspectiva de formação permanente que os desafios para o Centro Regional de Educação se impõem a cada dia. Nesse contexto, é preciso assumir uma postura de constante investigação, pesquisa, interlocução teórica, planejamento de ações criativas, inovadoras, comprometidas com as necessidades da educação básica, respeitando sempre os princípios do diálogo, da participação, da ética e da interdisciplinaridade.


A PRODUÇÃO TEXTUAL DE GÊNEROS DISTINTOS NA ESCOLA
Elisane Regina Cayser - ecayser@upf.br
Jeisiane Bruna Segalla - 151133@upf.br
Luciana Crestani – lucianacrestani@upf.br

A visão de que escrever bem é resultado de um dom caiu por terra com os avanços dos estudos linguísticos que provaram a possibilidade de se ampliar a habilidade linguística dos sujeitos, através de um trabalho pedagógico constante – não somente de uma disciplina ou em um único momento na escola – e teoricamente fundamentado – para o professor, não para o aluno, o qual deve tomar as atividades na sua acepção de formação mas, também, de prazer, de atividade lúdica, afinal a ludicidade também conduz à aprendizagem. Ancorados nesse pressuposto é que este trabalho pretende apresentar fundamentos teóricos sobre a produção de textos na escola e fora dela, pois o trabalho pedagógico precisa atender as necessidades dos alunos no processo de aprendizagem. Conforme Geraldi (1995) o professor precisa “aceitar a interação verbal como fundante do processo pedagógico e deslocar-se continuamente de planejamentos rígidos para programas de estudos elaborados no decorrer do próprio processo de ensino-aprendizagem”. Sobre a dicotomia oralidade e escrita, visto que essa passagem não se dá de forma natural nos processos de textualização, como explicita Marcuschi (2001) "trata-se de um processo que envolve operações complexas que interferem tanto no código como no sentido e evidenciam uma série de aspectos nem sempre bem compreendidos da relação oralidade-escrita”.  Acredita-se, tendo tais autores e preceitos como base, que a atividades de produção textual devam ser autênticas, funcionais, para que sejam significativas e relevantes ao ambiente cultural dos alunos, contemplando-o e ampliando-o.  Isso implica admitir que se escreve a alguém, com uma intenção comunicativa, com um objetivo claro e que interconecte diferentes aspectos temáticos. Pretende-se, para tanto, propor alguns exemplos de atividades de produção de textos significativos e ligados à vivência social dos educandos.

MELHOR NÃO CONTAR COM O FINAL DO LIVRO: LEITORES, MÍDIAS E SUPORTES DE LEITURA
Rafael da Cruz Freitas - cruz243@gmail.com

Não há dúvidas de que vivemos imersos num constante processo de transições  entre espaços de consumo cultural, como acontece com a movimentação da cultura material ao ciberespaço. Este trabalho que relaciona conhecimentos das áreas de Letras e Comunicação , tem como objetivo analisar as formas que Livro adquiriu até formato brochura  e como o leitor também foi transformado pelas de novas tecnologias. Também é objetivo deste trabalho refletir sobre a transição do livro à sua forma digital e como o leitor, que transitou para um novo local de consumo cultural, o Ciberespaço e  assumiu um novo perfil cognitivo de leitura  que renúncia à imposição de um sentido único e imutável ao texto, se relaciona com o novo formato do livro, num mundo em que o surgimento de novos conteúdos é constante. Para cumprir com os objetivos, este trabalho tem base na pesquisa bibliográfica a cerca da historiografia do livro, a formação de leitores, o conceito de Multiletramentos como processo dialógico. Esta pesquisa também utiliza os conceitos de Cibercultura, Ciberespaço e Convergência das Mídias para identificar a transição do livro ao digital e construção do novo perfil cognitivo do leitor. A partir dos conceitos teóricos apresentados, nota-se que os suportes convivem de forma harmônica pelo fato de não serem transformações da essência, e sim novos. O mesmo acontece com o livro e o livro digital. Na história do livro o próprio suporte foi transformado, com o livro digital há o surgimento de um novo e a transição orgânica do físico ao digital. Também é notado que o que leitor foi tendo o seu perfil cognitivo modificado chegando ao Ubíquo, que assume um perfil cognitivo que nega a existência de um único sentido ao texto pelo fato desse perfil ser construído num constante processo de dialogismo e polifonia, transformado o próprio texto, literário ou não, num produto midiático maleável que existe em múltiplas plataformas e mídias.


TEXTOS SINCRÉTICOS NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA, UMA PROPOSTA DIDÁTICA PARA INTERPRETAÇÃO DE UMA CHARGE
Clesiane Aparecida Nunes - clesianenunes93@gmail.com

Este estudo apresenta uma prática pedagógica realizada no trabalho com uma charge, construída com o intuito de auxiliar na compreensão de textos que envolvam não somente a linguagem verbal, mas também, a visual. O trabalho tem como objetivo analisar a charge aplicando alguns conceitos do percurso gerativo de sentido, segundo a teoria Semiótica Discursiva. Toma-se como base teórica, principalmente, os estudos de Barros (2005) sobre a semiótica discursiva e sincretismo de linguagens, Fiorin (2016) quanto ao percurso gerativo de sentido, Bakhtin (2011), sobre dialogismo e gêneros do discurso, Flôres (2002) quanto à leitura da charge. A charge utilizada nesta pesquisa é do chargista Ward Sutton e enquanto texto sincrético, vai além de uma leitura simples, pois a imagem configura um cenário atual, de relações interpessoais preocupantes e a forte influência das tecnologias nas vidas das pessoas. O estudo buscou apontar que a leitura de gêneros textuais sincréticos, como a charge, acontece de modo complexo, pois é preciso não apenas decifrar o significado do texto verbal, como também compreender a sua relação com a linguagem imagética, permitindo os alunos-sujeitos a olhar os elementos relevantes que constroem sentidos no texto. 


SESSÃO 8
15h15min – 16h45min 
Local:  FEAC - B6            Sala: Pós 8


A EXPERIÊNCIA POÉTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O ATELIÊ DE ARTE
Amábile Cristina Novaes Scorteganha - amabile.cns@gmail.com

A criança como sujeito histórico, de direitos e autônomo, deve vivenciar um  desenvolvimento global, que favoreça suas potencialidades e crie bases para novas experiências. Experiências estas que vão além da linguagem falada e escrita. Como ser de múltiplas linguagens, a criança precisa ser valorizada e reconhecida. Nisso, entra a arte-educação no contexto da educação infantil. Por meio da arte, o ser poético da criança encontra campo para se transformar e se desenvolver. Para ela, a arte interessa enquanto processo vivido e marcado na e pela experiência (OSTETTO, 2011). Dessa forma, a criança é capaz de efetivar sua investigação. Como forma de permitir a expressão das linguagens da criança, os espaços e a organização do ambiente das escolas de educação infantil são elementos importantes. Neles se percebem as concepções de infância, educação e processos educativos desenvolvidos pelos educadores, logo, é válido pensar e refletir sobre o papel do ateliê de arte na experiência poética da criança. A partir dessas colocações, objetiva-se provocar algumas reflexões acerca das possibilidades de experiência poética que o espaço do ateliê de arte pode promover às crianças que iniciam a vida escolar na educação infantil. Para se atingir o objetivo proposto, buscou-se na revisão de literatura subsídios teóricos a partir dos quais se possibilitou a tessitura de algumas considerações sobre essa temática, ao problematizar a palavra experiência, ancorando o seu sentido nas perspectivas de autores como Walter Benjamin, Jorge Larrosa, John Dewey e Sandra Richter. A partir do estabelecimento de relações entre a experiência na educação com a arte, é possível considerar que o ateliê é um lugar onde se pode encontrar sentido no processo artístico, quando o arte-educador adota a postura de orientador. Dessa forma, a criatividade, a expressão e a imaginação são livres para acontecer, o que, para a criança, favorece a qualidade de sua experiência poética.


O PROJETO CEPAVI E AS REDES SOCIAIS: RELAÇÕES VIRTUAIS NA ADOLESCÊNCIA
Pietra Marin Donida - 150812@upf.br
Cassieli Carteri Schneider - 164077@upf.br
Henrique França Duara - 175023@upf.br

As redes sociais abrangem qualquer tipo de público, mas na adolescência o impacto das relações virtuais requer atenção e acompanhamento especial. Com os jovens cada vez mais conectados, torna-se importante a conscientização sobre como fazer uso das plataformas sociais visto que a internet possibilita a ampla e irrestrita divulgação de opiniões, imagens e experiências com impactos nem sempre positivos. Considerando o potencial destrutivo do mau uso das redes sociais para a convivência e interação social, a responsabilidade pelo monitoramento das relações virtuais dos adolescentes é dos seus adultos de referência, especialmente familiares e professores.  Por outro lado, sabe-se que nem sempre esse risco é devidamente avaliado pelos mais velhos, considerando a recenticidade da internet e o desconhecimento das implicações psicossociais que o uso inadequado pode acarretar para o adolescente. Nesse sentido, torna-se fundamental a criação de espaços de informação e reflexão em diversos espaços de inserção do jovem, inclusive na escola. Com esse objetivo, a Clínica de Estudos, Prevenção e Acompanhamento à Violência - CEPAVI - projeto de extensão da UPF, que desenvolve prevenção e tratamento da violência, atende à demanda pública de ensino, saúde, assistência social e justiça, focado nas necessidades de crianças, adolescentes, adultos e idosos em situação de risco e/ou vulnerabilidade social e psicológica. Nas escolas do Planalto Médio, atua atendendo a demanda por seminários e oficinas com professores e/ou alunos estimulando a reflexão sobre temáticas pertinentes, com vistas à prevenção da violência e promoção da saúde mental no ambiente escolar, neste caso, discutindo as relações virtuais e o seu potencial destrutivo na inserção social na adolescência.

A FORMAÇÃO DOCENTE CONTINUADA COMO ESPAÇO DE EXPERIÊNCIA E REFLEXÃO CRÍTICA
Évora Nirvana Gomes - evora.ngomes@gmail.com

O presente trabalho tece algumas considerações acerca da possibilidade de experiência na formação continuada docente, e da presença da reflexão crítica como parte desse processo de formação. Em um contexto multicultural, onde as diferentes realidades vivenciadas pelos alunos e pelo professor são contrastadas, recorrentes são as discussões a respeito da ressignificação do professor enquanto sujeito que repensa o seu próprio fazer. Nesse sentido, cabe a discussão sobre a formação continuada, como um espaço de aperfeiçoamento, mais do que isso, de reflexão a respeito da sua prática. Alguns autores abordam a precarização identificada em processos de formação continuada. Gatti, em suas pesquisas, identifica o processo como uma forma de “tapar buracos” deixados pela formação inicial precária do docente, não cumprindo com sua função de continuidade da formação, adotando um caráter de complementação. Assim, é preciso repensar a formação continuada, sendo fundamental a discussão sobre os requisitos e os sujeitos imprescindíveis nesse processo de transformação. Para atingir o objetivo proposto, se buscou na revisão bibliográfica fundamentar o trabalho a partir das perspectivas e conceitos de autores como Larrosa, Dewey, Gatti, Nóvoa e Saviani. Nesse sentido, o emprego da experiência abordado por Larrosa, não encontraria espaço na formação continuada, uma vez que a formação reproduz o mesmo modelo que tem sido propagado na sociedade moderna, de que aprendizado é o processo de adquirir informação. A reflexão crítica mostra-se como importante ferramenta na superação das precariedades existentes nesse processo de formação continuada, o que possibilita a abertura desse espaço para o que se pretende quanto à experiência, permitindo, dessa forma, que se pense em uma qualificação docente enriquecedora.  

ESCRITORES DA LIBERDADE: O PROFESSOR E SEUS ALUNOS EM CENA
William Dahmer Silva Rodrigues - 151155@upf.br

Neste trabalho, analisamos duas cenas do filme Escritores da liberdade (2007), a fim de refletir sobre a interação entre o professor e seus alunos. Para tanto, é necessário mobilizar o construto teórico proposto por Erving Goffman (1978), (2011) e (2014), o qual preocupou-se em estudar as diferentes formas de interação, a partir de conceitos cênicos, que serão mobilizados neste trabalho: fachada, representação do eu, cenário, realização dramática. As duas cenas serão vistas sob essa perspectiva, almejando a discussão entre a preservação da fachada, que pode ser entendida como os atributos sociais positivos que o eu tem de si, e a possibilidade de sua perda, ocasionada pela ausência de interação e desconhecimento de seus alunos. Numa situação de interação entre dois indivíduos que não têm noção da atribuição e posição social de cada um, sem dúvidas, ambos procurarão fontes e indícios de suas características por meio do que lhes está disponível: aparência e conduta no aqui e agora. Isso posto, na primeira cena, percebemos que os interactantes envolvidos no cenário têm a ânsia para obter determinada informação social do professor para tirar alguma conclusão. Na outra, pelo fato de os alunos terem maior familiaridade com a professora, a representação entre ambos atores acontece de forma a garantir a fachada e a linha, outro conceito proposto por Goffman (2014), o qual diz respeito ao padrão de atos verbais e não verbais, sem a preocupação do desconhecido. Com este trabalho, percebemos o professor enquanto ator social que exprime informações sociais, as quais podem ser estigmatizadas ou não pelos alunos, e, embora tenhamos analisado uma cena de um filme, que não pode ser considerado um ambiente natural (2014), mas que se projeta e se roteiriza com o objetivo de mostrar e encenar uma interação, encontramos semelhanças com interações naturais do cotidiano.


COMUNICAÇÕES ORAIS
GRUPO 2

SESSÃO 1
16h50min às 18h
Local:  FEAC - B6            Sala: Pós 1


POLÍTICAS EDUCACIONAIS E LINGUÍSTICAS: A CONSTRUÇÃO DO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA
Liamara Baruffi - liabaruffi@gmail.com

A vontade de compreender a falácia de que o ensino de língua inglesa não funciona nas escolas públicas de educação básica, fez com que esse estudo pudesse acontecer. A partir dessa vontade, buscou-se pesquisar sobre como essa falácia transcendeu e passou a conceituar tal ensino. Para isso, foram analisados documentos legais relacionados ao ensino de línguas (BRASIL, 2006), bem como literaturas de pesquisadores da área (PAIVA, 2003; NAVES, 2008, RAJAGOPALAN, 2013, entre outros) que tratam sobre o ensino de línguas, especialmente a inglesa, no contexto brasileiro. O artigo inicia com uma breve contextualização dos conceitos que serão utilizados no decorrer do texto, em seguida traz os aspectos históricos e documentais, e finaliza com a análise da autora. Através desse artigo, pode-se compreender qual a conexão entre as políticas educacionais e linguísticas com o (in)sucesso das disciplinas de ensino de línguas nas escolas públicas de educação básica.

MONSTERS OF CINEMA - RELATOS DA EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO DE LÍNGUA INGLESA
Tamires Caroline Arend - tamiearend@hotmail.com
Priscila Rostirola dos Santos - priscilarost@upf.br

O presente trabalho visa apresentar o desenvolvimento de uma experiência desenvolvida no estágio de língua inglesa com alunos do oitavo ano. A proposta do plano de unidade, oportuniza o aprendizado da língua inglesa de maneira lúdica e prazerosa, estimulando a interação, comunicação e trabalho em equipe, com fundamentos baseados na abordagem sociointeracionista. Tendo em vista que o contexto social é o lugar onde se dá a construção do conhecimento mediado, de acordo com essa abordagem, o ensino de Língua Estrangeira acontece pelas trocas de experiências, com ênfase em situações reais de comunicação, partindo da utilização de diferentes gêneros textuais e com propostas de atividades interativas. Portanto, a partir da temática “monstros do cinema”, inspirada em uma das obras indicadas pela 8ª Jornadinha Nacional da Literatura, Monstros do Cinema, de autoria de Daniel Kondo e Augusto Massi, são propostas atividades que propiciam o uso da língua inglesa em situações reais de comunicação e fornecem instrumentos necessários para aperfeiçoar as quatro habilidades linguísticas: ler, ouvir, falar e escrever, assim como sugerem os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), quando enfatizam a importância de que o ensino de língua estrangeira ocorra por meio de temáticas a fim de tornar-se mais significativo e possibilitar aos alunos reflexões sobre as formas e usos da língua. Por meio de atividades dinâmicas, segmentada em pré-leitura, leitura e pós-leitura, serão exploradas as características físicas, preferências e demais questões relacionadas à personalidade, incialmente, de criaturas imaginárias, os monstros, e, gradativamente, trabalhar com a realidade de cada estudante, de modo que eles mesmos consigam identificar suas próprias características, tanto psicológicas quanto físicas e explorá-las, trabalhando com as noções básicas do past simple.


INTERAÇÃO E APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA NA UNIVERSIDADE
Gustavo Borella Rosa - gustavo.borellarosa@gmail.com
Luciane Sturm - lusturm@upf.br

Aprender uma segunda língua significa ser capaz de participar criticamente no mundo através do conjunto de informações culturais adquirido. Nesse caso, o contexto global exige que o indivíduo tenha um conhecimento cultural e linguístico além daquele que é propiciado na sociedade em que ele vive, onde ele possa interagir com outros indivíduos (RCLRG, 2009). Diante disso, a Língua Inglesa(LI) acaba se tornando um dos principais instrumentos de comunicação do indivíduo com o mundo em que vive. Considerando esse pressuposto, a partir da perspectiva sociointeracionista de Vygotsky (1998), entendemos que o desenvolvimento humano e a aprendizagem acontecem de forma simultânea, visto que a aprendizagem é mediada pelo professor e pelo seu ambiente, ela ocorre através da interação social e cultural, e que acaba promovendo o desenvolvimento humano, pois o aluno transforma e é transformado pelas relações sociais.  Dessa forma, o meio social e o contato interacional entre os indivíduos são fundamentais para o desenvolvimento das competências humanas de forma eficiente e abrangente. Ao trazer essa percepção para as aulas de LI, o professor tem o papel de mediador da interação entre os alunos, que deverá envolver todos os participantes da aula. Com níveis de conhecimentos diferentes, os alunos/aprendizes, por meio da interação, têm a possibilidade de aprender, bem como de contribuir para o aprendizado dos demais colegas. Nesse contexto, o projeto de extensão do curso de Letras “Grupo de Estudo de Língua Inglesa”, integrante do Programa de Extensão “Ensino e Inovação”, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, tem como objetivo resgatar o interesse dos acadêmicos da UPF pela LI, por meio do oferecimento de minicursos de inglês. Assim, esta comunicação tem o objetivo de apresentar e debater a base teórica que norteia o planejamento e o oferecimento dos minicursos: competência comunicativa e desenvolvimento integrado das habilidades linguísticas, educação linguística e letramento.


SESSÃO 2
16h50min às 18h
Local:  FEAC - B6            Sala: Pós 2

A PESQUISA EM SALA DE AULA: PROJETOS INOVADORES
Maritana Corazza - maricorazza23@hotmail.com
João Ricardo Fagundes dos Santos - joao.ricardo1995@hotmail.com

Este trabalho visa compartilhar vivências e práticas do contexto escolar, baseadas na Pedagogia de Projetos de Dewey (1967), a qual procura formar cidadãos críticos, autônomos e criativos, que saibam solucionar problemas e questionar/modificar a sociedade. Ancorados nos Referenciais Curriculares e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, os projetos aqui relatados caracterizam-se por uma metodologia na qual os alunos são motivados a responder perguntas exploratórias de acordo com o ambiente investigado. As novas aprendizagens, resultantes desses projetos, oportunizam atitudes e valores de cooperação, cidadania, resgate histórico/cultural, por meio de práticas de educação integral que articulam as diferentes áreas do conhecimento. Espera-se que essas práticas colaborem para que os alunos reconheçam a importância da pesquisa e descoberta na caminhada escolar e o valor de estudar as mais diversas áreas do conhecimento, para que com isso possam transformar e melhorar a sociedade através de práticas de intervenção.

DESAFIOS EDUCACIONAIS DA ERA DIGITAL: ADVERSIDADES E POSSIBILIDADES DO USO DA TECNOLOGIA NA PRÁTICA DOCENTE
Inara Machado Moretto - 147729@upf.br
Jarbas Dametto - jarbas@upf.br

Um dos fenômenos em destaque na sociedade contemporânea é a crescente dependência do uso da tecnologia no cotidiano das pessoas. Nos encontramos na era digital e, explícita ou implicitamente, o uso dessas ferramentas digitais está presente diariamente, seja como forma de lazer, de trabalho ou estudo. Visto que a educação necessita caminhar em conjunto com a evolução da sociedade, o campo educacional precisa adaptar-se ao uso das novas tecnologias, integrando-as ao seu cotidiano de forma produtiva. Este trabalho, construído a partir de revisão bibliográfica, visa definir o conceito de era digital e qual sua relação com a educação; explorar as dificuldades pelas quais a escola e os professores vêm passando em função da inserção das tecnologias digitais no cotidiano dos alunos; e compreender de que forma essas tecnologias já estão sendo utilizadas no contexto escolar, e se tais práticas se traduzem em fins significativos que visam ampliar o intelecto e a humanização dos alunos, ou apenas como uma inclusão banal de novos instrumentos ou uma reedição de práticas tradicionais sob novos meios. Busca-se com esse resgate bibliográfico e com essa reflexão, problematizar os potenciais pedagógicos das mídias digitais, a fim de que a revolução digital possa, também, transformar positivamente a aprendizagem escolar.
 

OS VESTÍGIOS DO TEMPO NA LINGUAGEM: UM OLHAR ENUNCIATIVO SOBRE O TEXTO LITERÁRIO
João Augusto Reich da Silva - joaoaugusto.dv@hotmail.com
Patrícia da Silva Valério - patriciav@upf.br

Toda vez que alguém se apropria do sistema da língua e o mobiliza através de um ato de enunciação, sempre único e irrepetível, determinam-se três categorias indispensáveis para a existência do discurso: as de pessoa, espaço e tempo. Há sempre um sujeito (eu) que se dirige a outra pessoa (tu), em um certo espaço (aqui) e em um certo tempo (agora). É esse último aspecto que aguça nosso interesse e desperta nossa pesquisa, que busca compreender os modos pelos quais se constitui o sentido no discurso, conhecendo e descrevendo a especificidade da categoria tempo na enunciação, sua relação de (inter)subjetividade e seu papel na instauração do sujeito na linguagem. A partir do constructo teórico de Émile Benveniste (2005; 2006) e sob a perspectiva de sua Teoria da Enunciação, selecionamos capítulos dos dois volumes de Problemas de Linguística Geral, em que o linguista sírio aborda o tempo na linguagem, dando destaque ao modo como essa categoria integra a enunciação. O autor propõe a existência de um tempo próprio da língua, que convém chamarmos de tempo linguístico, fruto da coincidência do acontecimento com o discurso, sendo sempre presente e definindo o que não é mais presente e o que virá a ser, constituindo uma linha de separação entre o pretérito e o futuro. Os estudos de Flores (2013; 2015; 2017) e Agostinho (1980) também integram a base de nossos estudos, por tratarem do mesmo tema de nosso interesse. Por fim, após apreendermos com propriedade o tratamento dado por Benveniste à categoria tempo na enunciação, lançamos nosso olhar para um texto literário, com vistas a analisar as sutis evidências do tempo na linguagem e seu papel na instauração do sujeito e na configuração do discurso. Devido à sua relevância como narrativa memorial, trabalhamos com um recorte do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis (2010), onde pudemos verificar os aspectos estudados em Benveniste.


SESSÃO 3
16h50min às 18h
Local:  FEAC - B6            Sala: Pós 3

O GPEPGE E PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA: O DIÁLOGO COMO RECURSO FORMATIVO
Adriana Aparecida da Silva - adri.sil.pdg@hotmail.com
Jessica Romanoski - jessicaromanoski21@gmail.com
Eliara Zavieruka Levinski - eliara@upf.br

O presente trabalho tem por objetivo refletir sobre a interlocução do Grupo de Pesquisa e Extensão Políticas e Gestão da Educação – GPEPGE, da Faculdade de Educação da UPF com professores da Educação Básica, tendo o diálogo como recurso formativo entre os sujeitos que se encontram regularmente nas atividades de formação continuada. O encontro entre os sujeitos que pretendem socializar e descortinar teoricamente as interrogações produzidas nas experiências cotidianas da profissão professor é mediatizado pelo diálogo, ainda com pouco lugar nos processos formativos das escolas. Ao dialogar o pensamento se organiza, as trocas são feitas e novos conhecimentos surgem com a intenção de modificar os problemas existentes nas dúvidas não respondidas antes. Na relação dialógica os sujeitos confrontam argumentos, questionam, partilham saberes, experiências e vivências.  Por conseguinte, “[...] o diálogo é uma exigência existencial. E, se ele é o encontro em que se solidariza o refletir e o agir de seus sujeitos endereçados ao mundo a ser transformado e humanizado, não pode reduzir-se a um ato de depositar ideias de um sujeito no outro, nem tampouco tornar-se simples troca da [...].” (FREIRE, 1987 p.45). Percebe-se na experiência realizada que o exercício do diálogo no processo de formação continuada dos integrantes do GPEPGE e dos professores da educação básica, está constituindo um processo de reflexão sobre a ação na perspectiva de melhoria e transformação, de ruptura do isolamento das instituições e de engajamento em projetos comuns que envolvem a universidade e as escolas. 

O ENSINO LÍNGUA INGLESA COM O FOCO NA APRENDIZAGEM COOPERATIVA NA ADOLESCÊNCIA
Alessandra Falcão Bitencourt - 152730@upf.br
Betiza Gonçalves Scortegagna
Luciane Sturm

A Aprendizagem Cooperativa (AC), discutida por diferentes autores como (Johnson e Johnson (2002/2009), Paiva (2005/2013), Figueiredo (2006a / 2006b) e Leffa (2006), é entendida como uma estrutura interacional que promove e encoraja o trabalho em grupos. A AC é uma estrutura de interação projetada para facilitar e engajar o trabalho cooperativo; é um conjunto de processos que auxiliam a interação em conjunto para a realização de um objetivo específico. No entanto, a AC só existirá quando os aprendizes trabalham juntos para realizar atividades com objetivos compartilhados. Diante disso, é possível afirmar que a AC busca o desenvolvimento cognitivo dos alunos/aprendizes por meio da cooperação entre os grupos, que dão suporte para o aprendizado do outro. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é trazer algumas reflexões teóricas sobre essa proposta de ensino, discutindo conceitos importantes e evidenciando estratégias e instrumentos de ensino/aprendizagem que subjazem à AC.  Essa discussão é realizada a partir do contexto do Projeto de Extensão Friends of English (Curso de Letras), cujo objetivo é despertar e motivar adolescentes de escolas públicas, entre 13 e 15 anos, ao estudo do Inglês. A proposta prevê o encontro semanal com os adolescentes, com vistas a um aprendizado inovador e dinâmico. Assim, nosso trabalho se constitui da preparação de sequências didáticas diferenciadas, que integram o uso de recursos e instrumentos de aprendizagem, como diferentes gêneros textuais autênticos e atividades lúdicas, centrados na interação (VYGOTSKY, 1987) e na aprendizagem cooperativa como abordagens de ensino/aprendizagem. O desenvolvimento desta proposta evidencia resultados positivos, demonstrando que ensinar e aprender uma língua adicional, apesar da complexidade envolvida, é algo possível e desafiador.


HOME SWEET HOME: UMA PROPOSTA DE ENSINO ENVOLVENDO JOGOS E A INTERATIVIDADE
Lerissa Kunzler - lerissa.kunzler@hotmail.com

O presente trabalho traz a experiência vivida durante o estágio de Língua Inglesa, com alunos do 7º ano de uma escola municipal. Apresenta o plano de unidade desenvolvido que aborda a temática Home sweet home, sendo dividido em três partes: pre-reading, reading e post-reading activities (atividade de pré-leitura, leitura e pós-leitura). Considerando a teoria sociointeracional de Vygotsky, que norteia a construção do plano de unidade, a interação é a palavra-chave em uma aula de língua estrangeira e, por isso, as atividades propostas e desenvolvidas com os alunos envolvem trabalhos em grupos, a interação e o uso efetivo da língua inglesa em sala de aula, jogos e atividades diversas que envolvem as quatro habilidades linguísticas essenciais no aprendizado de uma língua: reading, writing, listening, speaking (ler, escrever, ouvir e falar). O foco principal no plano de unidade é a leitura, como ressaltam os Referenciais Curriculares do Rio Grande do Sul (2009), portanto, o plano estrutura-se em torno de um texto principal e divide-se em pré-leitura, leitura e pós-leitura. O texto explorado nesse plano de unidade é um advertisement, um anúncio real da venda de uma casa. A partir das atividades propostas na pré-leitura, leitura e pós-leitura, são exploradas noções relacionadas a house rooms, parts of the house, furniture, adjectives e noções gramaticais do there is/there are e prepositions of place. Os alunos têm a oportunidade de refletir sobre aspectos culturais relacionados ao tema, como os quartos das crianças ao redor do mundo, a diferença entre as moedas de um país para outro, dentre outros. Ao final, os alunos têm também a oportunidade de colocar na prática os conhecimentos adquiridos, por meio de uma atividade dinâmica de produção, em que eles constroem sua própria casa e depois fazem seu anúncio de venda.

SESSÃO 4
16h50min às 18h
Local:  FEAC - B6            Sala: Pós 4

QUAL FAMÍLIA VAI À ESCOLA?
Maristela Piva - maristela@upf.br
Evelyn Wilpert Ferrão - 153045@upf.br
Lucas Tibolla - 143572@upf.br

Desde as sociedades tradicionais até as sociedades contemporâneas constata-se profundas diferenças na concepção da família, porém, enquanto função e espaço de reprodução da vida, ela subsiste. A família não pode ser vista como uma instituição enrijecida num modelo concebido como normal, e sim, uma instituição com função de constituição de pessoas, espaço de proteção, amparo, e de inserção no simbólico. É um grupo social em constante transformação, modificando-se segundo a sociedade e o tempo histórico.  Pais separados, apenas um pai/mãe, padrasto, madrasta, casais homo afetivos, tantos formatos vivenciados nas novas tramas familiares. Ao redimensionar e ampliar os olhares a respeito do núcleo familiar, a escola também ajuda a legitimar e reconhecer esses novos arranjos familiares, se propondo a exercer um trabalho que compreenda e qualifique os novos arranjos de cuidado aos menores. Sendo a escola a primeira instituição em que os sujeitos aprendem a conviver no coletivo, é fundamental que não crie estigmas no que diz respeito às novas configurações familiares. Há que se ressaltar que, diferenças nos formatos familiares não são patológicas por si só, mas denotam as transformações presentes no mundo contemporâneo. Família e escola devem-se aliar em processos de ancoragem, desenvolvendo e valorizando sempre os arranjos e vínculos que estimulem os processos cognitivos, e que fortaleçam a educação das crianças. Entender os impactos de uma separação, da morte de um dos pais, da criação por terceiros, ou até mesmo, das festividades tradicionais propostas pela escola, é res-significar os formatos e funções das famílias. Estará a escola preparada para as novas famílias que vão à escola? Há que se pensar em espaços para se trabalhar o acolhimento das novas realidades familiares, o que pode auxiliar na resolução de possíveis conflitos escola-família, de modo a que se encontre soluções viáveis na perspectiva do desenvolvimento dos menores e de seus processos de aprendizagem.


UM JOGO PARA O ENSINO DE GEOMETRIA
Andrielli Los Silveira - andriellisilveira7@gmail.com
Luiz Henrique Ferraz Pereira - lhp@upf.br

O trabalho relata uma experiência docente que envolve o jogo “Gênio da Geometria”, desenvolvido pelos autores, para o aprendizado geométrico. A atividade foi realizada com alunos do nono ano do Ensino Fundamental de uma escola estadual do município de Erechim, Rio Grande do Sul. O objetivo principal consiste em potencializar e revisar o estudo da geometria de maneira interativa. Baseia-se em um tabuleiro virtual, uma espécie de “game show”, que compreende perguntas e respostas. Participaram vinte e um discentes, divididos em grupos. O jogo começa quando cada grupo, em sua vez, escolhe uma questão para que todos resolvam, de modo a ser o mais rápido, para validar pontuação. A partir disso, é proporcionado um momento de reflexão e discussão sobre o modo de resolução do exercício. Assim prossegue, até que o tabuleiro esteja completo. A tarefa proporciona troca de conhecimentos, resultando em uma melhor aprendizagem. Tendo como parâmetro o índice de estudantes que não obtém bons resultados na matéria, o uso de jogos no processo de aprendizagem, bem como o emprego de material eletrônico para tal ação, pode ser considerado um atrativo, colaborando para a interatividade da aula e para o envolvimento do aluno na mesma. A geometria, por estar presente em todos os lugares, deve ser estudada e compreendida. Para isso, se fazem importantes as demonstrações e as relações com atividades diárias. É indispensável o ato de pensar em atividades lúdicas que trabalhem o abstrato do aluno nas aulas de matemática. Através de um questionário proposto para a turma, pode-se concluir que houve satisfação em realizar a atividade. O jogo oferta o enriquecimento do conhecimento de maneira voluntária pelo aluno, o que é desejado em todas as aulas. O Gênio da Matemática, então, contribuiu para por em prática o conhecimento desenvolvido em sala de aula, conduzindo o aluno a pensar em soluções e estratégias, construir hipóteses com o auxílio dos colegas e expressar suas conclusões diante da turma.

 

SESSÃO 5
16h50min às 18h
Local:  FEAC - B6            Sala: Pós 5

MEDIAÇÃO DE LEITURA COM TEXTOS LITERÁRIOS: POSSIBILIDADE E DISCUSSÕES
Josué Rodrigues Frizon - josuefrizon@bol.com.br

O presente trabalho se constitui num relato de experiência de uma mediação de leitura com textos literários. Tal atividade ocorreu em uma escola privada da cidade de Marau, no norte do Rio Grande do Sul, em 2017, com alunos de 8º e 9º ano do Ensino Fundamental. O objetivo principal da referida mediação foi o de aproximar jovens leitores de textos literários, em especial, inicialmente de narrativas que tratam do fantástico e do sobrenatural. Além de possibilitar uma experiência de leitura realizada em grupo. Nesse sentido, as atividades aconteciam uma vez por semana, para cada uma das três turmas envolvidas e propiciavam a leitura na íntegra de contos do escritor Ilan Breman e também da apresentação de obras literárias de vários autores, dentre eles Josué Guimarães, Miguel de Cervantes, Florbela Espanca, Fernando Pessoa e Cora Coralina. Além disso, em momentos nos quais não ocorria a leitura compartilhada, o professor mediador se utilizava do tempo para, com uma mala de livros selecionados, indicar obras de acordo com aquilo que ia evidenciando a respeito das preferências de cada um dos seus alunos. Com o passar do tempo, textos literários iam passando de mão em mão e ultrapassavam os muros da escola. Após alguns dias, muitos jovens retornavam felizes com as indicações e, depois das leituras, geravam-se pequenas rodas de discussões a respeito dos enredos e também da vida de alguns dos escritores. De acordo com Regina Zilberman, a leitura, e sobretudo a leitura literária, pode propiciar uma mediação entre cada ser humano e seu presente. Já, Rildo Cosson enfatiza que letramento literário significa o desenvolvimento de uma série de competências e habilidades. Para pensarmos a respeito da mediação de leitura como prática pedagógica na sala de aula e fora dela, nos propomos a apresentar algumas considerações com base em textos teóricos também de autores como Maria da Glória Bordini, Vera Teixeira de Aguiar, Marisa Lajolo e Michèle Petit.

ORIGENS E FUNDAMENTOS DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR/BNCC
Carina Tonieto - carina.tonieto@upf.br

O trabalho tem por objetivo apresentar a origem, fundamentos e pressupostos da elaboração da Base Nacional Comum Curricular. Primeiramente serão apontadas as origens da discussão a respeito da elaboração de uma base nacional comum para a educação brasileira, a qual remonta à Constituição de 1988, passando pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Parâmetros Curriculares Nacionais e Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Por fim, será apresentada uma leitura a respeito dos elementos fundamentes da organização e estruturação da BNCC, sua proposta de organização da educação básica e possíveis desdobramentos quanto aos currículos escolares, formação de professores, estrutura escolar e avaliação em larga escala. A metodologia de apresentação será exposição oral e discussão com os participantes.


AS COMPETÊNCIAS GERAIS DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR/BNCC
Luciane Sturm lusturm@upf.br

A BNCC visa à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva, como fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN). É um documento normativo aplicado exclusivamente à educação escolar, tal como a define o § 1º do Artigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996)1.  De acordo com o próprio documento, diz  orientar-se pelos princípios éticos, políticos e estéticos. A partir disso, este estudo apresenta as competências gerais trazidas na BNCC do ensino fundamental, trazendo questionamentos sobre como essa proposta poderá ser organizada e desenvolvida pelas escolas (ou não?), considerando o contexto de descaso com a educação, bem como com seus professores.

SESSÃO 6
16h50min às 18h
Local:  FEAC - B6            Sala: Pós 6

O PROJETO CEPAVI E O CIBERBULLYING: VIOLÊNCIA VIRTUAL NA ADOLESCÊNCIA
Henrique Wollmann - hw.henriquewollmann@gmail.com
Ana Carolina Andress - 143546@upf.br

O Cyberbullying ou bullying virtual se dá pelo uso de ferramentas tecnológicas para assediar, ameaçar, constranger ou humilhar outra pessoa, simulando ou tentando violar senhas das vítimas. É caracterizado por ataques por meio das vias eletrônicas, através de mensagens instantâneas, web site, salas de bate-papo ou torpedos. Difere do bullying tradicionalmente praticado nas escolas, por não se restringir a uma plateia, a um tempo ou a um território específico, visto que no espaço virtual os xingamentos e as provocações estão permanentemente atormentando as vítimas, com a velocidade e potencial devastador e permanente que a internet permite. Implica, ainda, na possibilidade de anonimato e impessoalidade do agressor, que se torna mais desinibido, o que aumenta a sensação de impotência da vítima fragilizada, acarretando sérios problemas sociais, profissionais e emocionais. Além disso, a acessibilidade irrestrita em qualquer momento ou lugar, a viralização em pouco tempo pelos compartilhamentos e a permanência por tempo indeterminado na rede aumentam as chances da vítima sofrer a mesma violência por tempo indeterminado, o que pode culminar, em casos mais graves, em comportamentos extremos como a automutilação e a tentativa de suicídio, além do abuso de álcool e/ou drogas. Nesse sentido, a Clínica de Estudos, Prevenção e Acompanhamento à Violência – CEPAVI - projeto de extensão da UPF, que desenvolve prevenção e tratamento da violência atende à demanda pública de ensino, saúde, assistência social e justiça, envolvendo crianças, adolescentes, adultos e idosos em situação de risco e/ou vulnerabilidade social e psicológica. Nas escolas do Planalto Médio, a CEPAVI realiza seminários e oficinas com professores e/ou alunos com vistas à prevenção da violência e promoção da saúde mental; com relação ao cyberbullying estimula a discussão sobre o tema. 


CONCLUSÕES SOBRE A CRIANÇA E SUA EXPERIÊNCIA DE SIGNIFICAÇÃO VIA ATO INTERACIONAL DA ESCRITA
Marina de Oliveira - 149111@upf.br

O presente trabalho tem como tema a experiência de significação da criança do 1º e 2º ano do Ensino Fundamental I via ato interacional da escrita. O trabalho deriva da pesquisa monográfica da autora, a qual foi desenvolvida e produzida no segundo semestre de 2017. Tem-se por objetivo  compreender a constituição da criança do 1º e 2º ano do Ensino Fundamental I de uma escola pública de Passo Fundo como sujeito escrevente na experiência de significação advinda do ato interacional da escrita através de suas diferentes formas discursivas. A pesquisa encontra suporte teórico nas obras de Mikhail Bakhtin e do Círculo de Bakhtin, os quais partem da premissa de sujeito como um ser social. Princípios e conceitos advindos da teoria de Bakhtin e relacionados à temática da pesquisa foram tomados como fundamentadores da análise. O objetivo da comunicação é apresentar as conclusões-constatações a que a pesquisadora chegou através da análise das situações de interação registradas em ambiente escolas. Por fim, pretende-se refletir e compreender como a criança do 1º e 2º ano do Ensino Fundamental I se constitui enquanto sujeito escrevente.

 

 

UMA PROPOSTA DE INTERDISCIPLINAR ENTRE QUÍMICA E ARTES SOBRE SUSTENTABILIDADE
Lucas Vanz - lucas.vanz2012@gmail.com
Itacir Biff - ita_biff@icloud.com

O ensino de ciências no Brasil está enfrentando sérios problemas. Em sua maioria não está cumprindo sua principal função: estimular o raciocínio lógico e a curiosidade, ajudando a formar cidadãos a enfrentar desafios sociais, buscando a melhor qualidade de vida (SANTOS et al, 2011). Uma forma de modificar está realidade é a interdisciplinariedade onde a compreensão dos fenômenos naturais devem ser realizada utilizando conhecimentos das diversas áreas do saber, fugindo da forma tradicional de ensino que percebe o mesma como caixinhas sem comunicação e interação. Pensando nisso, foi realizado um trabalho interdisciplinar entre as disciplinas de química e artes na E.E.E.M. Anchieta, na cidade de Marau, com alunos do primeiro ano do ensino médio. O tema foi sustentabilidade, onde trabalhou-se sobre reciclagem, separação de sistemas materiais, reutilização de resíduos e xilogravura como forma de expressão dos saberes adquiridos. Em sala de aula foram abordas questões sobre a poluição do meio ambiente a influencia do homem nesta atividade. Após trabalhou-se com a separação de sistemas  materiais. Com auxilio do professor de artes, foram construídas esculturas com material reciclável. Também como forma de reutilização de resíduos aplicou-se a técnica de xilogravura, onde utilizou-se bandejas de isopor para fazer uma "forma" onde deveriam expressar sua opinião frente a poluição descontrolada dos ambientes naturais. Observou-se com a aplicação do projeto uma maior motivação dos estudantes quanto ao aprendizado. Além disso, percebeu-se que os estudantes conseguiram utilizar a arte como forma de expressão para os conhecimentos da química compreendidos em sala de aula. Isso foi diagnosticado através de avaliação realizada com os educandos e através dos trabalhos elaborados por eles em sala de aula. Portanto, a interdisciplinariedade entre estas disciplinas tão distintas torna-se uma forma de estimular os estudantes no desenvolvimento cognitivo. 

 

 

 

 


SESSÃO 7
16h50min às 18h
Local:  FEAC - B6            Sala: Pós 7

O PROJETO CEPAVI E O ABUSO SEXUAL INTRAFAMILIAR: COMO IDENTIFICAR, ACOLHER E ENCAMINHAR AS VÍTIMAS
Carla Adriana Ferreira Lovato - 154297@upf.br
Victoria Dickel da Silva - dickelvictoria@gmail.com
Michele Rauber Mattana - michelemattana@hotmail.com

De acordo com dados colhidos pelo Disque 100, órgão responsável por receber denúncias acerca de violência infantil, sabe-se que cerca de quatro crianças são abusadas sexualmente por hora no Brasil. Somente entre 2016 e 2017, mais de 37 mil casos de violência sexual infantil foram denunciados. Destes, setenta a oitenta por cento dos abusos são cometidos dentro de casa por alguém que a criança confia. Mas por que tal abuso ocorre? Como se constitui o psiquismo do abusador? Há cumplicidade de algum outro membro familiar? E a criança ou adolescente abusado, o que sente? Essa comunicação oral tem como objetivo discutir tais questões, bem como informar sobre como proceder diante dessas situações de abuso sexual intrafamiliar, focalizando as ações da Clínica de Estudos, Prevenção e Acompanhamento à Violência – CEPAVI. Esse é um projeto de extensão da UPF, que desenvolve prevenção e tratamento da violência sob a responsabilidade de professores e acadêmicos extensionistas, atendendo à demanda pública de ensino, saúde, assistência social e justiça, envolvendo crianças, adolescentes, adultos e idosos em situação de risco e/ou vulnerabilidade social e psicológica. Nas escolas do Planalto Médio, atua atendendo a demanda por seminários e oficinas com professores e/ou alunos estimulando a reflexão sobre o tema, com vistas à prevenção da violência e promoção da saúde mental no ambiente escolar. Como estratégias, utiliza vídeos com depoimentos de vítimas, bem como embasamento teórico necessário para qualificar a discussão, a identificação e os encaminhamentos apropriados em situação de abuso sexual intrafamiliar.

GÊNERO DISCURSIVO CAPA DE REVISTA: LEITURA AMPARADA NA MULTIMODALIDADE E MULTILETRAMENTOS
Viviane Demetrio da Silva Scariot - vividds@yahoo.com.br
Adriana Dalabília Benetti - escolamundomagico@outlook.com.br

Esta prática pedagógica apresenta a análise de uma capa de revista, publicação Ciência Hoje das Crianças, n.237, ago. 2012, a qual traz como chamada principal “Extinções em massa”, e tem como público-alvo uma turma de 6º ano do Ensino Fundamental. O objetivo geral visou mostrar como este gênero discursivo é constituído pela multimodalidade e multiletramentos, instituídos através da relação de estruturas verbais e não verbais na construção do sentido do gênero. A análise teve como suporte teórico as contribuições de Bakhtin (2016), com os conceitos de gênero discursivo, Kress (2000), com a multimodalidade e o Grupo de Nova Londres (2000) e Rojo (2012), com os multiletramentos. A pesquisa realizou-se de forma descritiva e bibliográfica, pois foi possível ler, interpretar e compreender a finalidade do gênero estudado. Com esta prática, realizou-se a transposição de conceitos teóricos para práticas diárias nas aulas de Língua Portuguesa, resultando na leitura e compreensão do texto, em sua construção global. Palavras-chave: Prática Pedagógica. Capa de Revista. Multimodalidade. Multiletramentos. Gênero Discursivo.


LER O HUMOR PARA LER O MUNDO: O TEXTO COMO FORMADOR DE CIDADANIA
Cinara Sabadin Dagneze - cinara@upf.br
Claudia S. Toldo – claudiast@upf.br

A capacidade de ler transcende, em muito, a habilidade de decifrar códigos, o que faz da leitura uma das competências mais importantes e fundamentais ao sujeito e à sua constituição como cidadão. Por isso, mais do que formar leitores de textos, cabe à escola formar leitores do mundo, a partir da leitura de textos. Nesse universo, uma leitura proficiente e que interliga com propriedade diferentes elementos se constitui como ferramenta de formação de um cidadão politizado, o que se faz tão necessário no contexto político e social que marca o cenário contemporâneo brasileiro. Assim, em um contexto em que uma parcela cada vez maior da população se mostra alienada à realidade sociopolítica e aceita como válidas as leituras de mundo – prontas – que lhes são apresentadas, o trabalho do professor de língua portuguesa ganha ainda mais relevância. O papel desse profissional não pode se limitar à apresentação do sistema, mas deve despertar em seus alunos a habilidade de tirar suas próprias conclusões acerca do universo em que está inserido e sobre os diferentes aspectos que o compõem. Por tudo isso, este trabalho se constitui numa proposta de como trabalhar o humor de modo a formar leitores competentes e cidadãos menos alienáveis. A partir da percepção de que a mídia tem papel relevante e fundamental na formação – ou na alienação – do cidadão, convida-se os alunos a olharem diferentes publicações de um mesmo período (e com a mesma temática) da ditadura militar. As atividades evidenciam o caráter e o alcance social do humor. Dentre os muitos objetivos desta proposta, estão o de formar um sujeito leitor competente e o de fazer com que essa leitura proficiente possa ser elemento civilizador e de politização dos adolescentes, público que está prestes a ingressar no universo acadêmico e/ou profissional, e, mais do que isso, a constituir a população eleitoral de um Brasil tão comprometido por um contexto de corrupção e tão exposto às manipulações de diferentes sistemas midiáticos.