Ensino

Golpes virtuais: como identificar e não se tornar uma vítima

03/10/2022

11:30

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Caroline Lima

Professora da UPF dá algumas dicas para se proteger e não ser um alvo dos golpistas

A prática de aplicar golpes virtuais tem se tornado cada vez mais frequente e fica fácil conhecer alguém que já tenha sido uma vítima. Somente no primeiro semestre do ano, o Rio Grande do Sul registrou 44,3 mil casos de estelionato, segundo os indicadores de criminalidade da Secretaria da Segurança Pública do Estado. Em média, 245 pessoas comunicaram, por dia, à polícia, terem sido alvo de golpistas. Mas como identificar um possível golpe na internet e se proteger para não ser uma vítima?

Segundo a professora do curso de Direito da Escola de Ciências Jurídicas da UPF, Dra. Adriana Pilati, os golpes mais comuns são feitos por meio das redes sociais ou aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, nos quais os golpistas se passam por uma pessoa (familiar) ou empresa conhecida e solicitam uma transferência em dinheiro através de depósito ou por pix. Golpes envolvendo empréstimos bancários também são frequentes.

Curso de Direito da UPF promoveu oficina
para alertar idosos sobre golpes virtuais

Foi em 2020, com o início da pandemia, que os casos começaram a crescer, tendo em vista que as pessoas precisaram ficar em casa e realizar mais atividades pela internet.

“Com o maior uso de smartphones e serviços pela internet, os golpes e fraudes são feitos com maior frequência do que antigamente. Assim como as relações sociais evoluíram no novo século, as técnicas aplicadas pelos golpistas também, sobretudo pela facilidade de comunicação através dos usos dos smartphones”, afirma a professora.

Para a professora, qualquer pessoa é uma potencial vítima de um golpe. No entanto, os idosos são os alvos mais visados em virtude de viverem mais sozinhos em seus lares e de seus familiares, muitas vezes, estarem distantes. “Assim, os golpistas criam um senso de urgência em uma determinada situação familiar de necessidade, fazendo com que as pessoas ajam antes de pensar”, observa.

Fique atento a essas 5 dicas para não cair em um golpe virtual

1. Desconfiar de quem insistir para que a vítima tome uma decisão apressadamente ou antecipe algum valor em dinheiro (transferência ou pix). 

2. Não abrir e-mails nem atender chamadas de pessoas desconhecidas ou de números desconhecidos;

3. Esperar alguns dias antes de tomar uma decisão financeira importante, evitando fazer isso por impulso, no calor da emoção. É importante confirmar a informação, de preferência, de maneira pessoal com a pessoa necessitada ou por uma ligação telefônica para o número de telefone cadastrado anteriormente; 

4. Prestar mais atenção ao lado negativo das ofertas de investimento ou de lucro fácil;

5. Procurar ajuda profissional ou trocar informações com pessoas de confiança ou algum familiar antes de tomar qualquer decisão financeira.

Em caso de desconfiar de algum contato suspeito ou cair em um golpe, acione o número 197 da Polícia Civil. A UPF também oferece serviços de auxílio à comunidade, como o Balcão do Consumidor, que pode ser contatado pelo telefone (54) 3316-8518 e o Serviço de Assistência Jurídica (Sajur), no número (54) 3316-8578.

Acadêmicos de Direito realizaram oficinas para alertar idosos

Estudantes da Disciplina Integradora do curso de Direito da UPF promoveram oficinas para alertar os idosos sobre golpes e fraudes, que ocorreram no prédio B3, Campus I da UPF. “O evento buscou deixar os idosos em alerta, na medida que conhecem o ritual do golpe e, com isso, têm condições de desconfiar e evitar qualquer investimento ou transferência de dinheiro para terceiros. Além disso, nossos acadêmicos têm a oportunidade de um contato direto com a sociedade, o que objetiva uma formação mais humanista e ética, com tolerância e empatia para com o outro, aprendendo a lidar com as diferenças”, pontua a professora Adriana.