Pesquisa e Inovação

Estudantes de Química da UPF realizam pesquisa sobre a detecção de drogas ilícitas em amostras de cabelo

29/11/2016

16:44

Por: Assessoria de Imprensa

Um dos maiores setores quando se fala em emprego e renda é o de transporte de cargas. O uso de cocaína e seus derivados por trabalhadores desse setor está associado ao aumento na jornada de trabalho, possibilitando maior renda ao condutor. O consumo dessas drogas pode aumentar a autoconfiança do motorista, mantendo-o em alerta, porém, elas causam a dilatação das pupilas, afetando a sensibilidade à luz e a capacidade de dirigir. 

Em 2 de março de 2016, entrou em vigor a Resolução 517, criada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que tem como objetivo realizar exames toxicológicos de ampla janela de detecção, tendo o cabelo por material de análise, a fim de diminuir o número de acidentes nas estradas brasileiras. O cabelo cresce em torno de 1 cm por mês e à medida em que novas doses de drogas são ingeridas (ou não), ele passa a funcionar como uma “caixa – preta”, registrando o histórico de consumo. 

As acadêmicas do Programa de Iniciação Científica do Curso de Química (B) da Universidade de Passo Fundo (UPF) Camila Favretto de Souza e Karine Luzzi estão realizando uma pesquisa para analisar os métodos de detecção da cocaína nas amostras de fio de cabelo. O projeto de pesquisa está sendo realizado no Instituto de Ciências Exatas e Geociências (Iceg) da UPF, sob a orientação da professora Dra. Yara Patrícia da Silva.

A utilização de cabelo para essa detecção de consumo de drogas ilícitas apresenta vantagens por ser de fácil obtenção, ter maior dificuldade de adulteração e não requerer muito cuidado no transporte e armazenamento. Além do cabelo, também podem ser utilizadas como matrizes: sangue, saliva, urina, unhas e pelos, porém, a amostra com maior janela de detecção é mesmo o cabelo.

INSCREVA-SE