Universidade

50 anos Medicina: encontro entre gerações

07/03/2020

21:08

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Camila Guedes

Durante cerimônia, realizada no sábado, calouros receberam o jaleco dos profissionais que integraram a primeira turma do curso de Medicina da UPF

No ano em que a Faculdade de Medicina da Universidade de Passo Fundo (FM/UPF) comemora 50 anos de história, um encontro entre gerações, marcou o início das comemorações do cinquentenário. A tradicional cerimônia do jaleco - ritual que marca o acolhimento dos novos estudantes no curso - contou com a presença especial de 25 profissionais formados na primeira turma de Medicina da UPF, ocorrida em 1975. Os calouros receberam o jaleco das mãos dos médicos, simbolizando a história e a continuidade da Faculdade de Medicina da UPF. A cerimônia ocorreu neste sábado, dia 7 de março.

O atual coordenador do curso de Medicina, Dr. José Ivo Scherer, é um dos 47 egressos da primeira turma.  A atividade, que proporcionou o encontro entre os ex-colegas que hoje atuam no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Brasília, emocionou o professor. “É uma satisfação e uma emoção muito forte. Estamos recebendo os colegas e tendo a convicção que a FM está na caminhada certa. Todos eles são profissionais de sucesso. Isso nos engrandece”, relata. 

A FM da UPF, criada em 1970, possibilitou ao município de Passo Fundo se consolidar como um polo de referência na área da saúde para a região norte do Rio Grande do Sul e também para os demais estados da região Sul brasileira.  O curso de Medicina da UPF busca adequar a formação de um profissional médico humanístico, crítico e reflexivo, capacitado a atuar, pautado em princípios éticos, no processo de saúde e doença em seus diferentes níveis de atenção com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação à saúde na perspectiva de integralidade da assistência com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania como promotor de saúde integral do ser humano. 

Ao centrar na formação de um médico ético e engajado na solução dos problemas dos seus pacientes, o curso se posiciona como um dos mais modernos e atuantes do Brasil. Os benefícios à comunidade em função da presença da Faculdade de Medicina da UPF podem ser percebidos pelo desenvolvimento de projetos de extensão que humanizam e qualificam os atendimentos médicos em diferentes espaços. 

Presente na cerimônia, o vice-reitor de Graduação, Dr. Edison Casagranda, referendou que a atividade que estava sendo realizada era um convite para que se pudesse, com base no passado, projetar e fortalecer o futuro. “A Medicina da UPF orienta-se por um modelo de formação, onde a ideia de futuro, sem desconsiderar a tradição, não é negligenciada. Assim, para nós, da Universidade de Passo Fundo, o futuro não é igual ao presente, assim como o presente não é uma réplica do passado. Isso parece, à primeira vista, um simples trocadilho, ou a expressão da obviedade. No entanto, há que considerar que uma concepção de educação depende, em última instância, de uma concepção de futuro. Assim, ao dizer que o futuro não é igual ao presente e o que o presente não é uma réplica do passado, abrimos espaço para a criatividade, para inovação. Na prática, isso nos permite pensar e implementar novos currículos, novas formas de ensinar e aprender, bem como nos comprometer ainda mais com a formação dos futuros médicos. Por isso, o que estamos fazendo aqui é muito mais do que a entrega de um jaleco. Eu diria, que o que se quer com o esse momento é mais do que mostrar para toda a comunidade o compromisso do estudante de medicina para com a sua formação e sua futura profissão. Estamos, sim, com ajuda dos formandos de 1975, fortalecendo nosso compromisso com uma ideia de futuro e com uma concepção de formação, legada aos estudantes de hoje, que não desconsidera as mudanças tecnológicas, sociais e info-psicológicas de nosso tempo”, reitera. 

Mais de 2.500 profissionais formados 

Desde a criação do curso de Medicina, mais de 2500 médicos já foram formados pela UPF. O diretor da Faculdade de Medicina, Dr. Paulo Reichert, afirma que esses profissionais mudaram a saúde, a economia e a sociedade do norte gaúcho e do oeste catarinense. “Nós, atuais gestores, herdamos um enorme bem: uma escola médica bem estruturada, com ótimo corpo docente, com excelentes hospitais e postos de atendimento conveniados, prédio e ambulatório próprios reformados, laboratórios equipados e quadro de funcionários experiente e comprometido. Toda esta herança é fruto do trabalho de visionários e idealistas. Somos uma escola médica sólida, reconhecida nacionalmente, com mais de 2.500 médicos egressos. Nossos formandos têm-nos orgulhado com suas aprovações nos serviços de residências médicas mais concorridos do Estado e do centro do país”, frisa.

Na visão do professor, todo este bem herdado traz uma grande responsabilidade, no sentido de preservar o espírito científico e humanístico que caracterizam a Faculdade de Medicina. “Mas precisamos inovar. A tecnologia exige. A geração de nossos estudantes espera novas metodologias. As aulas formais perderam espaço. Pensemos: como eram os aparelhos de telefone e os automóveis em 1970? E em 2000? Será concebível que continuemos a usar quadro negro (ou verde) e slides para ensinar esta geração que domina as plataformas digitais, que quer mensagens compactas e atualizações rápidas?”, questiona. 

Para atender estas expectativas, no quinquagésimo aniversário a unidade irá inaugurar o Centro de Simulação Realística. “Nele, o futuro médico poderá repetir exaustivamente procedimentos médicos. Participará de simulações de atendimentos clínicos de adultos e de crianças. A tecnologia nos permitirá simular infartos, arritmias, paradas cardíacas, insuficiência respiratória, entre outros. Será um grande avanço no ensino médico e será um grande diferencial de nossa escola”, aponta o diretor. 

Também participaram da cerimônia ex-diretores, estudantes e familiares. 

Exposição

Na noite de sábado, também foi aberta a exposição em homenagem aos 50 anos do curso, no hall da Faculdade de Medicina. A exposição contempla um resgate histórico a partir dos acervos do Instituto Histórico de Passo Fundo, Museu Histórico, Arquivo Histórico Regional e dos egressos Mauro Geib e Ivo Scherer. A pesquisa e a montagem da exposição é da professora Me Fabiana Beltrami e da bolsista Stefani Valente.
 

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