Comunicação estratégica: curso de Jornalismo, UPF Parque e incubadas realizam trabalho conjunto

Onde atua um jornalista? A resposta para essa pergunta costuma ser: em veículos de comunicação, como emissoras de rádio e TV, e portais de notícias. Mas esses profissionais têm muito a contribuir também em outros espaços, como na comunicação estratégica de empresas. Os estudantes do sexto semestre de Jornalismo realizaram uma atividade que, além de colocar em prática esses conhecimentos, contribuiu com empresas incubadas no UPF Parque Científico e Tecnológico. Como resultados, esses empreendimentos receberam planos de comunicação personalizados, e os acadêmicos exercitaram habilidades técnicas e comportamentais.

Resultados além das expectativas

A elaboração dos planos de comunicação integrou a disciplina de Assessoria de Imprensa, ministrada pelas professoras Me. Fabiana Beltrami da Silva e Dra. Maria Joana Chaise. Após estudar a parte teórica, a turma ouviu as experiências de profissionais formados pela UPF que já atuam na área. Depois, foi hora de partir para a prática dentro da própria Universidade, no UPF Parque. Esse ecossistema conecta a UPF, startups e grandes empresas, potencializando a inovação.

Em grupos, os estudantes conheceram cada empresa, analisaram e criaram planos estratégicos, de comunicação interna e externa, para a Agrare, Cardume Digital, InnovaSUSTech Engenharia, S3HB Technology e VIDA. Para a professora Fabiana, os resultados superaram as expectativas. “Os alunos tiveram uma experiência real, de olhar para a empresa, conversar com o cliente, entender o negócio, sua importância para a sociedade, e pensar: como posso contribuir? Olhar para a empresa de forma analítica possibilitou a eles produzirem conteúdos estratégicos”, explica.

Quando se pensa em empreender, a importância de fazer um plano de negócios é bem conhecida. Já o plano de comunicação nem sempre é encarado com o mesmo empenho, apesar de ser fundamental para uma empresa inovadora.  “Lançar um produto, processo ou serviço que não existe no mercado, que não tem concorrente, é desafiador. É o gargalo que muitos empreendedores passam para posicionar sua empresa e criar a necessidade do seu produto no seu público. Esse momento pode determinar o sucesso ou o fracasso do plano de negócios”, explica a head Cassiane Chais.

As empresas participantes puderam compreender esse cenário, e já planejam ajustes com base no trabalho dos estudantes. “O plano reforça o que nós já identificamos internamente. Vamos organizar um cronograma e colocar em prática, com certeza”, conta Fabiano dos Santos, da Cardume Digital. Já Adeli Beatriz Braun, da InnovaSUSTech Engenharia, considera que houve aprendizado em ambos os lados. “O plano se mostrou fundamental para darmos o primeiro passo na marca e imagem da empresa”, destaca.

Pensar de forma estratégica

Se temos empresas que precisam de estratégias assertivas de comunicação, também temos os profissionais aptos a realizarem esse trabalho. “O jornalista, com sua expertise, suas habilidades e seu conhecimento, ele consegue ter esse olhar estratégico. Ele vai indicar ações, que podem incluir profissionais de outras áreas da comunicação, como o Publicidade e Propaganda, Design Gráfico e Relações Públicas”, explica a professora Fabiana.

Hoje, o acesso fácil às plataformas de comunicação e redes sociais pode trazer a falsa sensação de que basta publicar informações para que a comunicação ocorra. “Isso é equivocado, e não é estratégico. O comunicador é quem entende a melhor forma de construir a comunicação dentro dessas ferramentas. Ele pode contribuir tanto na comunicação externa, com o mercado, quanto interna, com os funcionários. É ele que detém as ferramentas e conceitos para pensar de forma estratégica o quê e como deve ser comunicado. Pensando assim, é imperativo que os negócios tenham profissionais de comunicação”, pondera a professora.

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