Doutorando da UPF pesquisa técnicas sustentáveis para cultivo do morangueiro

O cultivo de morangos mais sustentáveis possibilita diversas vantagens que beneficiam o meio ambiente, os produtores e os consumidores finais. Uma das formas de buscar melhorias para os processos e encontrar novas técnicas de produção se dá por meio de estudos na área, como é o caso da pesquisa que está sendo desenvolvida pelo doutorando Arthur Klein, do Programa de Pós-graduação em Agronomia da Universidade de Passo Fundo (PPGAgro/UPF), que propõe a utilização de bioestimulantes como uma estratégia para melhorar a produção e a qualidade dos frutos.

Conforme Arthur, o experimento tem, ao todo, oito tratamentos para avaliar a precocidade de emissão de flores, folhas e rendimento de frutos e mais adiante os compostos do fruto e tempo de prateleira que ele vai durar.

“Estamos trabalhando com bioestimulantes, fungos e extratos de algas para melhorar a qualidade e sanidade da planta e tolerância de estresse bióticos e abióticos. Os fungos arbusculares trabalham em simbiose com a raiz aumentando a capacidade dela de acessar o substrato, então ela consegue absorver mais nutrientes, reduzindo pela metade a adubação e mesmo assim a planta continua produzindo bem e saudável, melhorando a sanidade dela, ficando mais resistente a doenças, além de ser uma alternativa sustentável por ser um bioinsumo”, afirma.

A migração do cultivo tradicional do morangueiro, realizado no solo, para o cultivo em substrato, sobre bancadas, é uma realidade cada vez mais frequente no Rio Grande do Sul e foi pensada para melhorar as condições de trabalho dos produtores. No entanto, essa migração provocou um aumento do uso de fertilizantes químicos, e a pesquisa busca contornar essa realidade, explica o orientador do Arthur, professor Dr. José Chiomento. “Além de representar uma questão financeira e de custos para o produtor, quando ele utiliza esses fertilizantes em larga escala também pode contaminar o agroecossistema de cultivo. Então, para tentar contornar essa realidade, utilizamos técnicas de cultivo sustentável que ajudam a melhorar a produção e a qualidade de frutos e oferecem a possibilidade da produção de bioetanol a partir do resíduo ou das folhas, transformando elas em um subproduto do cultivo dentro do conceito chamado bioeconomia circular”, destaca o professor.

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