Ensino

Da academia para o mercado de trabalho

06/03/2024

15:37

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Camila Guedes e Caroline Lima

Mesmo ainda em formação, estudantes da Universidade aprendem e também levam conhecimento para empresas ligadas ao agronegócio

Ao longo dos seus 55 anos, a Universidade de Passo Fundo (UPF)  já formou cerca de 100 mil profissionais. Muitos deles, hoje, atuam em empresas ligadas ao agronegócio e se destacam como agentes transformadores em seus locais de atuação. No entanto, uma nova geração, ainda em formação, já vem atuando nesses espaços e gerando a troca de conhecimento entre academia e mercado de trabalho. Durante a Expodireto Cotrijal, os estudantes da UPF que fazem estágios em empresas da área do agro aproveitam para ampliar seus conhecimentos e compartilhar experiências.

Aline

Próximo da conclusão do curso de Agronomia, a acadêmica Aline Chitolina Borba realiza seu estágio curricular obrigatório na Cotrijal. Desde o início do ano ela tem a oportunidade de trocar experiências com os profissionais que já atuam na empresa há um tempo, participando de treinamentos, dias de campo e outras atividades. Sua rotina de estagiária começa cedo: às 7 horas, ela já sai a campo e atua em atividades como monitoramento de lavouras, venda, análise de solos, reconhecimento de doenças e insetos, até a comunicação com os produtores rurais. “Está sendo uma experiência muito grandiosa para mim, tanto para minha parte profissional e para minha parte pessoal também, é uma experiência bem agradável, porque eles recebem muito bem a empresa nas casas, estou gostando bastante”, comenta. 

Felipe

Além desse aprendizado, Aline também contribuiu com seu próprio conhecimento. “Todas as segundas-feiras a gente tem uma reunião antes de começar a semana e eles passam o cronograma e pedem nossa opinião enquanto estudantes. Então, temos a possibilidade de trazer coisas novas, que aprendemos na faculdade com os professores e ajudar com que os profissionais já formados também sigam se atualizando. Tem sido muito importante para mim conseguir, agora em campo, conseguir linkar a teoria com a prática”, frisa. 

Ao contrário de Aline, Felipe Silveira Dalbosco ainda está no início do curso, mas já está no mercado de trabalho. Ele é estagiário na área de agrometeorologia na Embrapa Trigo, mas também tem a possibilidade de atuar em diversas outras áreas, como solos e entomologia, por exemplo. Trabalhando junto a importantes pesquisadores, Felipe conta que é muito bacana ter a possibilidade de conectar sua rotina de estágio com o conhecimento aprendido em sala de aula. 

João

Já João Pedro Pizzatto se divide em dois estágios dentro da própria UPF. No quinto semestre, ele atua no projeto de extensão Agroplus e na startup incubada do UPF Parque Biofertal, mas essa não foi sua primeira experiência, que desde o início do curso já fez outros estágios.”A BioFertal chegou através da professora Luciane Cola, com o projeto das microalgas, um projeto muito legal, e acabei aderindo a ideia e comecei a participar do projeto. Logo após também apareceu o AgroPlus, que também é um projeto bem interessante para as propriedades rurais, e é uma área que eu tenho interesse de seguir, então também foi bem interessante para o complemento da minha formação e para o complemento do que eu posso aprender durante o curso”, conta. 

Mariana

Além da possibilidade de aprender em dois projetos com objetivos diferentes - enquanto o foco da Biofertal é a pesquisa, o Agroplus trabalha a extensão e a relação com a comunidade -, João garante que também leva muito do conhecimento aprendido em sala de aula para seu dia a dia como estagiário. “No AgroPlus, a gente consegue aplicar bastante a parte de agronomia mesmo, a parte mais prática, a parte de conhecimento sobre lavoura, manejo de terra, a parte química, a parte física da terra, a parte química e física das plantas também. E na Biofertal mais uma parte laboratorial, uma parte de pesquisa. Então essas duas coisas tem que andar juntas e trabalhar juntas para que possa ser feito o melhor pelo produtor.”, acrescenta. 

A realidade da acadêmica do sexto semestre, Mariana Martins, é um pouco diferente. Já formada em Administração, ela buscou o curso de Agronomia porque atua na empresa da família, a Fertisystem, e sentiu a necessidade de um conhecimento mais técnico. “Eu precisava de um conhecimento para entender o que estava fazendo no meu dia a dia de trabalho. É difícil gerenciar equipes sem ter o conhecimento técnico, porque qualquer coisa que me falavam eu aceitava, então busquei a faculdade de Agronomia para ter essa fundação técnica”, explica, 

Hoje, Mariana gerencia as áreas de marketing, vendas e engenharia da empresa e conta que hoje consegue unir as ideias que têm na faculdade, o conhecimento dos professores e o que o mercado está precisando para aplicar na empresa. “Na Fertisystem trabalhamos com dosadores de adubo, somos a marca líder em dosadores de adubo, com motores elétricos para automatizar tanto a semeadura, quanto a adubação e também temos outras empresas. Meu pai é produtor e comecei esse ano o processo de sucessão para, lentamente, ir assumindo a partir de lavouras e aviários e aí também vem a faculdade para me dar embasamento para esse processo de sucessão dos negócios da minha família”, frisa.