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Ciências Econômicas UPF: 65 anos de história e compromisso com o desenvolvimento regional

24/04/2023

15:35

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Divulgação

Egressa do curso e diretora da Escola de Ciências Agrárias, Inovação e Negócios (Esan), a professora Dra. Cleide Fátima Moretto lembra que o curso entrou em funcionamento em 1958, com o nome de Curso de Ciências Políticas e Econômicas. Ela conta que ele surgiu em um contexto de regulamentação das formações na área do comércio, já que, em 13 de agosto de 1951, com a Lei nº 1411, ocorreu a regulamentação da profissão de economista. No dia em que o curso celebra 65 anos, a diretora conta um pouco da história e das suas vivências.

Desde a sua criação, são mais de seis décadas de formação, milhares de egressos, provenientes de diferentes municípios da região. São muitos os projetos, novas ideias, que brotaram nas mentes desses profissionais, do cientista tomador de decisão, tendo a seu dispor ferramentas quanti e qualitativa que o capacitaram para diagnosticar, avaliar e projetar. Seus egressos fizeram ou fazem a diferença no setor público, como Tribunal de Contas da União, Receita federal, Banco Central, Secretarias de estado e municipais, e no setor privado, em grandes grupos ou mesmo nas microempresas, como profissionais liberais, em diferentes atividades que impactaram no desenvolvimento regional.

O economista costuma ser associado ao profissional que lida com dinheiro e com os mercados financeiros, mas seu escopo vai muito além: trata da renda, do emprego, das instituições, do Estado, das famílias, das empresas, da produção, do excedente, sobretudo do grande problema colocado para a sociedade que é a escassez dos recursos. Então, as frentes de atuação do profissional economista, tanto no âmbito do setor público, quanto do setor privado, são inúmeras, envolvendo as mais tradicionais, como a economia do agronegócio, a economia industrial, a economia dos serviços, a economia do setor público, a economia internacional, o mercado de capitais, a economia das empresas, a economia do trabalho, a economia demográfica, a economia do turismo, a economia da saúde, a economia social, a economia da educação, a economia ambiental, a economia da nutrição, a economia psicológica, até áreas mais recentes, como a economia da cultura, a economia da religião, a economia do crime, a economia do futebol, a farmacoeconomia e a economia do envelhecimento, apenas para citar o leque de possibilidades que se abre. 

A profissão se ampara em alicerces científicos centenários, que nasceram na segunda metade do século XVIII, na Inglaterra, tendo como precursor o notável Adam Smith. Uma formação que contempla explicações e questionamentos para as relações que desenvolvemos na sociedade, para o nosso cotidiano, para o modo como nos organizamos para suprir as nossas necessidades ilimitadas frente à limitação dos recursos. Uma ciência que nasceu com a busca de formas de produzir bens e serviços, de produzir riqueza, mais tarde de como otimizar a distribuição da renda e da riqueza, e que, atualmente, coloca o foco na sustentabilidade dessa produção, com a concepção do desenvolvimento sustentável. Portanto, os desafios e questionamentos são ainda mais complexos na profissão: produzir, garantindo a qualidade de vida e preservando o ecossistema, a preocupação com as gerações futuras.   
Os economistas têm como objeto de análise uma série de trade-offs ou dilemas a serem resolvidos. A Pandemia do Covid-19 ressaltou a importância da Economia e da Saúde: enquanto os profissionais da área da saúde deram o máximo de si para controlar a situação imposta pela pandemia, ao economista coube o papel de buscar soluções para que a dinâmica produtiva e de renda mantivesse um mínimo de atividade. 

Nesses novos tempos, de inúmeros desafios, de processos complexos, de disponibilidade de um número significativo de dados, o economista tem um papel fundamental, de retomada do crescimento econômico, sobretudo quando identificamos a necessidade de ações voltadas à geração de trabalho e renda que impactam na sociedade.

Parabenizamos à coordenação, docentes e discentes do curso de ciências econômicas da Universidade de Passo Fundo, que segue com o seu compromisso na formação de profissionais competentes e éticos, engajados com o desenvolvimento local e regional. Somos gratos a todos e a todas bacharéis em ciências econômicas que escolheram a UPF para a sua formação profissional.