Profissões do Futuro: Ciências Jurídicas e a inserção das ferramentas tecnológicas

A área de Ciências Jurídicas está inserindo cada vez mais a tecnologia dentro do ambiente de trabalho, utilizando videoconferências e plataformas de processos eletrônicos para realizar as atividades como maior velocidade e eficiência. Este cenário inovador é analisado pelo advogado e professor da Universidade de Passo Fundo, Dr. Gabriel Divan, o quarto convidado da série “Profissões do Futuro”.  

A preparação do profissional de Direito para os próximos anos está relacionada a entrega de resultados com a ajuda de ferramentas tecnológicas. Divan observa uma maior “ousadia, em termo de aplicação de normas, interpretação, julgamento e trabalho advocatício, ou em qualquer outra das esferas profissionais, em função do fator velocidade, que é possibilitado e que é exigido pela questão do paradigma da tecnologia”. O professor cita que a principal mudança para a atuação do profissional de advocacia é a “habilidade multifacetada”.

O estereótipo do advogado é concentrado na pessoa que tem bons argumentos, imposição de discursos, domínio de conhecimentos e esses elementos continuam, porém, segundo o professor, “vai precisar se aliar a uma série de outros fatores que vão passar muito pela questão dos novos meios de comunicação e de trabalho com os processos e com o Direito em geral”. Também é apontado como tendência dentro da profissão, a “lógica negocial”, um perfil profissional “muito mais negociador, muito mais compositor e muito mais alguém que tenta tipos de acordos e costura vantagens mútuas, do que necessariamente aquele paladino, aquela pessoa que vai lá para vencer uma disputa, para implementar uma condenação, uma cobrança, uma absolvição e tudo mais”, afirma.

As oportunidades de carreira no Direito são amplas, e o professor chama atenção para um mercado de trabalho concorrente, onde para se destacar é necessário pensar em diferenciais de atuação. Tanto nas opções de carreira acadêmica, advocatícia e pública, o futuro advogado precisa dominar as novas tecnologias, lógica internacional e ferramentas discursivas. A dica deixada pelo professor para os estudantes da área, é explorar as próprias habilidades e absorver o máximo possível de conhecimento.  

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