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Presença UPF: roda de conversa sobre IA e oficina de acessibilidade e inclusão marcam o começo da programação

21/07/2025

16:55

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Filippe de Oliveira Martins e Reprodução

Evento ocorre até sexta-feira (25) com diversos encontros de formação para professores da Universidade

Enquanto as férias se aproximam da reta final, a Universidade de Passo Fundo (UPF) se prepara para mais um semestre acadêmico. Na manhã desta segunda-feira, 21 de julho, teve início mais uma edição do Presença UPF, evento que tradicionalmente reúne os professores da Instituição em atividades de formação, o qual também pode contar com a participação dos funcionários e estudantes de pós-graduação.

A programação começou com a roda de conversa on-line sobre o “Uso de Inteligência Artificial na Educação Superior”. Participaram como convidados Fernando Remião (Universidade do Porto – Portugal) e Paulo Marcondes (Instituto Educater e UNIRP – Centro Universitário de Rio Preto). Com mediação do professor Carlos Hölbig, o bate-papo discutiu sobre as transformações provocadas pela Inteligência Artificial (IA) no contexto da educação superior, abordando o uso de ferramentas importantes, os desafios éticos e pedagógicos, bem como dúvidas e receios, a partir do compartilhamento de experiências e inquietações de docentes dedicados ao ensino.

Durante a sua fala, Remião mencionou que é preciso orientar os professores sobre o uso adequado e indevido de IA na educação. Além disso, mostrou dados relevantes, como: até 2022, apenas sete países tinham desenvolvido marcos referenciais de IA para professores; 86% dos alunos em todo o mundo utilizam regularmente a IA nos seus estudos, com 54% deles usando a inteligência artificial semanalmente, de acordo com um inquérito global sobre IA e estudantes realizado pelo Conselho de Educação Digital; e o ChatGPT revelou-se a ferramenta de IA mais utilizada, com 66% dos alunos usando-a.

Em sua apresentação, criada com o auxílio da IA, Marcondes exibiu taxas comparativas de alucinação entre modelos de Chatbot. Segundo ele, a alucinação em modelos de linguagem refere-se à geração de informações falsas ou sem sentido, apresentadas como fatos, podendo as taxas variar significativamente entre os modelos e a metodologia de teste utilizada. Um exemplo é o ChatGPT o4-mini, com 48% de taxa de alucinação em testes PersonQA.

A reitora da UPF, professora Dra. Bernadete Maria Dalmolin, também esteve presente na roda de conversa e deu as boas-vindas aos ministrantes e participantes do Presença UPF, desejando que o momento seja de reflexão. “É uma alegria estarmos iniciando a nossa formação. Que possamos trocar informações, trazer as nossas dúvidas e identificar como podemos ampliar as nossas atividades formativas com essa ferramenta tecnológica”, disse.

Evento contempla diferentes atividades
Ainda nesta segunda (21), no turno da tarde, foi realizada a oficina “Quem cabe na universidade? Acessibilidade e Inclusão em pauta”. No encontro, que ocorreu no Instituto da Saúde, Campus I, e contou com a presença da professora Rosimar Esquinsani (UPF) e da equipe da Diretoria de Desenvolvimento e Formação Acadêmica, foram apresentados os principais marcos legais da Educação Especial e as políticas de inclusão no Ensino Superior, com foco em acessibilidade, recursos pedagógicos e programas institucionais.

Dentre os assuntos abordados pela professora Rosimar, um deles envolveu a questão: Mas, por qual razão, às vezes se fala em Educação Especial e, às vezes, Educação Inclusiva? Como resposta, a docente comentou a respeito da “Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008)”, destacando que toda educação especial é, obrigatoriamente, educação inclusiva (mas nem toda a educação inclusiva é sobre a educação especial).

O Presença UPF segue até esta sexta-feira, 25 de julho. A programação completa está disponível AQUI.

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