Universidade

Espécie ameaçada reproduz no Criadouro Científico da UPF

11/12/2018

15:07

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Divulgação/UPF

O criadouro científico da Universidade de Passo Fundo (UPF), denominado Centro de Reprodução de Psitacídeos Willian Belton (CREP), obteve sucesso novamente na reprodução de espécie ameaçada de extinção, com o nascimento de três filhotes do papagaio-charão (Amazona pretrei). O espaço está localizado em uma área reservada ao lado do zoológico da UPF e não tem visitação aberta ao público, por ter função de pesquisa e apoio aos programas de conservação de espécies ameaçadas na natureza.

Responsável técnica pelo criadouro científico, a professora Dra. Nêmora Pauletti Prestes comenta que, no momento, o CREP realiza trabalhos com a reprodução de duas espécies ameaçadas de papagaios do Brasil: o papagaio-de-peito-roxo e o papagaio-charão, pois o criadouro da UPF está ligado a duas iniciativas de conservação de espécies ameaçadas na natureza: o Projeto Charão e o Programa Nacional para a Conservação do Papagaio-de-peito-roxo.

Segundo ela, o criadouro CREP além de servir para a obtenção de dados sobre a biologia, ecologia e comportamento das espécies, que seriam muito difíceis de serem obtidas no ambiente natural, busca dominar o processo de reprodução das espécies ameaçadas caso um dia seja necessário melhorar a situação das populações silvestres. “A equipe de estagiários e bolsistas que atuam junto ao CREP está muito feliz com a chegada dos filhotes, pois todos os integrantes se dedicam durante o ano com relação à boa alimentação, ao bom manejo, à limpeza dos alojamentos e, junto com a veterinária do zoológico, trabalham para garantir a sanidade e o bem-estar dos animais, para um único período reprodutivo ao ano. Quando tudo dá certo, após um ano de muita dedicação e cuidados, temos a recompensa com o nascimento dos filhotes, a renovação da vida”, comenta a professora Nêmora.

Os três filhotes de papagaio-charão nascidos no CREP, após passarem cerca de 45 dias dentro do ninho, saem para o espaço nos alojamentos, onde continuam recebendo a alimentação e cuidados dos pais por mais algumas semanas, quando começam a se alimentar sozinhos.