Por: Assessoria de Imprensa
Serviço oferecido na Apae de Passo Fundo realiza cerca de 25 atendimentos por mês
O serviço de terapia familiar da Apae Passo Fundo é realizado desde 2019 e apresenta resultados positivos na vida dos alunos e das suas famílias. Os atendimentos ocorrem três vezes por semana na entidade e são realizados por acadêmicos da Faculdade de Medicina da Universidade de Passo Fundo (UPF), supervisionados pela médica e professora da UPF, Ana Roberta Ceratti.
A terapia familiar oferece um espaço de escuta e de acolhimento para as famílias que têm integrantes com deficiência ou com problemas de saúde. A professora da UPF, que coordena esse serviço na Apae, ressalta que essas famílias precisam adaptar-se a essas realidades, o que nem sempre é fácil. Segundo a médica, muitas famílias esbarram na falta de conhecimento sobre o problema, de acesso à atendimento, preconceitos, padrões e conflitos familiares pré-existentes, condições socioeconômicas ruins, entre outros motivos.
Nesse sentido, o trabalho realizado em terapia familiar, ajuda as famílias no entendimento do problema dos filhos e no funcionamento como grupo, identificando fragilidades e potencialidades, para, então, planejar as mudanças necessárias. “Na maioria das vezes, as primeiras intervenções são realizadas com os pais, que, hierarquicamente, são responsáveis pelo sistema familiar e, não raramente, adoecem tentando dar conta do tratamento dos filhos. Assim, melhorando o funcionamento dos pais a família também funciona melhor”, explica a professora.
Ana ressalta que a abordagem familiar oportuniza uma visão sistêmica de como os relacionamentos influenciam na saúde, inclusive individual, tornando as intervenções mais efetivas. Contudo, este serviço oferecido na Apae não beneficia só as famílias atendidas, mas também contribui com a formação dos acadêmicos que atuam nesta iniciativa. “Pretende-se, desta forma, que os futuros médicos aprendam a utilizar estas ferramentas em diversas situações clínicas da sua prática, principalmente naquelas que envolvam o cuidado de crianças ou pessoas com limitações, pois as relações familiares influenciam diretamente neste cuidado”, salienta a médica, informando que em tempos de pandemia de covid-19, são realizados cerca de 25 atendimentos por mês, mas esse número costumava ser o dobro antes da pandemia.
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