Extensão

Robótica: área com destaque na educação aproxima jovens das tecnologias

10/12/2021

13:00

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Carla Vailatti e Divulgação

Desenvolvido pela UPF, projeto de extensão Olimpíada de Robótica Educativa Livre integra estudantes de escolas do município e da região em provas e desafios

A robótica é a área responsável pelo estudo de tecnologias associadas a concepção e a construção de robôs, os quais podem contribuir com a realização de atividades nos diversos segmentos da sociedade. O ramo tem se destacado no ambiente educacional devido as várias possibilidades de aprendizagem. Na Universidade de Passo Fundo (UPF), ele se faz presente por meio do projeto de extensão Olimpíada de Robótica Educativa Livre, que objetiva promover o ingresso e a utilização da robótica livre na Educação Básica, na rede de educação do município e da região.

Com cerca de 10 anos de existência, o Projeto aproxima crianças, jovens e professores das tecnologias digitais através de uma competição com provas e desafios sobre robótica e automação de processos. Nela, os participantes são estimulados a desenvolver soluções criativas para o que é proposto, como, por exemplo, a aplicação da robótica no cotidiano. As ações contam com a assessoria de acadêmicos bolsistas de extensão e pesquisa e de docentes da UPF.

Conceitos da robótica foram utilizados para a construção de um equipamento como a roda-gigante

Segundo o coordenador, professor Dr. Marco Antônio Sandini Trentin, a ideia de levar essa importante ciência para as escolas, por intermédio de uma disputa saudável, surgiu quando o docente teve contato com o Arduino, que é uma placa controladora para ser usada em práticas amadoras, como hobby e na educação. “Percebi que o equipamento poderia trazer benefícios para a educação, já que é barato e de fácil apropriação de seu funcionamento”, conta.

Arduino

A partir disso, Trentin e a equipe do Grupo de Estudo e Pesquisa em Cultura Digital (Gepid) formataram desafios de robótica com o propósito de levá-los para as escolas públicas, desmistificando que essa área do conhecimento é cara, complexa e difícil. “Convidamos professores e os orientamos a formar equipes de quatro a cinco alunos para participar de provas. Inicialmente, nestas provas, era preciso programar robôs construídos pela UPF, de maneira a gerar códigos para que esses robôs percorressem algumas trilhas e fizessem determinadas atividades, como controlar motores e acender luzes a partir de dados obtidos de sensores”, lembra, salientando que, com o passar dos anos, a Olimpíada foi e é atualizada.

Centenas de alunos participaram do Projeto
Antes da pandemia, as ações da Olimpíada de Robótica aconteciam presencialmente, porém, as últimas edições ocorrem remotamente. No decorrer dessa última década, o Projeto já envolveu dezenas de escolas e cerca de 700 estudantes de Passo Fundo e região, entre eles os alunos Bruno de Almeida, Amanda Cristina Lauer e Gefferson Calebe Marafon Rodrigues, da Escola Estadual de Ensino Médio Anchieta, de Marau.

Integrante da equipe Coffee Cups, Gefferson comenta que o seu grupo passou por diversas etapas e vários obstáculos durante a participação na competição. “Aprendemos muito sobre trabalho em equipe. Foi uma grande oportunidade de reconhecimento para nós e também para a escola”, disse.

Equipe da Escola Estadual de Ensino Médio Anchieta

De acordo com a professora da Escola Anchieta, Cristiane Pissolatto, a robótica é um método de aprendizado que faz o aluno realizar pesquisa, descoberta e construção de vários conhecimentos nas áreas de Matemática e Física, estimulando o raciocínio lógico e assumindo o protagonismo do conhecimento. “As ações evidenciam ao aluno que é possível criar e desenvolver essa tecnologia com os mais diferentes objetos, os quais aparentemente não teriam mais utilidade, e os mesmos voltam a ser úteis com criatividade e conhecimento”, observa.

A robótica desenvolvida pela UPF, para a educadora, é importante para que os jovens tenham acesso a essa tecnologia teórica e aos primeiros materiais que fazem parte de sua construção. “Participar da Olimpíada de Robótica da UPF faz com que escola e Instituição se unam. Isso proporciona aos estudantes um crescimento em conhecimento, a troca de informações entre outras escolas, a socialização entre os alunos e equipes e estimula a descoberta de um caminho profissional”, afirma.

A automação como possibilidade de atuação
O destaque na área da educação demonstra a importância da robótica na atualidade. Conforme Trentin, o trabalho desenvolvido com os estudantes permite que os jovens percebam que é possível trabalhar com inovação, mesmo estando na educação básica, e queiram seguir carreira.

Sobre o mercado de trabalho da robótica, o docente complementa que o ramo também pode ser chamado de automação. “Se formos ver o mercado de trabalho a nível mundial, e no Brasil não é diferente, a automação é muito forte. O que pode ser automatizado, está sendo automatizado ou vai ser. Nesse sentido, a robótica permite que processos repetitivos, sensores ou ações sejam comandadas por motores”, pontua.

Por fim, a professora Cristiane enfatiza que a escola tem como desafio estimular a formação dos estudantes na área da automação, visando uma oportunidade profissional.