Ritmo, agilidade e velocidade para acompanhar o mercado

Em sua quarta edição especial desenvolvida para as regiões Norte e Noroeste do Rio Grande do Sul, o Anuário ARQ Arquitetura e Decoração destaca os trabalhos desenvolvidos na arquitetura e design de interiores. Desde 2019, o material conta com uma banca formada por professores do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UPF que avaliam os trabalhos que serão publicados na edição. Na noite desta terça-feira, 31 de janeiro, profissionais, professores e estudantes participaram do lançamento do livro. 

O levantamento é realizado por meio de um processo idôneo, onde os avaliadores não sabem a autoria dos projetos. Depois de avaliados, os mais bem pontuados e classificados são convidados a integrarem o livro. Presente no evento, a reitora da Universidade de Passo Fundo, Dra. Bernadete Maria Dalmolin, destacou a importância do encontro e da formação constante para todos os profissionais. “É uma honra estarmos nesse processo também, com profissionais tão competentes, que traduzem sonhos e subjetividades em conforto e bem-estar, num cuidado especial com a vida. A UPF, nesses 55 anos de história, já formou muitos profissionais nessa área e temos muito orgulho disso. Orgulho de encontrar pessoas que ao desenvolverem o seu fazer, desenvolvem também os seus ambientes e suas cidades. Nosso desejo é que continuem triunfando”, destacou.

O diretor do Instituto de Tecnologia (Itec), Dr. Carlos Leonardo Sgari Szilagyi também esteve acompanhando o evento.

Mudanças constantes
Carlos Ferreirinha, ex-presidente da Louis Vuitton da América Latina e CEO da MCF Consultoria, empresa especializada em consultoria de mercado de luxo, foi o palestrante da noite. Em sua fala, abordou a inteligência por trás das estratégias das grandes marcas mundiais para atrair e gerar valor aos produtos.

Ferreirinha destacou que o mundo exige dos profissionais agilidade, velocidade e ritmo, mas não apenas na realidade pós-pandemia ou guerra (pontuando o conflito entre Rússia e Ucrânia), e sim, nos últimos 20 anos. “A transformação digital acelerou processos e nos fez esquecer de questões importantes como as redes sociais e os atuais conceitos de comunidade. Acreditamos no crescimento do e-commerce, mas esquecemos que já fazíamos isso há anos. Focamos no meio ambiente, mas não lembramos que marcas já faziam movimentos na década de 1990. Nós focamos nas mudanças atuais e esquecemos dos sinais enviados nos últimos 20”, ressaltou, pontuando que todos pertencem a uma trama mundial que envolve todos e que desafia todos os profissionais. 

O CEO da MCF Consultoria ponderou ainda que os profissionais de hoje precisam estar sempre em transformação, buscando conhecimentos. Vindo de uma família de professores e tendo o sobrinho como secretário de educação do Rio de Janeiro, ele frisou a importância da busca pelo aperfeiçoamento. “O mundo vive uma poli-crise, onde cada luga passar pelos seus desafios. Olhar para o futuro não é tão claro. Estamos no limite das incertezas. Não temos previsibilidades e isso nos força a buscar competências que ainda não temos, e ir atrás de conceitos antigos, como a ideia de que ‘mudar é a única constante’. Os mais bem-sucedidos serão aqueles que conseguirem compreender e traduzir aquilo que ocorre nas suas realidades”, frisou.
 

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