Universidade

Reitor da UPF fala sobre filantropia em debate realizado na UPF

29/04/2017

19:30

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Gelsoli Casagrande e Natália Fávero

A Universidade de Passo Fundo (UPF) sediou nesta sexta-feira, 28 de abril, debates sobre as reformas da Previdência e Trabalhista. A atividade integra a agenda do movimento convocado pelas centrais sindicais em defesa dos direitos previdenciários e trabalhistas e contra a terceirização. Na UPF, a ação aconteceu pela manhã e à noite, no auditório da Biblioteca Central, no Campus I.

O reitor da UPF, José Carlos Carles de Souza, foi um dos participantes do debate e falou sobre filantropia. De acordo com ele, atualmente, as instituições de ensino, saúde e assistência social prestam relevantes serviços à comunidade por conta da ausência do pagamento das cotas patronais previdenciárias. Se as instituições tiverem que recolher esses tributos, muitos desses serviços deixarão de ser oferecidos. “ A filantropia está presente de forma efetiva na UPF. Somente cerca de 30% dos alunos da Universidade pagam mensalidade integral, os demais têm algum tipo de benefício. O recolhimento desses tributos causará afastamento de alunos e, por outro lado, muitos cursos para os quais oferecemos bolsas e têm Prouni, por exemplo, não poderão mais ser mantidos. Consequentemente, professores também serão afastados, porque cursos terão que ser fechados”, explicou o reitor.

Já os advogados Airton Rafael Bier e Júlio Caetano Ramos abordaram as reformas Trabalhista e Previdenciária. “Qual a motivação política e econômica? Quais os grandes interesses por trás dessas reformas? Acho que é isso que a população brasileira deve ter noção. Como um Congresso, sem ouvir a opinião pública e os interessados, resolve, em uma noite, alterar 117 artigos da CLT, mudando radicalmente a matriz normativa de trabalho”, salientou Ramos.

O advogado Airton Rafael Bier também comentou as reformas. Na opinião dele, as reformas trarão um prejuízo acentuado para o trabalhador. “A mídia vem divulgando que não será mexido no décimo terceiro, no FGTS e nas férias, e, de certa forma, não mexerá. O que acontecerá é que quando houver inadimplência do empregador nesses quesitos, o trabalhador não vai ter como cobrar. Eles fizeram uma amarração processual que vai impedir o trabalhador de ter reconhecidos os seus direitos”, pontuou o advogado, enfatizando que é apartidário e que analisou tecnicamente o substitutivo ao Projeto de Lei 6.787/16.

Participaram da atividade acadêmicos, professores e funcionários da Instituição e demais interessados. Também estiveram presente representantes do Sindicato dos Professores do Ensino Privado do RS (Sinpro) e do Sindicato dos trabalhadores em estabelecimentos de ensino de Passo Fundo e Região do RS (Sintee), entre outras entidades.

 

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