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Nômades digitais: área de TI permite conhecer o mundo enquanto trabalha

12/11/2018

16:18

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Arquivo pessoal

Egresso da UPF conta como atua no desenvolvimento de aplicativos para dispositivos móveis ao mesmo tempo em que viaja pela América do Sul a bordo de um motorhome

O termo não é novo, foi publicado pela primeira vez em 1997, mas só há pouco tempo as empresas começaram a entender – e a contratar – os chamados nômades digitais. O termo é utilizado para definir pessoas que utilizam a tecnologia para trabalhar de forma remota sem depender de um endereço fixo. Normalmente, nômades digitais são pessoas que escolhem um estilo de vida diferente, com mais liberdade, permitindo que trabalhem em qualquer horário, de qualquer parte do mundo. E cada vez mais os nômades digitais têm deixado de ser minoria. Um estudo da Fast Company estima que, até 2020, 34% das empresas britânicas terá metade dos seus trabalhadores em regime remoto. 

E ser um nômade digital foi a escolha do egresso do curso de Ciência da Computação da Universidade de Passo Fundo (UPF) Dimas Gabriel. Hoje, ele vive com a esposa em um motorhome e viaja pela América do Sul contando essa aventura na página “Quintal no Mundo”. Paralelamente a isso, Dimas é desenvolvedor mobile e participa da construção de aplicativos para os sistemas iOS e Android, que são utilizados por pessoas no mundo todo. 

Quintal no Mundo
Dimas conta que, antigamente, ele enfrentava uma rotina que envolvia o deslocamento até um escritório onde fazia exatamente o trabalho que faz hoje. “Hoje em dia, o número de vagas para trabalho remoto vem aumentando e as próprias empresas já estão se dando conta de que isso é benéfico para elas também, já que os custos de um funcionário convencional não existem e é possível contratar profissionais qualificados mesmo que eles não estejam próximos à empresa”, explica. 

A ideia de embarcar em uma aventura e viajar pela América do Sul era um sonho antigo de Dimas e da esposa. Foi no ano de 2015, quando o desenvolvedor já trabalhava de casa há pelo menos três anos, que eles decidiram colocar em prática esse sonho. Venderam tudo que tinham, juntaram suas economias e compraram um motorhome. De lá para cá, surgiu o “Quintal no Mundo” e os dois já rodaram uma boa parte da América do Sul com sua casa sobre rodas. “Já passamos por todo Brasil, Uruguai, Argentina e Chile. Nossa casa sobre rodas é autossuficiente, com energia solar, caixa de água de 500 litros e banheiro completo. Isso possibilita uma economia com diárias em hotéis e campings, e nos dá uma sensação de estarmos em casa, de termos ‘nosso canto’, mesmo viajando”, garante. 

Segundo Dimas, o casal, em geral, percorre distâncias curtas entre uma cidade e outra, que levam de um a dois dias. “Procuramos ficar parados por, no mínimo, uma semana para que eu possa trabalhar e ter tempo de conhecer os locais ao mesmo tempo”, afirma, garantindo que sua rotina de trabalho não é muito diferente de outras. “Para mim, só funciona se eu tiver um horário pré-estabelecido para trabalhar e outro para conhecer os locais que visitamos. É preciso respeitar esses horários e ter foco, caso contrário, as tentações em pular o trabalho são grandes”, completa. 

Mercado de portas abertas
Para o egresso, a principal vantagem de ser um nômade digital é a liberdade com que se relaciona com o trabalho. “Minha produtividade subiu bastante a partir do momento que virei um nômade digital e para mim isso se deve ao fato de o meu nível de estresse com o trabalho ter diminuído significativamente. Sobre desvantagens, eu diria que são as mesmas de qualquer trabalho remoto, sendo que a principal para mim é não ter contato físico com outros profissionais e com o time com o qual você está trabalhando”, ressalta. 

Na opinião de Dimas, a área de TI é, hoje, uma das poucas em que o número de vagas e oportunidades é maior do que o número de profissionais disponíveis no mercado. Por isso, existe uma demanda muito grande por profissionais qualificados e os salários pagos para esses profissionais em geral são muito bons. “Minha dica para ter sucesso é aproveitar ao máximo a graduação, ser curioso e o quanto antes participar de um estágio ou projeto de pesquisa. Em computação, é preciso sair da teoria e colocar os conceitos em prática o mais cedo possível. É a melhor forma de aprender e ganhar conhecimento. Para viver uma experiência como a minha, é preciso ter coragem e tentar. Se for desistir, desista depois de ter tentado, nunca antes”, finaliza. 

Quer conhecer um pouco mais da experiência de Dimas? Acesse a página do Quintal no Mundo

Vestibular de Verão UPF
Para quem deseja se aventurar como o Dimas e se tornar um nômade digital, a UPF está com inscrições abertas para o Vestibular de Verão para o ingresso em três cursos na área de TI: Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Ciência da Computação e Engenharia de Computação. Além dessas, também há outras 55 opções de cursos. As inscrições encerram hoje, dia 12 de novembro, e devem ser feitas pelo site vestibular.upf.br. Estão disponíveis vagas em Passo Fundo e nos campi de Carazinho, Casca, Lagoa Vermelha, Sarandi e Soledade. A prova do Vestibular de Verão da UPF será no dia 17 de novembro, às 14 horas.