Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Jéssica França
Grupo que participou da Operação Parnaíba recebeu certificado de participação no projeto
Transformar pessoas para que se tornem agentes de transformação é uma das missões da Universidade de Passo Fundo (UPF). A oportunidade de conhecer diferentes realidades, vivenciando as dificuldades enfrentadas, a cultura, a linguagem e a batalha para uma vida melhor, foi proporcionada aos acadêmicos de oito cursos de graduação da UPF, que participaram do Projeto Rondon – Operação Parnaíba. Nesta sexta-feira, 8 de março, o grupo foi recepcionado na Sala de Reuniões da Reitoria, pelo vice-reitor de Extensão de Assuntos Comunitários, professor Dr. Rogério da Silva, que entregou os certificados de participação no projeto aos participantes.
O Conjunto A da operação abrangeu as áreas de Cultura, Direitos Humanos e Justiça, Educação e Saúde. Durante o encontro, os estudantes e professores relataram histórias sobre a vivência, destacando as percepções que tiveram sobre a realidade do município de Morro do Chapéu, onde ocorreu a operação no Piauí. “A UPF tem uma tradição no Projeto Rondon e ao ouvir os depoimentos de cada estudante, podemos ver o quanto esse projeto transforma o acadêmico, que vai levar para sua vida o que conheceu durante esses dias. Então um resultado fantástico e a gente espera que mais estudantes possam participar”, comentou o vice-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários.
Operação
Em cada operação, os rondonistas têm a oportunidade de levar conhecimento, mas também de aprender sobre a cultura do local da população. De acordo com o coordenador do grupo, professor Me. Rodrigo Marciano da Luz, o grupo que participou da operação - que teve início no dia 18 de janeiro e encerrou no dia 3 de fevereiro - abordou 33 temáticas em diversas oficinas e minicursos, realizando um total de 1.039 atendimentos para uma população de 6.690 habitantes do município. “Foram praticamente 20 dias na cidade realizando oficinas. Foi uma experiência de muita responsabilidade, porque a UPF já tem um histórico de 20 operações no Rondon. Mas a operação foi um sucesso, nossa equipe juntamente com a da Fundação Hermínio Ometto, que é outra universidade do Conjunto B, conseguiu interagir e desenvolver um trabalho muito bom em conjunto”, contou.
A professora Maria Lucia Dal Magro, que também acompanhou o grupo, salienta que a união da equipe somada a preparação dos acadêmicos e das oficinas antes da ida a operação também foi importante para o sucesso do trabalho. “Foi preciso fazer alguns ajustes para trabalhar as oficinas com a comunidade, considerando que é um município que tem condições precárias com relação a questão socioeconômica, não tem empregos no próprio município, então muitos jovens estão desempregados. Com isso, a população se torna muitas vezes sensível a outras formas e oportunidades, mas o projeto foi importante, porque os jovens foram sensibilizados ao Rondon, participando das oficinas”, destacou.
Experiência transformadora
Para a acadêmica do curso de Fisioterapia, Laura Zanchet, a experiência foi transformadora. “Saímos daqui com uma expectativa, mas a operação superou todas, foi emocionante, todo mundo voltou realizado, transformado, com certeza com uma bagagem bem maior de experiências, aprendizados, muitas emoções”, disse.
O grupo renovou suas concepções de mundo, pois conheceu de perto a realidade de um município que possui condições financeiras e sociais deficitárias em virtude da seca e do desemprego da população. “O Rondon proporciona o entendimento de que todos nós somos realmente irmãos, irmãos da terra, do Brasil, não existe o Sul ou Nordeste, todo mundo tem o mesmo valor, fazendo parte deste país gigantesco. Voltei para casa me sentindo mais patriota, mais humano, acho que esse foi é o maior objetivo do Rondon, deixar a gente mais humano, tendo mais empatia com o próximo”, observou Henrique Rossi de Souza, recém-formado pelo curso de Nutrição da UPF.
A acadêmica do curso de Farmácia, Kielli Guerra, também relata a emoção de participar de um projeto com essa natureza. “Já havia feito algumas experiências de imersão, achei que não teria uma emoção tão forte, mas foi superior. O que mais me chamou a atenção é a capacidade de resiliência das pessoas, um povo que é muitas vezes esquecido pela sociedade no geral. Percebi com essa experiência que somos privilegiados, temos muito. Lá o povo vive da ajuda do governo, são muito humildes, então foi possível ver como aquele povo é resiliente, como eles conseguem com o pouquinho que eles têm se transformar, gerar frutos e nos trazer esperança, mostrando que com um pouco de cada um, a gente consegue fazer muita coisa”, afirmou.
Rondonistas
A equipe que participou da Operação Parnaíba foi composta pelos acadêmicos: Adrieli Carla Prigol (Enfermagem), Bruna Saccardo Rocha (Psicologia), Diandra Sachetti (Odontologia), Elizandro Baccin (Pedagogia), Flávia Mazotti (Medicina), Henrique Rossi (Nutrição), Kielli Guerra (Farmácia), Laura Zanchet (Fisioterapia); e pelos professores Me. Rodrigo Marciano da Luz e Maria Lucia Dalmagro.
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