Universidade

Eclipse solar: a Física explica

01/07/2019

16:05

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Alessandra Pasinato

Alinhamento do sol, lua e terra ocorre nesta terça-feira, 2 de julho e, conforme professor da UPF, poderá ser visto no sul do Brasil, por volta das 16h30min até 17h40min

Os fenômenos da natureza são vistos como superstição por alguns, pelos olhos da ciência por outros, ou simplesmente admirados por muitos. Dentre esses fenômenos estão os eclipses. Quem olhar para o céu na meia tarde desta terça-feira, dia 2 de julho, poderá admirar um eclipse solar, que terá 60% do sol encoberto. O professor do curso de Física da Universidade de Passo Fundo (UPF), Dr. Álvaro Becker da Rosa, explica que o fenômeno inicia por volta das 16h30min e se estende até as 17h40min, e informa que o horário exato para a visualização depende da localização. “Nesse intervalo de tempo, o eclipse poderá ser visto no sul do Brasil, na Argentina e no Chile”, registra ele.

Muitas culturas antigas associavam os eclipses a catástrofes ou acontecimentos de muita repercussão, conforme o professor. Ainda hoje, segundo ele, existem associações com astrologia, mas à medida que a sociedade evolui em conhecimento, também vai abandonando as crendices populares. “Aos poucos, deixamos de admirar o céu apenas pelo seu aspecto ‘romântico’ para perceber e se apaixonar pela maravilha do Cosmo e a regularidade das leis científicas”, explica.

Muitas observações sobre eclipses e outras particularidades do céu foram realizadas em épocas em que não havia nenhum recurso disponível além dos olhos e do pensamento. “Devemos ver a ciência, portanto, como um caminho e não um destino, e é fascinante perceber o conhecimento que acumulamos ao longo da história da humanidade”, destaca Becker. Segundo ele, os eclipses ocorrem em intervalos regulares e em geral se repetem em cerca de 18 anos em um mesmo local, conforme a série Saros, estabelecida pelos babilônios há muito tempo.

Alinhamento

Um eclipse ocorre quando o sol, a lua e a Terra estão alinhados. “Quando a Terra está no meio e projeta sombra na lua, ocorre um eclipse lunar. Quando a lua está no meio e projeta sombra na Terra, como será o caso amanhã, ocorre um eclipse solar”, informa. De acordo com o professor, os eclipses podem ser totais, quando a lua cobre completamente o sol, ou parciais, quando apenas uma parte do sol é coberta. “Nesta terça-feira, ocorre um eclipse parcial, com aproximadamente 60% do sol encoberto”, frisa Becker.

Para visualizar o fenômeno, o professor orienta que é necessário ter cuidado, pois olhar o sol diretamente pode causar lesões ao olho e que óculos escuros não são suficientes. “Deve-se observar com cuidado através da parte escura de chapas de raio-x, ou se possível – e mais indicado – através de uma máscara de solda elétrica utilizada em serralherias, com vidro de intensidade 9 ou superior”, enfatiza o docente.