Extensão

Ação de combate à desigualdade de gênero da Faculdade de Direito é premiada

11/03/2021

09:34

Por: Assessoria de Imprensa

Atividade proposta pela professora Dra. Josiane Petry Faria e pela acadêmica Rafaélli Giotto foi premiada como destaque na 3ª Edição do Prêmio Esdras de Ensino do Direito da FGV

Passo Fundo é um dos municípios gaúchos com maior número de registros de ocorrências em virtude da violência contra a mulher. Situação que se agravou ainda mais neste período de pandemia de Coronavírus. Com o intuito de proporcionar um olhar crítico dessa realidade, professores e acadêmicas da Faculdade de Direito da Universidade de Passo Fundo (UPF), por meio de proposta de autoria da docente Dra. Josiane Petry Faria e da acadêmica Rafaélli Giotto, realizaram uma ação relacionada à desigualdade de gênero colocando os conteúdos da área de criminologia a serviço do Programa de extensão Projur Mulher e Diversidade da UPF. O resultado do trabalho foi reconhecido na 3ª Edição do Prêmio Esdras de Ensino do Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e foi premiado como destaque.

O Prêmio Esdras tem por objetivo reconhecer práticas de ensino jurídico participativo nas universidades brasileiras e fortalecer a metodologia de ensino de cursos jurídicos que adotam o protagonismo do estudante como base de todo o processo de aprendizagem. A atividade premiada da UPF envolveu um estudo profundo sobre desigualdade de gênero, por meio de leitura crítica, analisando a realidade e os níveis de vulnerabilidade. As acadêmicas e professores da graduação e do Programa de Pós-Graduação em Direito pesquisaram e passaram por uma formação prévia sobre o tema. 

O trabalho culminou com a produção de um vídeo incentivando as mulheres a procurarem ajuda. O vídeo foi publicado nas redes sociais do Projur Mulher e da UPF. Além disso, foi realizada a divulgação do assunto na imprensa local, discussão do tema em sala de aula e debate na webinar. “Realizamos atividade, na qual as acadêmicas, especialmente a Rafaélli, por meio de vídeo pode fazer informação, conscientização e sensibilização para a violência de gênero, onde o som é exclusivamente musical possibilitando que as mulheres que não tinham condições de escutar essas informações, porque estavam na presença do agressor, pudessem se informar e buscar ajuda”, salienta a professora Josiane, autora da proposta.

A acadêmica Rafaélli enfatiza a importância da ação para ajudar as mulheres vítimas de qualquer tipo de violência. “Foi gratificante fazer essa tarefa em especial, pois com a chegada da pandemia e do isolamento social a violência contra a mulher aumentou de maneira significativa. Queríamos demonstrar que elas nunca estariam sozinhas, que estávamos sempre juntas e continuaríamos fazendo o atendimento on-line para a comunidade”, explica a estudante, que também destacou a importância e o orgulho desse prêmio. “É com imensa felicidade que recebemos esse prêmio. Para mim foi muito importante enquanto acadêmica de Direito poder participar do Projur Mulher e Diversidade, aliando a teoria com a prática, podendo desenvolver atividades incríveis ao longo da faculdade”, disse Rafaélli, enfatizando a sua gratidão à Universidade, ao Projur e aos professores pela oportunidade.

- Assista o vídeo realizado na ação premiada:

Protagonismo dos estudantes
A professora Josiane destacou ainda o protagonismo das acadêmicas envolvidas na ação. “O reconhecimento do Prêmio Esdras foi muito importante porque se trata da visibilidade do trabalho realizado com protagonismo das nossas acadêmicas que por meio da sensibilidade e da competência delas foi se percebendo as diferentes mulheres, diferentes realidades e suas necessidades”, ressalta.

A professora da Faculdade de Direito, também do Projur Mulher, Dra. Karen Beltrame Becker Fritz, que acompanhou todo o projeto, destacou a importância da interação e a produção de conteúdo pelos próprios acadêmicos como ferramenta fundamental da construção eficiente da relação ensino-aprendizagem, incentivando a pesquisa, a participação junto à comunidade, a exploração da criatividade metodológica e o entendimento dos diferentes níveis de vulnerabilidade social. Viabiliza a redução do abismo existente entre teoria e prática e a  implementação dos direitos humanos no cotidiano. “Reconhecemos a indissociabilidade entre ensino-pesquisa e extensão, entendendo que a missão da Universidade é formar cidadãos para transformar o mundo. A atividade premiada se inseriu nesse objetivo institucional de caráter humano”, afirma a professora.

Reconhecimento ao trabalho do Projur
A premiação é também um incentivo e reconhecimento ao trabalho do Projur. “Essa premiação incentiva o corpo docente do Projur a seguir oferecendo serviços de qualidade à comunidade, com a participação dos acadêmicos da Faculdade de Direito que podem, no decorrer do estágio realizado no nosso programa de extensão, enfrentar situações reais, muito semelhantes àquelas com as quais irão se deparar no exercício da atividade jurídica”, garante Karen.

O Projur Mulher e Diversidade atua há 16 anos no apoio e auxílio de mulheres em situação de violência, seja física, verbal ou moral, em todos os cenários da sociedade. O atendimento é gratuito. Atende de segunda a sexta-feira, das 13h30min às 17h30min, por meio de diversos canais, entre eles perfis no Instagram, Facebook, bem como pelo e-mail projurmulher@upf.br e ainda pelo whats (54) 99202-5145. Por esses canais, também é possível realizar agendamento presencial, que ocorre nas quartas-feiras.