Jornada

Jornadas Literárias: um acervo de quatro décadas

20/10/2021

14:55

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Camila Guedes

Obras de autores que passaram pelas 16 edições das Jornadas Literárias formaram um rico acervo nestes 40 anos de história

Coordenadora da Biblioteca Pública Municipal Arno Viuniski de Passo Fundo,
Vanessa Hickmann, comenta o impacto das Jornadas no acervo local

Quase mil escritores já passaram pelas Jornadas Literárias de Passo Fundo, que neste ano completa 40 anos. Suas obras permanecem até hoje nas escolas, nas bibliotecas e nas casas de leitores. Um dos legados das Jornadas é esse rico acervo, que vai se constituindo a cada edição desta movimentação cultural e literária. Na próxima semana, nos dias 26, 27 e 28 de outubro, o público poderá rever alguns autores que estiveram nas Jornadas como Alckmar Luiz dos Santos, Cíntia Moscovich, Elisa Lucinda, Flávio Carneiro, Julián Fuks, Luís Augusto Fischer, Maria Esther Maciel, Marina Colasanti, Ricardo Azeredo e Roger Mello. O encontro on-line é aberto à toda comunidade e será transmitido ao vivo pelo Youtube. A programação completa pode ser acessada em www.upf.br/jornada40anos

“Esse é da Jornada”! “Ah, esse é do Livro do Mês”! “Esse é da Jornadinha”! E foi assim que a coordenadora da Biblioteca Pública Municipal Arno Viuniski de Passo Fundo, Vanessa Hickmann, começou a mostrar de prateleira, em prateleira o quanto as Jornadas Literárias impactaram no acervo local, com incontáveis obras de autores que estiveram nas edições da movimentação literária. Muitos foram os livros adquiridos em razão das Jornadas pela Prefeitura de Passo Fundo, também promotora da iniciativa.

“A Biblioteca esteve sempre presente, desde as Pré-Jornadas até enquanto as Jornadas estavam acontecendo. Para que as crianças fossem preparadas até às loninhas para encontrar os escritores, existia a Pré-Jornadinha, na qual as crianças liam as obras antes do evento. Essas obras passavam pela Biblioteca”, destaca Vanessa, explicando que, em tempos de Pré-Jornada e Pré-Jornadinha, os livros passam por um sistema de rodízio entre as escolas por meio das Sacolas Literárias, projeto que ultrapassa o período das Jornadas e é algo permanente na Biblioteca até hoje.

Formada em Letras pela UPF, a coordenadora da Biblioteca vivenciou muitas edições da Jornadas. Além disso, já participou de espetáculos de abertura e foi agente de leitura nas escolas, mediando e promovendo a leitura em sala de aula. “Quanta coisa eu conheci nas diversas artes e manifestações e linguagens através da Jornada. Nunca me esqueço de shows que eu assisti, eu vi o Tom Zé, o Chico Buarque. Que lindo esse movimento que a Jornada sempre proporcionou”, comenta Vanessa.

Das 16 mil obras da Biblioteca, boa parte do acervo abrange livros de autores das Jornadas. Impossível precisar quantas obras tem essa ligação, mas a estimativa é alta. “Acredito que, no mínimo, 25% do que teve na Jornada ou até mais, temos aqui”, revela a coordenadora da Biblioteca.

Esses livros continuam a rodar entre as escolas e comunidade. Um legado que tem o poder de transformar a vida das pessoas e de uma cidade por meio da leitura e da literatura.

“Uma pessoa que teve a oportunidade de participar de uma Jornada, consegue confirmar o quanto a literatura é importante para a formação de qualquer cidadão que deseja ser uma pessoa atuante, que tenha pensamento crítico, que busque através da leitura uma forma nova de ver a realidade e de transformar ela também”, afirma Vanessa.

Um legado de livros, memórias e histórias
Com o objetivo de motivar o encontro entre os leitores e um enorme acervo de livros, artes, memórias e leitura, que envolveram as Jornadas em quatro décadas, uma programação especial promove Rodas de Leitura e Rodas de Memórias. Os encontros das Rodas são espontâneos, registrados em redes sociais com imagens e textos que demonstrem o que realmente aconteceu e documentem a movimentação dos leitores da Jornadinha. A única regra é fazer isso e marcar a página da Jornada Nacional de Literatura no Facebook. Saiba mais em upf.br/jornada40anos.

A ideia é reviver experiências pela leitura das obras dos autores que estiveram nas Jornadas.

“Após quarenta anos de trabalho, o acervo de tantos livros de tantos autores está nas bibliotecas públicas, escolares e na biblioteca da Universidade, mas também repousa na imprevisibilidade das casas dos leitores. De certa forma, os livros se espalharam, descansaram nas estantes catalogadas e nas prateleiras de guardados afetivos das pessoas que viveram as Jornadas. Agora, na referência a quatro décadas de Jornadas Literárias, é hora de revitalizar acervos e lembranças”, declara um dos coordenadores das Jornadas Literárias, professor da UPF Dr. Miguel Rettenmaier.

As atividades em alusão aos 40 anos das Jornadas Literárias são promovidas pela Universidade de Passo Fundo (UPF) e Prefeitura de Passo Fundo com patrocínio da Corsan, apoio do Programa Nacional de Assistência ao Ensino (PNAE) e Sesc como parceiro cultural.