Pesquisa e Inovação

Fibrose Cística é tema de pesquisa na UPF

28/11/2018

11:36

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Divulgação/UPF

Acadêmica Aline Santos, do VI nível do curso de Ciências Biológicas, avalia tecidos que manifestam a doença e busca fornecer subsídio para o desenvolvimento de terapias personalizadas

A Fibrose Cística é uma doença genética e congênita, mais frequente na população de origem caucasoide, e que vem sendo cada vez mais estudada com o propósito de identificar meios personalizados para seu tratamento. A nível genético, há mais de 2 mil mutações no gene CFTR, o qual codifica uma proteína reguladora da condutância transmembrana relacionada ao balanço iônico das células. Essas mutações promovem o desenvolvimento da doença. Uma pesquisa sobre o tema está sendo desenvolvida pela acadêmica Aline Santos, do VI nível do curso de Ciências Biológicas do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Passo Fundo (ICB/UPF). O estudo é realizado na disciplina de Iniciação à Pesquisa, orientado pelo professor Dr. José Eduardo Vargas.

A acadêmica, ao realizar a pesquisa, busca detalhadamente resultados em diferentes tecidos que manifestam a mesma doença. O projeto de pesquisa tem como objetivo associar genes normais e os que possuem a doença, informando os resultados obtidos aos profissionais da área para promover uma melhor qualidade de vida, desenvolvendo terapias personalizadas e também compreensão aos portadores da doença Fibrose Cística, que é incurável. “Os sintomas da doença são diversos, incluindo dificuldade respiratória, infecções frequentes e persistentes, infertilidade, problemas digestivos, menor crescimento acompanhado de desnutrição e obstrução do íleo terminal por um muco espesso”, explica Aline.

A estudante tem colocado em prática a pesquisa por meio de técnicas de microarranjos obtidos a partir da base de dados GEO (Gene Expression Omnibus). “Softwares serão utilizados para definir os genes diferencialmente expressos entre os grupos normais e os que possuem a fibrose cística em diferentes tecidos. Análises topológicas serão desenvolvidas para definir a importância de cada gene dentro de cada rede, utilizando um conjunto de ferramentas matemáticas que permitem identificar parâmetros como proximidade, intermediação e grau de nó de cada gene analisado”, comenta ela. Para Aline, a compreensão dessas vias de sinalização em cada tecido possibilitará o desenvolvimento de terapias de tecidos específicos ou tratamentos paliativos mais direcionados para pacientes portadores dessa doença.