Animação e conhecimento na ponta do foguete

A complexidade da física e da matemática caem por terra quando é possível visualizar na prática os seus conceitos. Com esse objetivo, professores e acadêmicos do curso de Física da Universidade de Passo Fundo (UPF), por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) e do grupo de Astronomia, promove, a cada dois anos, a Competição de Lançamento de Foguetes. Em sua 4ª edição, a atividade reuniu estudantes de cinco escolas públicas para a sua final, totalizando 15 equipes (três por escola). A equipe vencedora foi a equipe da Escola Estadual de Educação Básica Nicolau de Araújo Vergueiro, que alcançou 147,3 metros de distância. Em segundo e terceiro lugares ficaram duas equipes da Escola Estadual Arco Verde, que alcançaram 147,2m e 144,9m.

Para o professor Me. Alisson Giacomelli, coordenador do evento, o grande objetivo é fazer com que os estudantes possam trabalhar em equipe, instigando a curiosidade e a vontade de aprender. “A ideia é desmistificar a física e, com isso, trabalhar também a interdisciplinaridade, uma vez que eles se envolvem com outras disciplinas no processo de construção, de organização dos materiais, da equipe. É uma forma de ajudarmos os professores das escolas a promoverem formas diferentes de aprendizado”, destacou, ressaltando que os docentes das escolas públicas também recebem formação para a competição.

A professora Eloisa Julia Colonhese Thiel, do Instituto Educacional Julia Billiart, de Chapada, acompanhou todo o processo com os estudantes. Ainda na escola, eles promoveram uma seleção interna, visto que nove equipes se inscreveram para participar. “É uma maneira de aprofundar conhecimentos e aplicar aquilo que eles têm em sala de aula. Temos a oportunidade de fazer isso de forma interdisciplinar, o que nos auxilia em todos os conteúdos”, frisou.

Já para o estudante Murillo Danielli Costa, do Instituto Educacional Cecy Leite Costa, de Passo Fundo, participar da Competição também foi uma oportunidade para que todos aprendessem a trabalhar em equipe. “A minha escola já veio outras vezes, mas para mim é a primeira vez. Foi muito legal porque tivemos que trabalhar em equipe, interagindo, e até nossos pais participaram. Além disso, construir um foguete é muito interessante e nos ajuda a visualizar na prática o que aprendemos na escola”, pontuou.

Participaram desta edição o Instituto Educacional Cecy Leite Costa, o Instituto Educacional Julia Billiart, a Escola Estadual Arco Verde, a Escola Estadual Ernesto Tochetto e a Escola Estadual de Educação Básica Nicolau de Araújo Vergueiro. 

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