PPGH recebe professor da USP para disciplina concentrada sobre História Oral
03/07/2025
11:50
Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Guilherme Severo
Com o objetivo de aprofundar os estudos em memória e metodologia de pesquisa histórica, o Programa de Pós-Graduação em História da Universidade de Passo Fundo (PPGH/UPF) promove, entre os dias 2 e 4 de julho, uma disciplina concentrada com o professor Dr. Leandro Seawright Alonso, da Universidade de São Paulo (USP). A atividade é voltada aos mestrandos e doutorandos da área e trata do tema “História oral e memória de expressão oral”.
Especialista em História Social e pesquisador com ampla trajetória no campo da História Oral, o professor Alonso destaca que essa abordagem permite olhar para a história com outro foco, “Por meio das histórias de pessoas simples do cotidiano, é possível dar vida à historiografia, trazendo para o centro do debate as impressões, subjetividades, relações e ideias que muitas vezes ficam fora da narrativa oficial”, afirma.
Como se faz História Oral?
Durante os encontros no Instituto de Humanidades, Ciências, Educação e Criatividade (IHCEC), os estudantes trabalham aspectos teóricos e práticos da História Oral. O professor orienta desde os fundamentos da memória e sua expressão oral, até as boas práticas de como aplicar essa metodologia em projetos de pesquisa. “A minha grande preocupação ao longo da semana é justamente essa: como fazer história oral de forma ética, metodológica e academicamente comprometida?”, explica Alonso.
Além de contribuir para uma nova forma de se fazer história, o método amplia as possibilidades de pesquisa em temas regionais, como a história política, cultural e social do Rio Grande do Sul, ou mesmo a experiência de eventos históricos marcantes, como guerras, ditaduras e movimentos sociais.
Memória, empatia e democracia
Ao comentar o que espera que os estudantes da UPF levem dessa experiência, o professor enfatiza a importância de valores como empatia, amizade e solidariedade, aliados ao rigor metodológico, “Que seja uma semana marcada na memória de quem estuda memória”, reflete.
O professor também compartilhou sua experiência como pesquisador da Comissão Nacional da Verdade (CNV), onde atuou tanto na análise de documentos e fontes históricas quanto na redação do relatório final. Para ele, a participação na CNV foi uma oportunidade de ajudar a elucidar episódios da ditadura militar brasileira e reforçar o compromisso com a democracia, “Queremos mais democracia para o país e muito menos um pensamento ditatorial. A UPF é um espaço democrático, onde celebramos o pensamento livre e a diversidade”, finaliza.
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