Geral

Dia da árvore: do equilíbrio à preservação

21/09/2021

09:53

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Carla Vailatti e Leornardo Andreoli

21 de setembro marca a importância das árvores para a vida na Terra.

Um símbolo da natureza, as árvores são muitas e de diversas espécies. Algumas dão frutos, outras acolhem do sol, são belas e mais do que isso, elas são importantes não somente para o equilíbrio do meio ambiente, mas são fundamentais para a vida na Terra. No dia 21 de setembro, comemoramos o Dia da Árvore, data que promove a conscientização sobre a preservação das florestas e matas. 

As árvores geram oxigênio, alimento, fibras, combustíveis e remédios que permitem a existência dos humanos e de outras formas de vida. “Elas também são essenciais para o controle da temperatura da Terra e o equilíbrio e dinâmica da água no planeta. Desenvolvem um papel importantíssimo no ecossistema, pois são responsáveis por manter mais de 50% da biodiversidade, variedade de formas de vida que podemos encontrar na terra como plantas, aves, mamíferos, insetos, entre outros.  Diminuem a poluição sonora e os ventos, mantendo a umidade do ar e a regularidade das chuvas”, explica Maritania Morgan, do Setor de Saneamento Ambiental da Universidade de Passo Fundo (UPF).

De acordo com o professor do curso de Ciência Biológicas da UPF, Dr.  Cristiano R. Buzatto, é difícil elencar as principais espécies de árvores da região de Passo Fundo, sem falar de cada uma delas, já que todas as árvores nativas têm sua importância, seja individualmente, servindo de proteção e alimento para a vida silvestre, como também na composição e manutenção da biodiversidade. “A região de Passo Fundo é caracterizada pelas florestas com araucárias, a Araucaria angustifolia é, sem dúvida, uma das principais espécies arbóreas. A espécie, além de compor uma formação florestal e que se destaca pelo seu porte peculiar, tem uma importância ecológica marcante como, por exemplo, as sementes que fazem parte da dieta de muitos animais e os ramos horizontais que servem de suporte para outras plantas (orquídeas, bromélias, cactos e samambaias) sem comprometê-la e uma ampla diversidade animal associada”, explica.

Data marca a importância da árvore para o meio ambiente


 

Campus UPF
O campus I da UPF é considerado um dos campi mais lindos das universidades no Brasil, pelo espaço e arborização do local. “Partindo da construção dos prédios iniciou-se o plantio de árvores nativas para o embelezamento e preservação ambiental e o plantio de ciprestes e eucaliptos com o objetivo de servirem como quebra ventos, já que o Campus se localiza em uma região alta e era muito aberto”, comenta Maritânia sobre a construção do Campus I. 

No campus pode-se observar que há grande predomínio de espécies nativas, em relação às exóticas, embora se constate que, quanto à questão do número de exemplares, nem sempre se mantém o mesmo nível de relação. Conforme Maritânia, em relação a vegetação nativa do Campus I, encontram-se espécies que apresentam condições especiais de cuidado e atenção, pois estão em listas vermelhas, consideradas como em risco ou ameaçadas de extinção. “Ainda, é importante lembrar que ocorrem muitas plantas epífitas, como bromélias, orquídeas, além de briófitas, liquens e pteridófitas de diferentes famílias, normalmente bioindicadoras, o que demonstra as boas condições ambientais da área”, disse Maritânia. 

Corticeira do banhado e Ipês
Na área central do Campus I há um exemplar de corticeira do banhado, destacando-se especialmente na época de floração, criando uma área cênica de contemplação e preservação, o que pode ser valorizado por se tratar de uma espécie ameaçada de extinção. “A preservação desse exemplar, na composição paisagística da arborização do Campus, permite o reconhecimento educativo, a valorização do patrimônio vegetal e a responsabilidade social. Ainda, desperta a curiosidade dos transeuntes, pelo belo exemplar florido e pouco conhecido pela grande maioria, podendo ser tema de um projeto de educação ambiental”, destaca Maritania.

Há poucos dias, os Ipês (Handroanthus spp.) estiveram em plena floração no Campus I, um cartão postal da UPF como destaca o professor Buzatto. “Na sequência, as carobas (Jacaranda micrantha), as paineiras (Ceiba speciosa) e as corticeiras-do-banhado (Erythrina cristagalli) também se destacarão na paisagem pela floração nas formações naturais e nas cidades, assim com as canelas (Nectandra lanceolata e Ocotea puberula), o araçá-do-mato (Myrciathes gigantea), o tarumã (Vitex megapotamica) e a bracatinga (Mimosa scabrella).