VIDA

O jornalista e a política

No Diário de Notícias, sob a direção de Ernesto Corrêa, Josué Guimarães trabalha entre 1944 e 1948 e assina, como D. Xicote, uma coluna de alfinetadas, com ilustrações, desenhos e caricaturas próprias.  O mesmo nome dará título a um jornal não “sério” lançado com recursos próprios, em 1949. O pseudônimo D. Xicote retornará anos depois, na década de 60, no Jornal A Hora. Seu interesse pela literatura se manifesta já em 1949, já como repórter exclusivo e correspondente na revista Cruzeiro. Embora não se integre ao Grupo Quixote, de importante atuação na poesia gaúcha, publica a crônica “Sangue e pó de Arroz” na revista Quixote. Nesse mesmo período, ingressa na política, por um curto intervalo de tempo. Em 1951, foi eleito o vereador mais votado pelo PTB, chegado à liderança da bancada e à Vice-Presidência da Câmara. Logo renuncia, contudo, ao mandato. Nesse período, conhece Nydia Moojen Machado, que trabalha na Câmara de Vereadores, com quem se unirá até o fim de sua vida e com quem terá os filhos Rodrigo e Adriana.

Em 1952, como correspondente especial do jornal Última Hora, do Rio de Janeiro, participa da primeira delegação de jornalistas brasileiros em vista a então União Soviética e à China. Sobre essa viagem escreve, em junho de 1952, a obra As muralhas de Jericó, que seria, não fosse censurado, seu primeiro livro.