Pesquisadores da UPF integram Comitê Científico de enfrentamento à Covid-19 no RS
20/04/2020
14:30
Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Assessoria de Imprensa
A partir do ponto de vista técnico, grupo realiza estudos e análises em relação ao contexto atual, prestando assessoramento ao Governo do Estado do RS
A Universidade de Passo Fundo (UPF) está representada em uma importante frente estratégica em relação ao novo coronavírus. O Comitê Científico de Apoio ao Enfrentamento da Pandemia Covid-19, formado a pedido do governo do Estado e organizado pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia, reúne pesquisadores das universidades gaúchas e autoridades científicas de diversas áreas do conhecimento relevantes para o enfrentamento do contexto atual. Entre os integrantes, estão os pesquisadores da UPF: Dr. Luiz Carlos Kreutz e Dr. Luiz Eduardo Schardong Spalding.
O grupo foi instituído pelo decreto Nº 55.129, de 19 de março de 2020, com a finalidade de prestar apoio às atividades do Gabinete de Crise e do Conselho de Crise para o enfrentamento da epidemia de Covid-19. Desde sua constituição, os especialistas já fizeram vários comunicados à sociedade gaúcha, tais como explicações das diferenças entre isolamento vertical e horizontal, uso indevido de cloroquina, a orientação sobre máscaras de acordo com a OMS e sobre testes de identificação do novo coronavírus. O comitê fornece subsídios científicos para o governo, apoiando também a área econômica e financeira do Estado para que as decisões sejam embasadas nas melhores práticas internacionais guiadas pela ciência.
De acordo com o pesquisador da UPF, Dr. Luiz Carlos Kreutz, o comitê debate inúmeros assuntos em relação as medidas que estão sendo tomadas em relação a pandemia da SARS-CoV-2/COVID. “No início, discutimos questões relacionadas a maneira com a doença poderia se manifestar no estado. Havia muitas dúvidas, poucos casos, falta de diagnóstico entre outros. Nesse cenário decidiu-se por fazer o estudo epidemiológico conduzido pela UFPel e na qual incluímos Passo Fundo como um dos locais onde seria importante conduzir o estudo, mesmo porque aqui já temos a experiência do surto de H1N1 em 2010. Na sequência, o comitê decidiu por levar informações e esclarecimentos à sociedade sobre diversos aspectos. O primeiro, relacionado ao diagnóstico, E, nesse ponto, pude contribuir muito em relação aos métodos de diagnóstico, elaboração do texto e até mesmo na construção da figura ilustrativa que acompanhou o boletim. Após, o comitê trabalhou compilando informações e fazendo relatórios sobre vários assuntos, sendo o principal o relatório do estudo da pandemia no RS.
Continuamos debatendo diversos assuntos e hoje estamos elaborando um documento para esclarecimentos, relacionados aos cuidados gerais para evitar a transmissão entre pessoas, cuidados com grupos mais vulneráveis, cuidados nos domicílios, construção civil, restaurantes, praças e ambientes abertos, saneamento básico, cuidados com os pets (animais de companhia) ”, explica.
O pesquisador, Luiz Eduardo Schardong Spalding, que também representa a Universidade de Passo Fundo, destaca que o comitê científico de apoio ao enfrentamento à pandemia da Covid-19, busca no conhecimento científico atual as informações relevantes e confiáveis para assessorar a tomada de decisões do governador do estado do Rio Grande do Sul e de suas secretarias. Uma destas secretarias é a da Saúde. Entre as preocupações desta secretaria está a engenharia clínica.
“Os engenheiros que atuam em hospitais do RS estão mobilizados e produzindo conhecimento e equipamentos para diminuir os impactos da doença no corpo clínico e nos pacientes. Alguns equipamentos de proteção individual, EPIs, foram modificados por médicos e engenheiros trabalhando em conjunto e estão sob teste de tempo de uso, conforto, segurança de expiração, entre outros. Também há pesquisas sendo elaboradas nos equipamentos de ventilação pulmonar e equipamentos de medir pressão arterial, oximetria, temperatura e Eletrocardiografia de pacientes suspeitos e confirmados, mas que estão sob supervisão em suas casas e lares de idosos. É provável que a monitoração por ligações telefônicas, hoje utilizadas, serão otimizadas com estes dados sendo recebidos automaticamente no banco de dados dos pacientes. Sob este controle de parâmetros clínicos do paciente, eles serão também necessários para acompanhar as variações ocorridas de acordo com os medicamentos aplicados aos pacientes. Estas pesquisas estão em andamento e logo que for necessário, serão discutidas no comitê científico, sugerindo às secretarias as ações pertinentes”, reitera o pesquisador.
Membros do Comitê
O Comitê Científico conta com profissionais que atuam nas estruturas do governo, em hospitais e universidades nas áreas de assistência ambulatorial e hospitalar, gestão de saúde pública, epidemiologia, infectologia e vigilância, TI, análise de dados, big data, estatística em epidemiologia, planejamento estratégico e gestão de riscos, biotecnologia e biociências, planejamento urbano, arquitetura e georreferenciamento espacial e virologia e doenças víricas veterinárias.
Confira a relação dos integrantes do Comitê Científico:
Luís Lamb - Secretário de Estado de Inovação, Ciência e Tecnologia;
Fernando Mattos - Secretário de Estado de Inovação, Ciência e Tecnologia Adjunto;
Arita Bergmann - Secretária de Estado da Saúde;
Leany Lemos - Secretária de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão;
Odir Dellagostin - Diretor-Presidente da Fundação de Amparo à pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul - FAPERGS;
Leonardo Beroldt - Reitor da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul -UERGS;
Alexandro Cagliari - UERGS;
Lúcia Pellanda - Reitora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - UFCSPA;
Alessandra Dahmer - UFCSPA;
Alice Zelmanowicz - UFCSPA;
Eliana Wendland - UFCSPA;
Jenifer Saffi - UFCSPA;
Pedro Hallal - Reitor da Universidade Federal de Pelotas - UFPel;
Paulo Ferreira - UFPel;
Ricardo Araújo - UFPel;
Rui Oppermann - Reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS;
Benamy Turkienicz - UFRGS;
Guido Lenz - UFRGS;
Idiane Rosset - UFRGS;
Ilma Brum - UFRGS;
José Luís Duarte Ribeiro - UFRGS;
Luciano Goldani - UFRGS;
Leandro Wives - UFRGS;
Luciana Buriol - UFRGS;
Mariur Gomes Beghetto - UFRGS;
Suzi Alves Camey - UFRGS;
Rafael Roesler (UFRGS);
Eduardo Sprintz - Hospital de Clínicas de Porto Alegre - HCPA e UFRGS;
Ricardo de Souza Kuchenbecker - HCPA;
Alexandre Vargas Schwarzbold - Universidade Federal de Santa Maria -UFSM;
Eduardo Flores - UFSM;
Priscila Trindade- UFSM;
Alexandre Prehn Zavascki - UFSM;
Rodrigo Guerra - UFSM;
Paulo Afonso Burmann - UFSM;
Luiz Carlos Kreutz - Universidade de Passo Fundo - UPF;
Luiz Eduardo Spalding - UPF;
Ely José de Mattos - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS;
Fabiano Ramos - PUCRS;
Jorge Luís Nicolas Audy - PUCRS;
Rodrigo Dalke Meucci - Universidade Federal do Rio Grande - FURG;
Fábio de Aguiar Lopes - FURG;
Marcelo Pias - FURG;
Débora da Cruz Payão Pellegrini - Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA;
Lessandra Michelin - Universidade de Caxias do Sul - UCS;
Leandro Luis Corso - UCS;
Paulo Worm - Grupo Hospitalar Conceição - GHC;
Rodrigo Perozzo Noll - Instituto Federal do Rio Grande do Sul - IFRS; e
Paulo Piza - Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz.
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