Ex-alunos do Integrado UPF são destaque na redação do Enem

Quem vê a estudante Maria Fernanda Simionato comemorando sua nota 1000 na redação no Enem nem imagina que ela já teve um branco na hora de uma prova. Na época, ela era estudante do Ensino Médio Integrado UPF e concorria a uma vaga para participar de um projeto de extensão. Obviamente, com muito estudo, ela superou o medo de escrever textos e hoje, já formada no Ensino Médio há 4 anos, comemora a conquista que a deixa mais perto de realizar o sonho de se tornar médica. Assim como Maria, cerca de 17 estudantes da escola tiraram notas acima de 900 e comemoram os bons resultados obtidos a partir de muito estudo e professores dedicados. 

Maria ingressou no Integrado UPF em 2017 e realizou seu 2º e o 3º ano na escola, enquanto morava com as duas tias professoras, Maria Teresa Dal Moro e Selina Dal Moro. Para a estudante, foi uma formação maravilhosa. “Sempre estudei em escolas realmente muito boas, mas, para mim, o Integrado tinha diferenciais que eu nunca havia tido na minha trajetória!”, comenta a jovem destacando o quanto os professores, com quem construiu uma relação de amizade, são competentes e empáticos. 

Após concluir o Ensino Médio, em 2018, Maria mudou-se para Porto Alegre, onde iniciou seus estudos em um cursinho pré-vestibular, e onde já se imaginava cursando uma universidade federal, e construindo sua estabilidade e sua carreira na Medicina. Na opinião da estudante, muitos professores contribuíram para essa sua conquista, entre eles estão as professoras de redação do Integrado Mariane Rocha Silveira e de Português Roberta Costela. “As duas foram e continuam sendo extremamente especiais pra mim, inclusive me parabenizaram nas redes sociais quando viram que eu havia tirado mil na redação do Enem!”, comenta. 

Outra experiência que Maria Fernanda destaca da época em que era aluna do Integrado é o Circuito de Redação. Em 2018, a estudante conquistou o segundo lugar e lembra que comemorou bastante. “Para a Maria Fernanda de 2017, que havia entregado a redação da seleção em branco e perdido a vaga para participar do Projeto de Extensão, aquilo certamente era uma conquista gigantesca e, definitivamente, com todas as letras, me proporcionou um futuro que compreende uma nota mil na redação do Enem”, completa. 

Formação dos estudantes é pensada como um todo
Uma das responsáveis por esses resultados é a professora de redação do Integrado Mariane Rocha Silveira. Para ela, um dos grandes diferenciais do ensino de redação na escola é que, além de preparar os estudantes para os concursos e vestibulares, eles também são preparados para o que ela chama de escrita da vida. “Os estudantes se manifestam escrevendo nos mais diversos meios. Por isso, sempre pensamos no que eles vão encontrar depois que saírem da escola, e pensamos na formação como um todo”, explica.

Outro ponto muito trabalhado pela professora em sala de aula é a leitura. “Pensando muito mais que o nosso estudante tem que ser alguém pensante e crítico, a gente trabalha muito a leitura, vê os temas atuais que estão acontecendo no Brasil e no mundo, discute bastante com eles. A produção textual é semanal, tanto na disciplina de redação quanto no Circuito de Produção Textual que, sim, é um concurso, mas que eles também se veem envolvidos na própria produção da escola como um todo e eles se envolvem muito com o texto”, acrescenta. 

Na opinião de Mariane, o resultado dessas boas notas vem principalmente desse trabalho que inicia ainda na primeira série. No entanto, a professora ressalta que também se deve muito à dedicação dos próprios estudantes. “Eles vêm com objetivos muito claros que eles querem alcançar, então eles fazem de tudo, eles lêem, assistem a documentários e filmes, ouvem podcasts. São alunos que têm uma bagagem, conseguem discutir, argumentar com bastante coerência e isso é um diferencial, de fato, depois na produção, porque não basta conhecer um modelo e reconhecer a estrutura externa do texto, tem que ter o que escrever e eles têm conteúdo”, frisa. 

Como professora, ela afirma que fica emocionada em ver tantos bons resultados em um grupo tão expressivo. “É, de fato, um orgulho, porque a gente sabe o quanto eles se esforçam, o quanto se dedicam e o quanto a escola também nos fornece subsídios para que a gente consiga trabalhar e alcançar esses bons resultados. Só mostra que estamos no caminho certo. É de fato um reconhecimento, o sucesso deles, para nós, é o maio prêmio. Eu hoje posso dizer que estou muito feliz com essas notas”, finaliza. 

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