Por: Jéssica França
Fotos: Fotos Gelsoli Casagrande
Crianças internadas no Hospital São Vicente de Paulo puderam brincar com coelho em Projeto de Terapia Assistida por Animais da Universidade de Passo Fundo
As crianças internadas no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) participaram de uma atividade especial de Páscoa nesta terça-feira, 11 de abril. O Projeto de Terapia Assistida por Animais (TAA) da Universidade de Passo Fundo (UPF), realizado em parceria com o HSVP, levou até as crianças internadas na pediatria a visita de um coelho. Nesta quarta-feira, 12 de abril, o coelho deve visitar também a CTI Pediátrica do hospital. De acordo com a professora e coordenadora dos Programas de Residência Multiprofissional da UPF, Sandra Maria Vanini, a atividade especial ocorre em alusão à Páscoa. “A Pet Terapia é um programa institucional da Medicina Veterinária junto com o Hospital São Vicente de Paulo. Estamos inaugurando uma nova atividade com o coelho em função da Páscoa”, contou.
Segundo a professora o projeto que começou em 2016 de forma minuciosa, quebrou paradigmas, ao inserir um animal dentro do hospital. “Tivemos muito cuidado em todo esse processo e hoje o projeto está consolidado. A Pet Terapia acontece duas vezes por semana, nas terças e sextas-feiras, com a participação de residentes multiprofissionais e da Medicina Veterinária”, explicou.
Voluntários Pet Terapeutas
Segundo a professora Sandra, há um cadastro de pessoas que colocam seus animais à disposição para atuarem como pet terapeutas. “Tivemos a inovação com introdução do coelho, mas já temos a atuação de cães de pequeno, médio e grande porte. Como é a semana da Páscoa, procuramos utilizar o coelhinho, então ele visitou as crianças na Pediatria e nos quartos de pacientes que não podiam se deslocar”, disse.
A tutora da coelha chamada Sophi, Maria Sendeski, contou que estava procurando um animal exótico e que sua coelhinha é muito dócil. “Quis vir acompanhar a primeira visita dela ao hospital, acho um trabalho muito legal e que as crianças gostaram”, comentou.
Carinho em animais acalma pacientes
Os olhos brilham, o sorriso aparece no rosto, mesmo que de forma tímida no começo, as crianças vão chegando mais perto do animalzinho, até que perdem o medo e através do toque, aprendem a fazer carinho no animal. A Pet Terapia trouxe o sorriso para o rosto das crianças internadas no HSVP, fazendo com que elas esquecessem por alguns momentos que estavam no espaço hospitalar.
A mãe de Nicole de três anos, Rejane Pereira da Luz, acompanhou a filha na terapia, enquanto ela olhava com admiração a coelhinha. A mãe contou que moram na cidade de Paim Filho e que após uma cirurgia e complicações devido uma infecção, a filha está há mais de um mês internada no hospital. “Acho essa atividade muito legal, até temos um coelhinho em casa, mas ela não passava a mão e aqui ela fez carinho na coelhinha. Desejo que o coelhinho da Páscoa nos ajude para que logo possamos ir para casa”, disse.
Projeto envolve residentes da UPF
Com o objetivo de humanizar o espaço hospitalar, o Projeto de Terapia Assistia por Animais, envolve cerca de 40 residentes multiprofissionais de atenção ao Câncer e a Saúde do Idoso, além de outros 16 da Medicina Veterinária. “Trazer o coelho é uma experiência nova que estamos realizando, mas acho que as crianças estão gostando”, contou a residente do Curso de Nutrição da UPF Bruna Bragnollo Bolner.
Além de oportunizar uma atividade diferenciada, contribuindo para a melhora emocional dos pacientes, os residentes atuam contribuindo também com sua formação profissional. “Desde o ano passado começamos com a Pet Terapia e a intenção é expandirmos para outros animais, então é muito bom podermos participar do projeto” disse o residente do Curso de Medicina Veterinária Luís Eduardo Carneiro.
Conforme a coordenadora do projeto, não há dados mensurados cientificamente sobre o projeto, porém ele tem contribuído de forma significa com os pacientes. “Temos acompanhamento observacional, onde nos relatam e vemos os pacientes mais tranquilos, alguns relatam alívio da dor, relaxamento, crianças que melhoram a alimentação e a disposição. Então o objetivo é de humanizar mesmo o espaço hospitalar”, finalizou Sandra Vanini.