Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Tainá Binelo
Criação de um ecossistema de inovação para potencializar ações do Agronegócio foi tema de painel na Arena Agrodigital da Expodireto
No agronegócio, assim como em tantos outros segmentos, o desenvolvimento ocorre de forma coletiva e compartilhada, afinal, ninguém cresce sozinho. Esse pensamento é a bússola que orienta instituições, empresas, governo estadual e a sociedade para a formação de um ecossistema de inovação. A conexão, por meio de redes, permite a potencialização de ações, a criação de novos serviços e produtos e a geração de conhecimentos e tecnologias.
A temática esteve em destaque na programação da Arena Agrodigital da Expodireto Cotrijal 2022 e a Universidade de Passo Fundo (UPF) foi a organizadora do encontro por meio do UPF Parque. Um dos parceiros do projeto Inova RS, do Governo do Rio Grande do Sul, o Parque tem sido peça chave na criação de espaços para discussões e consolidação dos objetivos. Segundo a gestora, Teofanes Foresti Girardi, o painel realizado na Feira foi mais um passo para que a construção dos ecossistemas de inovação sejam realidade na região. Para ela, a troca de conhecimentos e as parceiras que vão se desenvolvendo, permitem que a tecnologia e a inovação estejam cada vez mais perto de todos. “Hoje estamos falando da área do agronegócio, um setor extremamente importante para a sociedade e que vem se modernizando com o tempo. Seja na pequena propriedade ou nas grandes empresas, a tecnologia é uma ferramenta que precisa ser integrada ao dia-a-dia e nós, enquanto Parque Científico e Tecnológico, atuamos para promover essa integração”, destacou.
Representante da Associação Gaúcha de Startups (AGS), Bruno Bastos ressaltou a importância delas como um auxílio para o crescimento dos negócios e para desmistificar a ideia de que as startups vieram para dividir espaços. Para ele, o movimento do agro é um dos mais importantes no segmento. “Essa área é fundamental para a economia do Estado e do país e, sendo um dos principais motivadores das startups, o agronegócio tem um vasto mercado a ser explorado e é extremamente importante que haja essa sinergia no ecossistema, conectando tanto as empresas como os negócios, incentivando mais pessoas a inovar e digitalizar as suas produções”, pondera.
Embora essa conexão tenha aumentado, Bastos considera que ainda hoje existe uma resistência quando o assunto é startups. “Esse ecossistema também vem no sentido de explicar que as startups vem para agregar e cooperar com o negócio do produtor, do pequeno até o grande, ampliando produtos e serviços, conectando pessoas e fomentando a tecnologia como uma ferramenta de crescimento e desenvolvimento”, pontua.
Com o projeto Inova RS, o Governo do Estado dividiu o Rio Grande do Sul em oito regiões, com o objetivo de melhor investir, distribuir e organizar as atividades. De acordo com o diretor de Ambientes de Inovação da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Everaldo Daronco, a temática dos ecossistemas vem sendo colocada em pauta há muitos anos e o Estado já conseguiu criar uma malha de infraestrutura tecnológica extremamente pertinente, justamente por contar com os parques tecnológicos, como o da UPF. “Os ecossistemas começam a se formar a partir dessa base de conhecimentos gerados e em volta deles começamos a trabalhar com outros atores, para agregar ativos: setor produtivo, ensino, ciências e tecnologia, o governo e a sociedade. Quando colocamos todo mundo dentro dessa mesma página, compartilhando uma visão de futuro, temos aí um ecossistema que se complementa e que cresce junto, compartilhando organicamente cada potencialidade. Nosso papel, enquanto Governo, foi com o projeto Inova, organizar esse funcionamento e unir interessados”, explica o diretor.
Entre os desafios, está a inserção dessa cultura dentro da própria sociedade, para que ela veja, nos parques, nas empresas e no Estado, agentes transformadores. “Nosso trabalho é no sentido de fazer com que todos os envolvidos se sentem juntos à mesa e coloquem a inovação, a partilha de conhecimentos e a tecnologia como ferramentas indispensáveis para o crescimento coletivo. Hoje a comunidade já começa a enxergar que esse movimento está sendo feito e, aos poucos, outros atores vão se agregando. O que queremos é criar ambientes em cada região para um desenvolvimento pleno”, observa.
O painel também contou com a participação do vice-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação, Extensão e Assuntos Comunitários, Dr. Rogerio da Silva e representantes da Aceleradora Ventuir, Badesul, Banrisul, Finep, BRDE, Prefeitura de Passo Fundo, Sebrae, Senai e do TecnoAgro.
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