Simpósios Temáticos

ST 01: HISTÓRIA E MEMÓRIA DE EMPRESAS CAPITALISTAS. SÉCULOS XIX, XX E XXI
Coordenadores: Ddo. Pedro Giovannetti Moura (PPHR/UFRRJ) e Ddo. Ian Kisil Marino (IFCH/UNICAMP; Leibniz-Institut für Europäische Geschichte)

A institucionalização da chamada história empresarial remete à formação de uma cátedra na Harvard Business School, em 1927. Com as lentes voltadas para o estudo das empresas no desenvolvimento econômico e em seu papel na superação de crises, ali se realizaram as primeiras pesquisas acadêmicas, publicações e periódicos da área, que se consolidaria entre os anos 1930 e 1950. Nesse período, foi predominante o paradigma de estudos de caso que partiam da individualidade dos agentes empresariais como motor para explicação do “sucesso ou fracasso” das empresas. Entretanto, se esta primeira linhagem se marcou pelo institucionalismo, outras vertentes historiográficas mundo afora também elegeram as empresas como objeto central de pesquisa.Entre 1960 e 1970, os estudos de Alfred Chandler propuseram articular aspectos administrativos com a teoria macroeconômica, criticando o viés institucionalista das primeiras obras. A influência da teoria crítica marxista, por outro lado, trouxe uma análise econômica que privilegiava a “totalidade das ações humanas”, nas palavras de Pierre Vilar – o que serviu como um motor para estudos que, a partir dos anos 1980, buscavam analisar as empresas a partir das relações internas entre o sistema econômico de uma sociedade e sua estrutura social. Com o refluxo da história econômica estruturalista na transição dos anos 1980 e 1990, os estudos sistemáticos sobre o sistema capitalista e seus grandes agente de reprodução perdem alguma intensidade. Ao mesmo tempo, abriu-se um novo mercado para historiadores e humanistas: a organização de acervos e a realização de projetos de história e memória sob contrato das próprias empresas. A já diversa produção acadêmica ganharia, então, companhia de uma miríade de histórias feitas sob encomenda. É nessa seara que colaborações recentes, como o volume de história empresarial da coleção sobre pensamento econômico, organizados pela ABPHE, ganham importância, ao recolocar no centro da discussão – tanto do ponto de vista teórico quanto empírico – as relações entre empresas e Estados nacionais, a reprodução do sistema capitalista e a tarefa do historiador que elege a empresa como seu objeto de reflexão. É nesse sentido que o presente ST encoraja o envio de trabalhos que abordem: (a) reflexões teóricas sobre o papel das empresas/grandes grupos na reprodução do sistema capitalista; (b) estudos relacionados a memória institucional e ao uso da história pelas empresas; e (c) análises empíricas de trajetórias empresariais.

ST 02 TRANSFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS, POLÍTICAS E RELIGIOSAS: O SÉCULO XX BRASILEIRO 
Coordenadores: Dda. Pâmela Pongan (PPGH - UPF) e  Dtda. Kalinka de Oliveira Schmitz (PPGH - UNISINOS)

O século XX, no Brasil, foi um período de grandes mudanças políticas e sociais, além de ter sido igualmente, o período da marcha para o Oeste. Este, foi um movimento para adentrar os sertões brasileiros, em um avanço institucional e jurídico aos espaços e indivíduos até então marginalizados, com a prerrogativa de integração nacional e desenvolvimento econômico. Esta movimentação traz consigo diferentes mudanças, como por exemplo a reorganização agrária, com a implantação de um mercado de terras baseado na legislação vigente e novos interessados nesses espaços; impactos nos aspectos sociais de grupos já consolidados nos espaços que receberiam esse avanço, e transformações em esferas que vão desde questões legais quanto na questão de religião e religiosidades, importantes pontos quando consideramos o espaço ocupado pela Igreja e o Estado junto a população, principalmente a parcela mais humilde e sem acesso à educação. O objetivo deste simpósio temático é, portanto, congregar pesquisas de diferentes perspectivas, que dialoguem com os processos de alterações sofridas principalmente na região Sul, desde a colonização que se expande do Rio Grande do Sul para os outros Estados que a compõem, além da expansão da ação religiosa nesses espaços em formação e demais questões envolvendo aspectos políticos e socioeconômicos, que foram basilares para o desenvolvimento regional até os dias de hoje. Logo, serão bem-vindos trabalhos baseados em diferentes fontes empíricas e questões metodológicas, de forma a enriquecer as discussões que serão realizadas.

ST 3- ABORDAGENS HISTÓRICAS NA EDUCAÇÃO 
Coordenadores: Dda. Tiara Cristiana Pimentel dos Santos (PPGH UPF) e Ddo. David Velazquez (UNVES PY) 

O processo de educação dos indivíduos foi fundamental para o desenvolvimento da sociedade e de seus grupos sociais.  Compreender este processo faz com que entendemos as ações educacionais do presente, possibilitando projeções das educações futuras. A educação ao longo dos anos vem se transformando junto da mudanças e avanços da modernidade. Em decorrência das transformações históricas, cabe enfatizar que a educação nem sempre desenvolveu os mesmos objetivos, sua análise histórica requer um intenso estudo e reflexão sob sua contextualização, por meio desta perspectiva pode-se entender melhor os métodos e teorias educativas, estas que foram resultados dos processos históricos e compreensão dos modelos educacionais anteriores compreendidos até aqui. Assim a história da educação visa não só compreender a história decorrente ao longo dos anos, mas também as mudanças sofridas pelos métodos educacionais, interligando estes com os processos interdisciplinares congruentes, cos diversos setores que abrangem a educação.  Sendo assim, O presente Simpósio temático pretende abordar temas históricos que envolvam a história da educação, trazendo para os debates os mais diversos assuntos abordados em contexto educacional, abordando dentro desta perspectiva reformas educativas, pandemia e o contexto escolar, politicas educativas, relatos de casos que envolvam o contexto escolar pós-pandêmico. Entre outros temas que torna relevantes para a discussão histórica em torno da educação na américa do sul.  

ST 04: HUMANIDADES DIGITAIS: NOVOS OBJETOS E METODOLOGIAS
Coordenadores: Dda. Jênifer de Brum Palmeiras (UPF); Dda .Juliana Martins Castro (UFMG), Dda. Patrícia Romeu (UFRJ/IBICT)

O objetivo é promover a troca de experiências entre historiadores e outros pesquisadores de áreas afins interessados ​​em discutir recursos digitais e como incorporar e reconstruir continuamente a pesquisa. Isso porque as Humanidades Digitais proporcionam a expansão e a criação de novas formas de produção de conhecimento histórico por meio do uso tecnologia, inspirando novos métodos, questionamentos e explicações. O desenvolvimento da sociedade atualmente é alcançado por meio da tecnologia, e a mudança de objetos analógicos para mídias digitais, até mesmo a transformação conceitual neste ambiente, não é mais uma novidade, e neste espaço, existe também o conceito de patrimônio, que é provocado e aplicado pelo contexto e pela informação. Na Carta sobre a Preservação do Patrimônio Digital, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), afirma:
 (...) consiste de recursos únicos do conhecimento e expressão humana. Abrange recursos culturais, educacionais, científicos e administrativo, assim como técnicos, legais, médicos e outros tipos de informação criada digitalmente, ou convertida para forma digital a partir de recursos analógicos já existentes. Onde recursos são de ‘gênese digital’, não há outro formato que não o objeto digital. Materiais digitais incluem textos, bancos de dados, imagens estáticas e em movimento, áudio, gráficos, software e páginas web, dentre uma ampla e crescente variedade de formatos. Eles são geralmente efêmeros e necessitam produção, manutenção e gerenciamento intencional para serem preservados (UNESCO, 2004, p. 75).
O patrimônio digital impõe particularidades da era digital, como o compromisso e a conectividade entre pessoas, universidades, órgãos de poder e iniciativas privadas. A discussão aqui apresentada assinala a existência de tensões conceituais entre “patrimônio inteligente” e “patrimônio digital” e as semelhanças existentes entre a preservação do patrimônio como fontes de pesquisa, que na prática desta, de natureza interdisciplinar, é um tema imprescindível e inevitável aos historiadores, tendo em vista o atual contexto de desvalorização das Ciências Humanas nas políticas educacionais brasileiras em curso. Desta forma, incorporar o debate das Humanidades Digitais possibilita renovar a importância da História, trazendo consigo novos desafios interpretativos sobre a produção e a circulação de seus saberes na sociedade.

ST 05 - MITOS, CULTURAS E IMAGINÁRIOS
Coordenadores: Ddo. Matheus Furtado (UPF) e Ms. Samuel Quadros (UPF) 

Na sua concepção arraigada no senso comum ou, considerando a linguagem enquanto corrente e o uso de termos de forma discriminada no exercício de uma sociologia espontânea, como ressaltam Bourdieu, Chamboredon e Passeron (1999), o termo mito tornou-se sinônimo de um “relato falacioso”, uma inverdade. No entanto, é preciso compreendê-lo a partir do seu simbolismo e de sua circunscrição no âmbito cultural.
Para Clifford Geertz (2008), a cultura é uma teia de significados a qual os indivíduos estão amarrados – e das quais eles mesmos são os tecelões. O autor a entende como sendo estas teias e a análise delas, se dando em meio às “frases de significado estabelecido”, determinando a base social e a importância de tais “frases” – ou “códigos estabelecidos”. Neste sentido, se estabelece a importância da relação do mito com o contexto específico ao qual este pertence, descontruindo o senso comum e considerando o mito em sua profundidade característica: enquanto produto de uma cultura e de um determinado imaginário. Este último, por sua vez, faz parte do próprio constructo da realidade social, em sua complexidade formativa de concretude e representação, historicamente (PESAVENTO, 1995). O imaginário pode ser compreendido como conjunto de produções, mentais ou materializadas em obras, com base em imagens visuais e linguísticas, formando conjuntos coerentes e dinâmicos, referentes a uma função simbólica no sentido de um ajuste de sentidos próprios e figurados (WUNENBURGUER, 2007).  Sendo assim, é possível destacar o teor multifacetado dos mitos, diferindo nos diversos tempos e nas suas distintas variações e recepções. E, seja em seu entendimento como narrativa sagrada e exemplar, na sua função pedagógica, em seu caráter psicológico ou mesmo na sua relação direta com a cultura e o imaginário, o presente simpósio temático se configura como um espaço de diálogo, abertura e reflexão, dedicando-se à socialização de pesquisas relacionadas ao estudo dos mitos, considerando as múltiplas perspectivas, bem como as diferentes culturas, imaginários e contextos históricos.

ST 06 -RURAL EM DEBATE: PERSPECTIVAS SOBRE O MUNDO RURAL NO TEMPO PRESENTE
Coordenadores: Dra. Simone Lopes Dickel (UPF), Ddo. Cezar Felipe Cardozo Farias (Unioeste), Dr. Fábio Krzysczak (UPF) 

A proposta do presente simpósio temático consiste em proporcionar um espaço de divulgação de ideias e troca de experiências acerca das múltiplas temáticas pertinentes ao mundo rural, bem como ampliar a discussão acerca das possibilidades metodológicas referentes ao seu estudo. As diversas pesquisas sobre o mundo rural revelam um universo dinâmico, complexo e plural, reflexo de permanências e rupturas, lutas e conflitos sociais protagonizados por diferentes sujeitos, que em diferentes contextos históricos passaram a imprimir sua marca no tempo e no espaço. Instigados por questões e inquietações do tempo presente, pesquisadores tem se debruçado sobre o passado a fim de ampliar o debate acadêmico sobre o mundo rural, buscando compreender questões como as relações sociais e conflitos que permeiam a produção do espaço social no meio rural; os múltiplos sujeitos e processos históricos em  sua relação com as políticas públicas direcionadas ao mundo rural implementadas pelo Estado; as distintas formas de resistência e organização camponesa; movimentos sociais e sua atuação política; a penetração e consolidação das relações capitalistas de produção no campo; a questão da propriedade em suas distintas modalidades; legislação agrária e prática social; o processo de modernização da agricultura e suas implicações; agricultura familiar e agronegócio; luta camponesa e política de assentamentos; políticas públicas para o campo; soberania alimentar e agroecologia; processos de territorialização e desterritorialização no campo. Estas são algumas das temáticas pertinentes a História cujos debates se vinculam aos interesses do presente Simpósio Temático.

 ST 07 - LENDO, OUVINDO E SENTINDO A PALAVRA ESCRITA: Possibilidades refletidas para (des)aprender, (re)pensar, coexistir, (re)conhecer, dialogar e respeitar os povos originários indígenas que (re)existem nos dias atuais.  
Coordenadores:  Ddo. Francisco Clébio Pinheiro (UPF) e Ms. Rilane Silva Reverdito Geminiano (UNESP)

O presente Simpósio Temático visa proporcionar reflexões e compartilhamentos, trocas de experiências e vivências em situação de pesquisa, dentre outras, a partir de relatos de experiências de pesquisadores e pesquisadoras indígenas e não indígenas. O intuito é que por meio do domínio dos “mistérios dos saberes do papel”  trazidos em suas escritas acadêmicas, dentre outras literaturas indígenas compartilhem seus saberes. Seus “saberes escritos” ordenados num arcabouço metodológico transversalizado pelos seus modos próprios de aprendizagens específicas. É perceptível o movimento das pesquisadoras e pesquisadores indígenas, que num relacionamento simétrico com suas comunidades vem desnaturalizando discursos estereotipados e pré-conceitos que permaneceram como legado do processo de colonização europeia, hoje transmutando na colonialidade do ser, do saber e do poder introduzidos desde a invasão europeia. Sobre a presença dos acadêmicos indígenas, Baniwa e Hoffmann (2010) apontam:  6.000 estudantes indígenas no ensino superior. Entre esses, 100 na pós-graduação. Significa que os indígenas produziram mais de 40 dissertações e 5 teses de doutoramento. Em 2016, Baniwa (2019) aponta 33.000 estudantes indígenas no ensino superior e, em 2022, menciona mais de 100.000 mil acadêmicos indígenas. Desse modo, agentes indígenas vêm estudando a si próprio e produzindo conhecimentos por meio do domínio da palavra escrita. Queremos acolher e proporcionar o espaço desse simpósio para saber quem são, o que necessitam e o que querem, após cinco séculos de histórias, antropologias, geografias construídas por pesquisadores não indígenas. Dessarte, aguardamos as pesquisadoras e pesquisadores não indígena que se propõem ao diálogo com os intelectuais indígenas. 

ST 08 HISTÓRIA CULTURAL E ESTUDOS CULTURAIS
Coordenadores:  Ddo. Jimmy Iran dos Santos Melo (PPGH UPF), Ms. Paulo Afonso Tavares (UFG) e Ms. José Victor Dornelles Mattioni, (UFRR)

O Simpósio Temático tem como proposta aceitar pesquisas com temas voltados a História Cultural e aos Estudos Culturais por meio da interdisciplinaridade, buscando discutir questões que envolvem Práticas e Representações em Chartier (1990) por meio da História Cultural. Além disso, as Identidades devem ser pensadas em Alteridades e Diferenças, para isso temos nas pesquisas de Hall (2006) o trabalho da Identidade na Pós-modernidade. Sobre as Relações de Poder, podem ser trabalhadas em Foucault (2014) na Microfísica do Poder. Já os Territórios e as Territorializações, temos os trabalhos desenvolvidos por Haesbaert (2009) em: O mito da desterritorialização: do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. Sendo assim, o Simpósio Temático procurar atingir um maior número de pesquisadores que se interessam por temas próximos ou similares, sobre práticas urbanas e/ou não em apropriações de lugares, representações, práticas, alteridades, diferenças, relações de poder, territórios e territorializações nos tensionamentos culturais e/na História Cultural e dos Estudos Culturais. Assim, os assuntos relacionados devem envolver questões sobre as construções identitárias; alteridades; significações; territorializações e desterritorializações; apropriações que envolvam culturas urbanas e, não urbanas, consideradas socialmente como culturas desviantes ou marginalizadas e/ou não marginalizadas. Para tanto, reuniremos neste simpósio, pesquisas interdisciplinares que dialoguem entre as Ciências Humanas, que procuram analisar vertentes que apresentam tribos, grupos, movimentos e outras identificações urbanas e/ou não urbanas ditas marginais e/ou não marginais. Sabendo que atualmente as sociedades na Modernidade Tardia (HALL, 2009) fragmentam-se e fraturam-se em diversos grupos sociais e culturais, temática de pesquisadores urbanos e/ou não urbanos.

ST 09- PESQUISA EM ACERVOS: POR UMA HISTÓRIA PÚBLICA, UNIVERSAL E DEMOCRÁTICA
Coordenadores: Ddo Henrique A. Trizoto (UPF) e Dda Sônia M. Cima(UPF) 

A pesquisa em acervos tem ganhado especial relevância após a consolidação dos Arquivos Históricos, Centros de Documentação, Museus e demais espaços enquanto lugares de memória. Neste sentido, ainda na busca por uma história pública, este Simpósio Temático busca debruçar-se sobre pesquisas que se utilizam dos acervos das instituições para reconstruir trajetórias, narrativas, percursos metodológicos que contribuam para o fortalecimento da consciência Histórica, da Democracia e do acesso universal às informações e ao conhecimento científico para combater sobremaneira as fake News e as distorções das ocorrências históricas em prol da desinformação. Dentro desta perspectiva, da utilização de documentação do acervo como fonte de pesquisa, reconstitui-se cenários, possibilitando abordagens em várias áreas do conhecimento.  Os registros constituem interpretações, são elementos da materialidade que tem como proposta investigar contextos de diversas gerações.

ST 10 - MEMÓRIA, PATRIMÔNIO E HISTÓRIA
Coordenadoras: Dda. Amanda Basílio Santos (UFPEL); Dra. Juliana Porto Machado (UFPEL)

Este simpósio temático tem como cerne discutir acerca das múltiplas significações do passado, em sua ação no presente, tanto no campo da História, como no da memória e do patrimônio. Assim, visa trabalhos que perpassam pelas seguintes temáticas: a atuação dos profissionais do patrimônio e historiadores em espaços de memória, na gestão da cultura, em acervos e arquivos, em lugares de memórias, na mediação de políticas públicas voltadas aos bens patrimoniais; na circulação dos conhecimentos históricos, nas diversas manifestações culturais, nas memórias de risco, questionando-se o sobre o papel do historiador na atualidade, observando as relações entre o poder e a preservação da memória.

ST 11- HISTÓRIA POLÍTICA
Luiz Alfredo Fernandes Lottermann (Doutorando UPF/Capes Prosuc II), Jéssica Bitencourt Lopes (Doutoranda UFRGS)

A História Social é a dimensão historiográfica mais sujeita a variação. A expressão surge como oposição à tradicional História Política do século XIX, visando escrever uma história das massas em contraposição a uma história dos grandes homens. Entretanto, a partir da década de 1970 uma nova história política começa a apontar, uma história que podemos chamar de social da política. Hoje esse campo de pesquisa, partindo de diferentes abordagens fontes e métodos, visa compreender as problemáticas que envolvem o político, como as dinâmicas de recrutamento, as estratégias dos agentes, os mecanismos de dominação e as relações de poder. A História Social da Política trouxe consigo novas possibilidades para a pesquisa histórica. A partir da troca com outras áreas do conhecimento, como a Ciência Política e Sociais, ampliaram-se as possibilidades de abordagens, incorporando novas questões à pesquisa historiográfica. Hoje, os historiadores e historiadoras da política dedicam-se não em escrever as clássicas biografias tradicionais exaltando os grandes líderes, mas a compreender os funcionamentos do jogo político em diferentes realidades. Pensando nisso, o presente Simpósio Temático busca reunir pesquisas que se aproximem da área, pesquisas que discutam as elites políticas e profissionais, trajetórias, prosopografia, eleições e partidos em diferentes contextos históricos e por intermédio de variadas fontes como a imprensa, os arquivos pessoais, institucionais, judiciais, biográficos e similares.

ST 12 - JOVENS PESQUISADORES 
Coordenadoras: Dda. Caroline da Silva(UPF) Ms. Milena Moretto (UPF) 

Esse simpósio tem como objetivo reunir as pesquisas de alunos de graduação e discutir suas temáticas; apresentar as fontes e refletir sobre a metodologia da pesquisa em História enquanto área de produção do conhecimento, considerando suas intersecções interdisciplinares com a Filosofia, Direito, Arquitetura, Comunicação, Música, Artes, Ensino, Saúde, Geografia, entre outras.
Trabalhos que podem ser apresentados:  Trabalho de Conclusão de Curso – Monografia ou Relatório (intervenção patrimonial, arquivística e/ou museológica, consultoria histórica, ou um projeto voltado para o ensino de história). Pesquisas elaboradas na bolsa de iniciação científica, na disciplina de Cultura, Memória e Patrimônio, Práticas de Arquivos e Museus ou demais disciplinas.