Por: Assessoria de Imprensa
Fotos: Divulgação/Internet
Professora da UPF fala sobre como as mudanças de comportamento na quarentena refletem na saúde bucal das pessoas
A pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) alterou, em diversos sentidos, a rotina e o comportamento de grande parte da população. Um deles está relacionado à saúde bucal, que, neste momento de isolamento social, merece ainda mais atenção do que recebia antes da quarentena.
De acordo com a professora da Faculdade de Odontologia da Universidade de Passo Fundo (UPF), Dra. Juliane Bervian, com as mudanças nas atividades diárias da comunidade, há a possibilidade de alterações na saúde bucal. “Neste período de Covid-19, de isolamento social e de mudança de rotina, principalmente duas situações chamam atenção: o fato de estar em casa favorece a ingestão de alta frequência de lanches, bem como a falta de rotina para sair desencadeia uma diminuição nos cuidados de saúde com a higiene oral, como escovação dentária, com dentifrício fluoretado ou pasta de dente, e uso do fio dental”, conta.
Tais descuidos possibilitam o aparecimento de lesões ou doenças bucais. “A gengivite, por exemplo, que é uma doença na gengiva. Ela se caracteriza por ser uma leve inflamação na gengiva ocasionada pelo acúmulo de placa bacteriana sobre os dentes, que pode causar desconforto e sangramento gengival em níveis leves. Quando esta placa bacteriana contém algum tipo de açúcar e fica depositada sobre os dentes de forma mais prolongada, pode haver lesões iniciais da doença cárie”, comenta Juliane.
A cárie
Caso comum na sociedade, a cárie possui relação com a má alimentação e a falta de higiene. Segundo Juliane, a doença não tem apenas um fator causal. “Não precisamos e não devemos proibir ninguém de comer doces. O que precisamos é orientar o consumo inteligente da mesma forma que precisamos indicar sempre uma adequada higiene oral. Em época de pandemia e de isolamento social, ficar em casa indica uma grande possibilidade de ‘ataque’ a cozinha e de ingestão de produtos industrializados e de bolos, bolachas, pães e farináceos. Se isso vem acompanhado de pouca ou falta de higiene, teremos mudança de hábitos e probabilidade da doença se manifestar”, relata a docente
Por estes motivos, a prevenção é sempre a melhor alternativa. “Uma dica é que podemos iniciar uma alimentação mais saudável neste momento. Estando em casa, fica mais fácil descascar uma fruta, fazer um legume e provar diferentes sabores. Também devemos procurar alimentos naturais para os lanches, deixar o doce para depois das refeições e diminuir a frequência de ‘beliscadas’ em alguns mantimentos. Do mesmo modo que a escovação dentária pode ser mais demorada, o uso do fio dental pode ser iniciado para adquirir maior habilidade conforme o tempo passa”, complementa Juliane.
Saiba mais sobre este assunto assistindo o minicurso on-line gratuito “Como mudanças comportamentais podem refletir nos cuidados de saúde bucal neste momento de pandemia”, ministrado pela professora Dra. Juliane Bervian.
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