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Aula Magna discute as competências docentes do professor universitário

09/03/2017

16:05

Por: Assessoria de Imprensa

Fotos: Gelsoli Casagrande

Evento aconteceu na noite dessa quarta-feira, 8 de março, e integrou o Programa de Formação Docente da UPF

A noite de quarta-feira, 8 de março, foi de formação para todos os professores da Universidade de Passo Fundo (UPF). Marcando o início das atividades letivas e, como parte do Programa de Formação Docente da Instituição, a Vice-Reitoria de Graduação promoveu mais uma edição da Aula Magna. O evento aconteceu no Centro de Eventos e teve como palestrante o professor Dr. Miguel Zabalza Beraza.

Durante a abertura do evento, a Vice-Reitora de Graduação, Rosani Sgari, destacou a Aula Magna como um símbolo do início do ano letivo e como um momento importante de formação e integração entre os professores, algo que tem sido compromisso da gestão.  “Realizar mais uma edição da Aula Magna é motivo sim de muita alegria. Sabemos que a práxis pedagógica é um processo a ser revisitado todos os dias. Acreditamos que é somente refletindo sobre o cotidiano, sobre a pluralidade dos caminhos, que poderemos alcançar uma educação de qualidade e trajetórias de sucesso. Temos convicção de que as Aulas Magnas têm sensibilizado os professores na construção de estratégias comuns para que os avanços aconteçam”, disse. 

Doutor em Psicologia pela Universidad Complutense de Madri, catedrático de Didática e Organização Escolar, Miguel Zabalza Beraza é atualmente professor da Faculdade de Ciências da Educação da Universidade de Santiago de Compostela. Autor de inúmeros livros e artigos, traduzidos em diversos idiomas, Beraza debateu o tema “As competências docentes do professor universitário”, começou sua fala lembrando que é preciso mudar e que a mudança tem que ser profunda.

Para Beraza, é importante que os professores passem a ver a docência como uma profissão, assumindo um compromisso mais forte, para melhorar a qualidade do ensino. “Para nós, a ideia de ser professor e a ideia de entender o trabalho na universidade como uma profissão são muito novas. Não é algo que esteja presente na mentalidade das pessoas. A maioria se sente médico e não professor de Medicina, engenheiro e não professor de Engenharia e assim por diante. Precisamos pensar como estamos construindo nossa identidade e encontrar um equilíbrio entre as duas coisas”, ressaltou. 

Outro ponto destacado por Beraza foi o compromisso com uma formação que não se encerre com a entrega do diploma. “O trabalho da universidade não é concluir uma formação e sim dar início a uma formação que vai continuar por toda a vida. Portanto, não temos que ensinar tudo, não podemos fazer carreiras longuíssimas para que os estudantes conheçam todas as pesquisas, sobre todos os tipos de coisas, porque isso é impossível. O que temos que fazer é oferecer uma boa formação e incentivar que nossos alunos continuem estudando ao longo da sua vida”, comentou. 

Por fim, o professor pontuou que as características pessoais de um docente são as mais significativas na imagem positiva ou negativa que os estudantes fazem do professor. “Os professores ensinam tanto pelo que sabem quanto por como são”, disse, sugerindo também que, entre os novos enfoques do ensino, esteja uma docência mais centrada no aluno.